Publicado por Redação em Previdência Corporate - 20/05/2014 às 10:51:05

Previdência privada: avanços e precauções

E o brasileiro descobriu a previdência! Esta é a constatação quando se analisa o cenário econômico e social do Brasil nos últimos 10 anos. Isso porque foi nesta década que eclodiu no país uma preocupação com o futuro: o brasileiro descobriu que envelhece e adoece.

A novidade, já processada nos Estados Unidos e na Europa no milênio passado, demorou a se instalar no Brasil por uma questão histórica: o país de um lado continuava atrelado às premissas agrícolas e de outro lado ainda era jovem na saída de trabalhadores do mercado de trabalho – lembre-se de que o processo da indústria de massa no país só se concretizou a partir da década de 80, logo, aqueles trabalhadores começaram a ser considerados passíveis de aposentadoria muito mais tarde do que a grande massa europeia ou norte-americana.

Alie-se a isso a constatação de que o ato de poupar isoladamente para o futuro não era tão cultural quanto se propagava. E mais, a capacidade econômica do brasileiro mudou.

Os regimes de previdência brasileiros vieram a público: o regime geral de previdência social, conhecido popularmente como o regime do INSS, o regime próprio dos servidores públicos e o regime de previdência complementar.

Ao regime do INSS estão vinculados obrigatoriamente todos aqueles que trabalham no território nacional, ou seja, trata-se do pagamento de um tributo.

O sistema previu também o regime de previdência complementar, este sim de cunho facultativo e que pode se manifestar de duas formas: o aberto, ao qual pode aderir qualquer pessoa, inclusive um bebê inscrito pelos pais; e o fechado, do qual só podem fazer parte pessoas que pertençam a um determinado grupo de empregados ou mesmo de profissionais, e o maior fundo previsto para os próximos anos foi constituído recentemente para os servidores públicos federais, o denominado Funpresp.

As vantagens de adesão a um regime de previdência complementar em regra representam três frentes: é mais seguro do que contar com o rendimento da poupança ou do recebimento de valores de aluguel; no caso plano ser PGBL permite-se a dedução de até 12% da renda bruta tributável no imposto de renda; a rentabilidade em longo prazo. Já no plano de previdência fechada há um plus para o empregado porque ao invés de arcar com a cota total do plano, contribui somente com parte do valor, ficando o restante por conta do empregador.

Em contrapartida, apesar do avanço na legislação e na fiscalização nos últimos anos, o cidadão deve tomar alguns cuidados com os planos de previdência complementar: a) sempre se atentar para diferença e os valores entre taxa de administração e taxa de carregamento, pois elas podem consumir, em alguns casos, quase 1/3 do valor investido para a aposentadoria; b) lembrar que o plano está sujeito às variações do mercado financeiro, em especial com relação à variação dos juros – o ano de 2013 foi a prova disso, pois com o aumento inesperado da taxa Selic, os fundos sentiram o impacto; e c) acompanhar os níveis de risco dos investimentos da entidade contratada.

E aqui fica o conselho: sejamos sempre previdentes, independentemente do regime previdenciário.

Melissa Folmann, professora da PUCPR, é presidente de Comissão de Direito Previdenciário da OABPR e membro da diretoria da OABPREV/PR.

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br


Seguro Educacional

Posts relacionados

Previdência Corporate, por Redação

Câmara analisa projeto para deduzir do IR previdência de dependente sem renda

A Câmara dos Deputados analisa projeto de lei do Senado para deduzir da base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) o valor da contribuição previdenciária oficial paga em nome de dependente que não possua rendimentos.

Previdência Corporate, por Redação

Receita define datas de restituição do IRPF 2013

A Receita Federal divulgou o calendário sobre as restituições do Imposto de Renda da Pessoa Física, referente ao...

Previdência Corporate, por Redação

Opção por renda fixa ou variável é dilema na hora da previdência

Na hora de escolher o perfil do plano de previdência privada, o investidor enfrenta vários dilemas: fundos de renda fixa (escolha mais conservadora, embora ainda tenha risco), multimercado sem renda variável (médio risco) e multimercados com maior ou menor parcela de ações.

Previdência Corporate, por Redação

Previdência Privada: Recursos para Aposentadoria

Compras, limites, faturas, são palavras que fazem parte do vocabulário do trabalhador brasileiro que, em algum momento do mês, mergulha nos cálculos tentando se ajustar para pagar suas dívidas e ainda programar novas contas.

Deixe seu Comentário:

=