Publicado por Redação em Previdência Corporate - 20/01/2014 às 11:39:55

Previdência privada: um dos caminhos para a aposentadoria tranquila

Caio Prates, Denis Dana e Thaís Restom, do Portal Previdência Total

Um dos maiores sonhos do brasileiro é ter uma aposentadoria segura e tranquila. E um caminho para a concretização deste sonho pode ser um plano de previdência privada. Porém, antes de investir ou contratar um plano, o consumidor dever ficar atento ao funcionamento, às taxas e aos encargos deste investimento.

Especialistas ressaltam que para contratar um plano de previdência privada é preciso ter em mente que se trata de um investimento de longo prazo. O gerente comercial da Icatu Seguros, Bruno Hoffmann, lembra que a previdência complementar é uma solução inteligente para a realização de projetos futuros. “Os planos de previdência privada são ideais para aqueles que desejam cuidar do futuro financeiro. Um plano de previdência pode ajudar a realizar vários projetos de longo prazo, como o pagamento da educação dos filhos, a realização de um sonho de consumo, a aquisição de um negócio próprio, o custeio da própria aposentadoria ou a estruturação da sucessão familiar”, afirma.

Na avaliação gerente comercial da Brasilprev, Wagner Soares Gomes, a previdência privada só se torna interessante depois de muitos anos de aporte e como complementação da aposentadoria recebida pela Previdência Social. “O regime social é mais uma renda para a aposentadoria; então os contribuintes devem levar em consideração esta quantia mais uma renda extra (investimentos em previdência privada) para compor o orçamento mensal neste período, almejando a manutenção do padrão de vida da época laboral”, salienta.

A previdência privada tem uma fase de acúmulo, na qual o consumidor deposita uma quantia estabelecida mensalmente durante um período longo de tempo. Nesta fase é realizada a capitalização do recurso. A segunda fase é o período da renda, quando o investidor começa a receber os valores aplicados e capitalizados na fase anterior.

Entre as vantagens destacadas pelos especialistas estão a complementação da aposentadoria e a não obrigatoriedade de participação em inventário. “Os investimentos em planos de previdência podem ser utilizados como planejamento da sucessão familiar. O pagamento aos beneficiários é feito de maneira rápida, sem burocracia, sem despesas com cartórios, custos advocatícios e sem a incidência do imposto sobre transmissão causa mortis e por doação (ITCMD)”, alerta Hoffmann.


Tipos de planos

Atualmente, existem dois tipos de planos de previdência privada: o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre). Os especialistas destacam que a diferença principal é a forma na qual a pessoa faz sua declaração anual de Imposto de Renda.

O PGBL é mais indicado para quem faz a declaração de Imposto de Renda pelo formulário completo. Isso porque, segundo Bruno Hoffmann, permite dedução das contribuições de até 12% da sua renda bruta anual tributável, diminuindo o valor do imposto a pagar ou aumentando a restituição. “A tributação é feita no momento do resgate ou recebimento de renda, sobre todo o montante investido”, alerta o gerente comercial da Icatu.

Já o VGBL é recomendado para aqueles que fazem a declaração de IR pelo formulário simplificado, ou deseja investir mais do que 12% de sua renda bruta anual tributável. “As contribuições não são deduzidas da base de cálculo de IR.  A tributação incide no momento do resgate ou recebimento de renda, apenas sobre a rentabilidade do plano”, explica o gerente da BrasilPrev.


Tributação

Outro ponto importante na escolha do plano é o regime de tributação que incidirá sobre o investimento. A advogada da área de Direito Privado do escritório Innocenti Advogados Associados, Karina Penna Neves, alerta que nesta escolha é importante refletir sobre o tempo e o valor da aplicação.  São duas as opções: progressiva ou regressiva.

A tabela progressiva é a mesma que determina a alíquota do Imposto de Renda sobre o seu salário. Na prática, o que determina a alíquota sobre o plano de previdência é o valor a ser resgatado ou transformado em renda.

Já na tabela regressiva a tributação diminui com o tempo. Ou seja, quanto maior o período de investimento, menor será a tributação. Veja abaixo:

 

Taxas
 
Os interessados em investir em previdência privada também devem observar atentamente as taxas dos planos. A taxa de carregamento incide sobre as contribuições realizadas e variam de 0 a 3%. Já a taxa de administração é o curso da gestão dos ativos que incide sobre a rentabilidade total da aplicação e varia entre 1,5% e 3%. Karina Neves destaca que essa taxa é a de maior impacto na aplicação. Opte sempre pelo plano que oferece a menor taxa.
 
Existe também a taxa de saída, que é cobrada no caso do resgate antecipado da aplicação. Algumas instituições realizam a cobrança desta taxa apenas nos primeiros anos e outras impõem prazos de carência para resgates e transferências externas parciais ou totais.


Relação de consumo

Karina Neves informa que a previdência privada é considerada pelo Poder Judiciário uma relação de consumo. Ou seja, em qualquer problema que o consumidor tiver com relação ao plano escolhido pode procurar os órgãos de defesa do consumidor e a Justiça.

“A Lei que rege a previdência privada hoje no Brasil é a Lei Complementar 109/2001, que trata de diversos institutos e conceitos relacionados ao regime. Apesar de decorrer de um contrato privado, a Justiça decide os casos envolvendo previdência privada na Seção de Direito Público, o que não deixa de ser curioso. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) também editou uma súmula concluindo que previdência privada é efetivamente relação de consumo”, afirma a advogada.

Fonte: http://www.previdenciatotal.com.br


Posts relacionados

Previdência Corporate, por Redação

Opção por renda fixa ou variável é dilema na hora da previdência

Na hora de escolher o perfil do plano de previdência privada, o investidor enfrenta vários dilemas: fundos de renda fixa (escolha mais conservadora, embora ainda tenha risco), multimercado sem renda variável (médio risco) e multimercados com maior ou menor parcela de ações.

Previdência Corporate, por Redação

Congresso receberá proposta alternativa ao fator previdenciário

O governo vai apresentar no dia 10 de julho aos líderes governistas no Congresso Nacional uma proposta alternativa ao fator previdenciário, que é duramente criticado pelos trabalhadores.

Previdência Corporate, por Redação

INSS abre consulta pública sobre tempo estimado de recuperação de trabalhador

Na última terça-feira (3), o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) lançou consulta pública sobre o tempo estimado para a recuperação do trabalhador em caso de doença.

Previdência Corporate, por Redação

INSS envia carta aos beneficiários que já podem se aposentar em novembro

Os segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que já estiverem aptos para se aposentar por idade a partir deste mês receberão uma carta do órgão avisando sobre essa possibilidade. Segundo a Previdência Social, 1.769 correspondências foram enviadas,sendo que 1.060 foram somente para mulheres.

Deixe seu Comentário:

=