Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 29/06/2015 às 12:19:32

Planos de saúde tentam fazer cliente deixar cigarro

Planos visam diminuir custos com medida

Preocupadas com os custos de tratamentos de doenças graves causadas pelo cigarro, operadoras de saúde têm tentado atrair pacientes para programas antitabagismo. Com investimento relativamente baixo, as empresas vêm ampliando a iniciativa e tentando novas formas de fazer o fumante aderir ao projeto.

Segunda maior operadora de saúde do país, com 4 milhões de beneficiários, a Amil investe cerca de R$ 300 por paciente em um programa com consultas individuais e em grupo e monitoramento remoto. O valor é inferior à despesa que a operadora teria com o tratamento de um câncer de pulmão, por exemplo, uma das principais doenças associadas ao tabagismo. Um paciente com esse tipo de tumor custa ao plano entre R$ 200 mil e R$ 400 mil.

"Esse programa é interessante para todos: para o paciente, que vai evitar uma patologia no futuro; para o médico, que terá um paciente com melhor condição clínica e mais qualidade de vida, e para a operadora, que tem um beneficiário mais saudável e um custo mais adequado", diz José Luiz Cunha Carneiro Junior, diretor técnico da Amil.

Desde 2012, quando o programa foi criado, mais de 5.000 clientes da operadora aderiram ao programa, média de 130 adesões mensais. Atualmente, 400 pacientes procuram o serviço por mês.

Incentivo

Fumante há 33 anos, a dona de casa Dionisia Santos Souza Pessoa, de 55 anos, foi incentivada a entrar no projeto após sofrer dois enfartes. "Como fiz a cirurgia e o tratamento no hospital da Amil mesmo, via os cartazes sobre esse programa nos corredores e decidi aderir. Meu médico falou que qualquer traguinho seria um veneno para mim. Não era só uma questão de qualidade de vida, era questão de sobrevivência", diz ela, que aderiu ao programa em março e está há três meses sem fumar.

"Já tinha tentado parar por conta própria outras vezes, mas essa estratégia de fazer reuniões em grupo me ajudou muito. Um paciente apoia o outro." De acordo com a Amil, um em cada três beneficiários que aderiram ao plano parou de fumar em um ano.

O câncer de pulmão é o tumor mais prevalente entre os pacientes da operadora. Entre 2012 e 2015, o número de pessoas que passaram por quimioterapia por causa da doença dobrou.

Na Bradesco Saúde, maior operadora do País, com quase 4,1 milhões de clientes, o programa antitabagismo é oferecido às empresas. A companhia interessada em oferecer o serviço aos funcionários paga R$ 3,6 mil por pessoa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Uol Notícias


Posts relacionados

Saúde Empresarial, por Redação

Plano de saúde empresarial sai até 149% mais barato do que individual

SÃO PAULO - Um levantamento feito pela Mercer Marsh Benefícios revelou que planos coletivos empresariais de saúde (contratados por empresas para seus funcionários) custam, em média, menos da metade do valor cobrado por planos individuais (contratados por famílias).

Saúde Empresarial, por Redação

Ministério vai investir R$ 35 bi em medicamentos produzidos no País

As indústrias brasileiras da saúde estão diante de uma janela de oportunidades para investirem na produção nacional de medicamentos, especialmente os biológicos.

Saúde Empresarial, por Redação

Ministério vai investir R$ 500 milhões na compra de aceleradores lineares

As empresas de equipamentos e insumos hospitalares se preparam para a produção nacional. Philips, Siemens, Toshiba, e GE Healthcare são exemplos de companhias que estão investindo na expansão de seus parques fabris para a produção local de aparelhos de imagens.

Saúde Empresarial, por Redação

Dilma: programas vão tentar reduzir superlotação em prontos-socorros e falta de leitos

A presidenta Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (14) que os programas SOS Emergência e Saúde em Casa terão como meta enfrentar dois dos principais problemas da saúde pública: a superlotação nos prontos-socorros e a falta de leitos nos hospitais.

Saúde Empresarial, por Redação

Plano de saúde: Proteste quer pesquisa de satisfação do usuário em 2012

A Proteste - Associação de Consumidores enviou contribuições à Consulta Pública 46 da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), que trata da revisão dos indicadores componentes do IDSS (Índice de Desempenho da Saúde Suplementar), do Programa de Qualificação de Operadoras.

Deixe seu Comentário:

=