Publicado por Suporte AWSoft! em Saúde Empresarial - 07/02/2011 às 11:57:37
Medicamento para osteoporose faz paciente viver mais
Quem toma bisfosfonatos, classe de remédios mais usada no tratamento da osteoporose, pode ter um benefício extra: cinco anos a mais de vida em comparação aos que usam outros medicamentos para o mesmo problema.
A conclusão é de uma pesquisa australiana do Garvan Institute of Medical Research de Sidney, publicada no "Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism".
Os resultados se basearam num estudo feito na cidade de Dubbo, no País de Gales, com mais de 2.000 pessoas acima de 60 anos.
Entre elas, um grupo de 121 pacientes se tratou com bisfosfonatos por três anos.
Em comparação com outros grupos que utilizavam diferentes formas de tratamento, como vitamina D ou hormônios, o primeiro teve maior expectativa de vida.
Uma das hipóteses para o resultado, segundo os pesquisadores, está ligada ao fato de que o osso atua como repositório de metais pesados tóxicos, como o chumbo.
Quando a pessoa envelhece e perde massa óssea, essas substâncias seriam liberadas no corpo, afetando a saúde. A prevenção da perda óssea com a droga também poderia impedir isso.
Para Rosa Maria Rodrigues Pereira, responsável pelo ambulatório de osteoporose do Hospital das Clínicas, essa justificativa é teoria nova.
O que se sabe, diz Pereira, é que o bisfosfonato reduz o risco de fraturas e, portanto, aumenta a sobrevida.
"As fraturas levam à internação, que pode causar infecções de pulmão e outras doenças", afirma.
Ari Halpern, reumatologista do Albert Einstein, concorda. Para ele, o estudo demonstra que o remédio é eficaz contra as fraturas graves.
"Esses resultados apontam que os bisfosfonatos não reduzem o problema apenas nos exames e na densidade óssea, mas têm impacto na qualidade de vida", afirma.
Mas, segundo ele, não há nenhum estudo que afirme que os bisfosfonatos são mais eficazes que outros tipos de tratamento.
POLÊMICA
Um dos efeitos colaterais do medicamento é irritação no esôfago e no estômago.
No ano passado, uma pesquisa publicada no "British Medical Journal" apontou que o remédio pode dobrar o risco de câncer de esôfago.
Um mês antes, um estudo da Universidade de Oxford negava essa relação.
Ari Halpern diz que os efeitos do remédio nessa região do corpo podem ser evitados com algumas medidas.
Algumas delas são tomar o remédio em jejum com um copo cheio d'água, não comer nada depois de duas horas nem deitar-se logo em seguida, para não ter refluxo.
Fonte: www1.folha.uol.com.br | 07.02.11
Posts relacionados
Remédios menos amargos
A discussão sobre a desoneração tributária para medicamentos começa a ganhar corpo no Brasil e os resultados desse debate podem melhorar a qualidade de vida de milhares de brasileiros.
Trabalho noturno e alimentação em horário irregular prejudicam a saúde
O trabalho noturno e a alimentação em horários irregulares se apresentam como perigos reais à saúde, assim como a obesidade, o transtorno metabólico e o diabetes, segundo um artigo publicado nesta quinta-feira na revista "Current Biology".
Novos estudos apontam para a relação entre enxaqueca e problemas cardíacos em mulheres
Dois novos estudos divulgados nesta terça-feira encontraram uma relação entre enxaqueca, especialmente a que vem acompanhada com aura, que é um conjunto de sintomas como alterações visuais, fraqueza e até alucinações, a uma maior chance de doenças cardiovasculares em mulheres.
Genéricos crescem 22,1% e movimentam R$ 5,1 bilhões no semestre
As vendas de medicamentos genéricos cresceram 21,7%% em volume no primeiro semestre de 2012 no comparativo com o mesmo período de 2011. Foram comercializadas no período 321 milhões de unidades contra 264 milhões nos seis primeiros meses de 2011.
SUS oferece teste para infecção generalizada
Hospitais como A.C. Camargo, em São Paulo, Servidores do Estado e Hospital Central da Aeronáutica, ambos no Rio estão oferecendo um teste biomarcador de procalcitonina para direcionar o tratamento para a infecção generalizada - sepse.
Sírio-Libanês atenderá SUS com gestão de hospital estadual
O Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, passa a atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao assumir a gestão do Hospital Geral do Grajaú e do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) Interlagos, ambos na Zona Sul da capital paulista.