Publicado por Redação em Notícias Gerais - 04/03/2013 às 09:21:24

Mantega: PIB foi fraco, mas brasileiro não sentiu crise

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira que o baixo crescimento da economia brasileira no ano passado, de apenas 0,9%, não afetou diretamente a população. A geração de empregos e o aumento na renda salarial foram destacados por Mantega, que preferiu apostar em um bom resultado em 2013 a explicar o que deu de errado no ano passado.

"Para a população brasileira, para a maioria, o ano de 2012 foi um ano bom. A crise internacional não bateu à porta da família brasileira porque em 2012 tivemos um excelente resultado de emprego, com 1,3 milhão de novos postos de trabalho. A massa salarial cresceu 6% ao ano. Houve um aumento real de renda da população de 4%. O crescimento do financiamento para habitação foi de 35% ao longo do ano. A população está adquirindo mais moradia, mais automóveis. Isso é importante", disse Mantega.

Mantega rechaçou que as medidas de estímulo à economia, como desonerações bilionárias em impostos incidentes sobre a produção industrial e sobre a folha de pagamentos, tenham sido em vão. Para o ministro, os reflexos da crise econômica internacional tiveram mais influência na desaceleração da economia do que as medidas tomadas pelo governo para evitar uma queda maior.

"As medidas tomadas estão começando a surtir efeito. Demoraram mais tempo em função da crise internacional em 2012. A economia mundial desacelerou fortemente e tivemos mais dificuldades de exportar. Para 2013, o cenário internacional é mais benigno. A economia europeia deve crescer e vamos manter uma trajetória positiva de aceleração que vai continuar em 2013 e vai nos levar a cumprir os objetivos de crescimento que estabelecemos para o País", afirmou o ministro.

Para o ano que vem, Mantega prevê que a economia deve crescer entre 3% e 4%. A previsão está de acordo com a expectativa de mercado. O boletim Focus desta semana, que reúne as opiniões de analistas dos principais bancos e fundos brasileiros, prevê um crescimento do PIB na ordem de 3,1% em 2013.

"Faremos mais redução de impostos em 2013. Vamos continuar reduzindo tributos de modo a reduzir a carga tributária no País e tornar mais baratos os investimentos e o consumo", garantiu o ministro.

Parte da previsão de Mantega se apoia no consumo das famílias. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou o PIB na manhã de hoje, o setor de serviços, o de maior peso na economia, salvou o País de um resultado negativo em 2012. Seu crescimento foi de 1,7% em 2012, o único a apresentar alta. O consumo das famílias, por sua vez, aumentou 3,1%, o nono ano seguido de taxas positivas.

"A família brasileira começou o ano de 2013 pagando menos tarifa de energia elétrica. As vendas no varejo de 2012 cresceram 8%, o que é um desempenho incomum em todo mundo. As perspectivas são muito boas para os próximos dois anos, levando em consideração que a crise internacional está arrefecendo e deve favorecer o consumo", justificou.

Fonte: Terra


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Crédito deve ter expansão de 15,6% em 2013, aponta Febraban

Levantamento divulgado nesta sexta-feira pela Federação Brasileira de bancos (Febraban) apontou que o crescimento do crédito deve ser de 15,6% em 2013. A pesquisa, realizada com 29 instituições financeiras, apontou ainda que para 2014 a alta deve ser de 15,6%.

Notícias Gerais, por Redação

Em semana de Copom, mercado aposta em manutenção da Selic

Na semana em que o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para definir a nova taxa básica de juros da economia brasileira, o mercado segue apostando que o colegiado vai manter a Selic no atual patamar de 7,25% ao ano, o menor nível da história do País.

Notícias Gerais, por Redação

Dilma cobra financiamento de longo prazo dos bancos

"A infraestrutura tem de virar uma obsessão do país". A frase, dita ontem pela presidente Dilma Rousseff, embute duas questões: o governo tem consciência de que o nível de investimentos fecha 2012 muito aquém do desejado - não passará de 19% do Produto Interno Bruto (PIB)

Notícias Gerais, por Redação

Injeção do BCE no sistema bancário supera previsões

Os bancos tomaram 530 bilhões de euros na segunda oferta de financiamentos de três anos do Banco Central Europeu (BCE) nesta quarta-feira, levemente acima das previsões,

Notícias Gerais, por Redação

Bolsas da Europa operam no azul após dados da China

As bolsas de valores da Europa operavam em alta nesta quarta-feira, com dados positivos do setor manufatureiro chinês aumentando a confiança do investidor e levando alguns a ampliar suas apostas de curto prazo em bancos e mineradoras.

Notícias Gerais, por Redação

Bovespa segue NY e perde 1,27% no fechamento

A Bolsa de Valores brasileira desvalorizou 1,27% -- pela referência do índice Ibovespa -- no encerramento dos negócios de hoje. O "termômetro" da praça doméstica voltou para os 56.378 pontos, numa sessão em que o giro financeiro atingiu R$ 6,27 bilhões.

Deixe seu Comentário:

=