Publicado por Redação em Notícias Gerais - 22/09/2016 às 11:44:28

Maioria dos acordos salariais fica abaixo da inflação em agosto

O País continua em plena recessão, sem sinais de recuperação, avalia Hélio Zylberstajn, coordenador da pesquisa

Trabalhadores perderam poder de compra em 51,8% das negociações salariais coletivas, revela pesquisa da Fipe

Entre as negociações salariais coletivas com início de vigência em agosto, 51,8% ficaram abaixo da inflação, mostra pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O resultado interrompe a sequência de queda, registrada desde março, nos ajustes abaixo da inflação.

Segundo o coordenador da pesquisa Hélio Zylberstajn, o resultado desfavorável para os trabalhadores é reflexo da situação econômica atual e tem duas causas. A primeira é a inflação acumulada, que ainda está muito alta. "Uma empresa que se dispõe a repor a inflação tem que dar aumento de 9,6%, o que é muita coisa."

O segundo fator é que o país está em plena recessão, e os sinais de recuperação ainda não se mostraram, disse Zylberstajn, que é professor da Universidade de São Paulo (USP). "Recessão e inflação alta tiram dos trabalhadores o poder de barganha.”

Zylberstajn disse que a pesquisa usa o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referente a famílias com renda de até cinco salários mínimos (R$ 4.400), que ficou em 9,6%. Os dados para o levantamento foram extraídos do Ministério do Trabalho e Emprego.

Do total de 597 negociações, 162 trataram de reajustes e 141, de pisos salariais. Dos acordos que pediam ajustes, 17 resultaram em redução de jornada acompanhada de diminuição de salários, sendo um pelo Programa de Proteção ao Emprego (PPE).

“Dois anos atrás, a gente viva quase o pleno emprego. Então, os trabalhadores conseguiram aumentos reais, acima da inflação. Hoje a situação é inversa. Quando vai se reverter essa situação? Quando a atividade econômica for retomada, o que vai demorar”, afirmou Zylberstajn.

De acordo com Zylberstajn, em tempos de recessão, o empregador que oferecer aumento aos funcionários não conseguirá repassá-lo aos preços de seus produtos e serviços, já que o mercado não tem condições de absorver aumentos.

Fonte: Carta Capital


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Ibovespa inicia pregão em alta, na expectativa por estímulos na Europa

O Ibovespa inicia o pregão desta segunda-feira (21) com ganhos de 0,90%, aos 59.819 pontos, segundo cotação das 10h17 (horário de Brasília), sustentado pelo otimismo com novas medidas anticrise.

Notícias Gerais, por Redação

Saldo externo na Bovespa é positivo em R$ 491 mi em junho

O saldo de recursos externos na Bovespa era positivo em R$ 490,6 milhões em junho até dia 11, segundo informações da bolsa nesta quarta-feira. O valor é resultado da movimentação de R$ 15,4 bilhões em compras e de R$ 14,9

Notícias Gerais, por Redação

Produção de petróleo no Brasil bate recorde em 2011

A produção de petróleo e gás natural foi recorde no Brasil em 2011, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo).

Notícias Gerais, por Redação

Com greve, passageiro deve checar voo antes de sair de casa

Com a greve de 48 horas dos aeroportuários nos aeroportos internacionais de Viracopos (Campinas), Cumbica (Guarulhos) e Brasília, as companhias aéreas recomendam que as pessoas com viagem marcada para hoje e amanhã chequem a situação dos voos antes de sair de casa.

Notícias Gerais, por Redação

Cai total de famílias endividadas na cidade de São Paulo

O total de consumidores endividados na cidade de São Paulo é o menor desde junho de 2010, conforme mostra a pesquisa mensal da Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).

Deixe seu Comentário:

=