Publicado por Redação em Notícias Gerais - 14/06/2012 às 18:03:00

Juros futuros caem, repercutindo declarações de Mantega e cenário externo

Os principais contratos de juros futuros tiveram queda nesta quinta-feira (14), pelo sexto dia seguido. Os investidores repercutiram as declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega e os indicadores do varejo, além do cenário internacional negativo.

O mercado repercutiu as declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, explicando que a medida que isentou do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) empréstimos no exterior com prazos acima de dois anos foi tomada porque não há mais excesso de liquidez (recursos) no mercado. Decreto publicado na edição desta quinta-feira (14) do Diário Oficial da União reduziu o prazo de cobrança do IOF de 6% para empréstimos de cinco para dois anos.

Na agenda doméstica, as vendas do comércio varejista cresceram 0,8% em abril, na comparação com o mês imediatamente anterior, conforme mostra a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na receita nominal, o aumento foi de 0,6%.

De acordo com Aurélio Bicalho, economista do Itaú BBA, os dados de vendas no varejo mantiveram a trajetória de expansão no começo do segundo trimestre, embora em intensidade menor do que a esperada. "Dados os níveis elevados do índice de confiança do consumidor, os patamares baixos das taxas de juros, a expansão da renda e o corte de impostos sobre a produção de alguns bens duráveis, esperamos manutenção do crescimento das vendas no varejo ao longo do ano", estima.

Cenário externo
O cenário internacional também interferiu no mercado doméstico, sendo o destaque a Zona do Euro, com o FMI (Fundo Monetário Internacional) alertando em relatório que os governos já desembolsaram € 1,2 trilhão desde o estouro da crise para resgatar o sistema financeiro. Mas esse valor pode não ser o suficiente. Segundo estimativas do órgão, os bancos terão de se desfazer de € 3,1 trilhões de ativos nos próximos dois anos para sobreviver.

Contrato de janeiro de 2014 fechou com taxa de 7,97%
O contrato de juros de maior liquidez nesta quinta-feira, com vencimento em janeiro de 2014, registrou uma taxa de 7,97%, 0,03  ponto percentual abaixo do fechamento de quarta-feira.

Outros contratos que fecharam com bom volume negociado foram o com vencimento em janeiro de 2013, que registrou taxa de 7,69% e o de julho de 2013, com taxa de 7,65%. No fechamento de quarta-feira, as taxas apontadas por estes contratos eram 7,70% e 7,67%, respectivamente.

A seguir confira o fechamento das taxas dos principais contratos de juros futuros na BM&F:

Vencimento Taxa atual Taxa anter Diferença Contr Neg
 Julho de 2012 8,34 8,33 +0,01 4.605
 Outubro de 2012 7,87 7,88 -0,01 11.440 
 Janeiro de 2013 7,69 7,70 -0,01  183.376
 Abril de 2013 7,63 7,64 -0,01 4.351
 Julho de 2013 7,65 7,67 -0,02 24.508
 Outubro de 2013 7,77 7,80 -0,03 138 
 Janeiro de 2014 7,97 8,00 -0,03 228.799
 Abril de 2014 8,13 8,17 -0,04 7.797
 Julho de 2014 8,32 8,33 -0,01 14.000
 Outubro de 2014 8,50 8,52 -0,02 515 
 Janeiro de 2015 8,65 8,69 -0,04 23.757
 Abril de 2015 8,82 8,86 -0,04 295

Fonte: Infomoney


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Rendimento da poupança sobe a 5,77% ao ano, prevê mercado

O mercado financeiro não se contentou e elevou pela segunda semana consecutiva a previsão para os juros básicos do País. Conforme o boletim Focus, do BC (Banco Central), os especialistas das empresas esperam que a Selic encerre o ano com meta em 8,25% ao ano.

Notícias Gerais, por Redação

Ibovespa contraria mercado externo e abre no campo positivo

Na contramão do mercado externo, o Ibovespa Futuro abre em alta no pregão desta terça-feira (24). Por volta de 10h30 (horário de Brasília), o principal índice do mercado de ações nacional subia 0,66% aos 53.383 pontos.

Notícias Gerais, por Redação

Governo estuda mais medidas para evitar a crise

ministro Fazenda, Guido Mantega, informou em audiência pública, na última terça-feira (22), que o governo está estudando algumas medidas anticrise. Entre elas está a isenção do IOF (Imposto sobre Operações Financeira) na portabilidade do crédito habitacional.

Notícias Gerais, por Redação

Orçamento em crise? Ainda dá tempo de salvar o seu ano

Mais de um terço do ano já se passou e o primeiro trimestre costuma ser repleto de gastos para as famílias, como as festas de fim de ano, impostos, como o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) e IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)

Notícias Gerais, por Redação

Bovespa muda de rumo e opera em queda nesta sexta-feira

Após operar no azul pela manhã, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) mudou de rumo e tem desvalorização nesta sexta-feira (18). Às 13h33, o Ibovespa tinha recuo de 0,74%, a 56.569 pontos.

Deixe seu Comentário:

=