Publicado por Redação em Notícias Gerais - 22/07/2013 às 17:57:09

Governo anuncia corte de gastos de R$ 10 bilhões

O governo anunciou nesta segunda-feira um corte de gastos de R$ 10 bilhões com objetivo de ajudar o Banco Central no controle da inflação, conforme adiantado pela Folha no sábado.
 
O valor, porém, ficou abaixo do previsto inicialmente e deve ser insuficiente para cumprir a meta de economizar 2,3% do PIB para pagar juros da dívida, o chamado superavit primário.
 
No início de julho, quando a equipe econômica decidiu fazer um novo contingenciamento nas despesas chegou-se a cogitar um corte maior, de R$ 15 bilhões a R$ 20 bilhões.
 
No entanto, o número final foi menor devido à dificuldade em conter as despesas sem atingir áreas prioritárias --como infraestrutura, educação e saúde-- e ao temor de parte do governo de que um corte muito amplo piorasse ainda mais o já fraco desempenho do PIB (Produto Interno Bruto).
 
Nos últimos dias, os ministérios que integram a junta orçamentária --Fazenda, Planejamento e Casa Civil-- divergiram sobre o tamanho do bloqueio. Segundo técnicos da Fazenda, um corte muito abaixo de R$ 10 bilhões daria um sinal ruim ao mercado financeiro sobre a credibilidade da política econômica. Preocupados com o crescimento, Planejamento e Casa Civil chegaram a defender um corte bem menor, próximo a R$ 5 bilhões.
 
Segundo a apresentação feita pelo governo, estão preservadas as prioridades do governo, e os cortes serão de R$ 5,6 bilhões nas despesas obrigatórias e de R$ 4,4 bilhões nas discricionárias.
 
INFLAÇÃO
 
O superavit serve para manter sob controle a dívida pública. Ao conter os gastos do governo, porém, contribui também para reduzir a demanda na economia, tirando pressão sobre os preços.
 
A inflação acumulada em 12 meses está em 6,7%, acima do teto da meta do governo (6,5%).
 
O governo Dilma Rousseff tornou prioridade o combate à inflação alta devido ao impacto desta na popularidade do governo e no próprio desempenho da economia, na medida em que preços altos corroem o poder de compra da população e encarecem a produção nacional.
 
A meta original de superavit primário para o setor público (União, Estados, municípios e parte das estatais) era de 3,1% do PIB. Diante das perdas de arrecadação com as desonerações e devido ao fraco desempenho da economia, o governo reviu a meta para 2,3% do PIB. 
 
Fonte: Folha SP

Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

INSS antecipa metade do 13º salário; total chega a R$ 11 bilhões

Um decreto publicado nesta quarta-feira autoriza o pagamento antecipado de metade do valor do 13º salário de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Notícias Gerais, por Redação

Governo planeja criar Secretaria Nacional do Idoso

O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, afirmou que o governo estuda a criação de uma secretaria para tratar de políticas relacionadas ao idoso.

Notícias Gerais, por Redação

Dívida pública cresce em setembro e chega a R$ 1,8 trilhão

A dívida pública federal aumentou 2,28% em setembro, quando alcançou o valor de R$ 1,8 trilhão, de acordo com dados do Tesouro Nacional.

Notícias Gerais, por Redação

Americanos detidos no Irã serão libertados nesta quarta

Dois americanos detidos há dois anos no Irã, onde cumprem pena por espionagem, serão libertados nesta quarta-feira, informou a justiça iraniana.

Deixe seu Comentário:

=