Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 18/09/2015 às 11:28:24

Beneficiários da Unimed Paulistana devem dobrar a atenção na migração do plano de saúde

Migração para outra empresa deve garantir as mesmas condições vigentes no plano de saúde, de acordo com determinação da ANS

Após a notícia da “quebra” da Unimed Paulistana, a Agência Nacional de Saúde (ANS) determinou que a carteira de plano de saúde administrada pela operadora fosse transferida para outras empresas. De acordo a ANS, as empresas que assumirem os planos de saúde deverão obrigatoriamente oferecer as mesmas condições e garantias que os usuários tinham anteriormente. Os beneficiários, por sua vez, deverão dobrar a atenção no momento em que formalizarem a migração do plano de saúde para outra empresa para que não sejam surpreendidos com relação à carência, ao preço e a forma de reajuste, adverte o advogado Anis Kfouri, especialista em relações de consumo.

O especialista destaca que o consumidor deve estar atento para não correr o risco de esquecer que está assinando um contrato de migração de plano de saúde para outra empresa e não contratando um novo plano de saúde com regras diferentes que o fará perder as condições que tem hoje.

“O grande cuidado que o consumidor deve ter é que essa migração não se dê através de um contrato novo sem observar as mesmas cláusulas e garantias. É necessário observar se a carência será aproveitada, se o valor e a forma de reajuste são os mesmos de acordo com o tipo de plano seja ele individual ou coletivo”, reforça.

Anis Kfouri lembra ainda que enquanto a migração não se concretiza os beneficiários da Unimed Paulista podem continuar a utilizar o plano normalmente e devem manter os pagamentos em dia, evitando, assim, a exclusão do plano de saúde conforme previsto na legislação de planos de saúde.

Outro ponto se refere ao prazo estabelecido para as empresas interessadas fazerem a aquisição da carteira de planos de saúde da Unimed, no qual são atendidos 744 mil beneficiários. Caso a migração não ocorra no prazo estipulado, a ANS poderá dividir a carteira de planos de saúde para que os contratos não sejam todos transferidos para uma mesma empresa . “Às vezes, um plano não tem interesse e nem suporte para assumir todos esses contratos”, diz o advogado.

Anis Kfouri explica que caso não sejam atendidas as determinações da ANS, a empresa que não garantir as mesmas condições do contrato que o beneficiário mantinha com a Unimed corre o risco de insolvência que será assumida pela ANS.

“Isso é uma grande preocupação nesse momento porque traz um risco muito alto para o sistema de saúde no Brasil . A questão é polêmica porque há dúvida sobre as condições de oferta qual mercado vai absorver”, finaliza.

Anis Kfouri é Conselheiro Estadual OAB/SP. Sócio da Kfouri Advogados. Doutorando em Direito de Estado pela USP.

Fonte: Portal Segs


Posts relacionados

Saúde Empresarial, por Redação

Home office melhorou a vida de 94% dos profissionais, indica estudo

72% dos profissionais remotos também acreditam ter as mesmas oportunidades de crescimento que seus pares presenciais. 

Saúde Empresarial, por Redação

Sustentabilidade de planos privados de saúde preocupa ANS

A sustentabilidade das operadoras de planos privados de saúde é o maior desafio enfrentado, hoje, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Saúde Empresarial, por Redação

Como ser mais saudável em 2013

Emagrecer, se alimentar melhor, parar de fumar... Especialistas dão dicas para atingir esses e outros objetivos

Saúde Empresarial, por Redação

Ruídos em hospitais são superiores ao recomendado pela OMS

Um estudo publicado pela Archives of Internal Medicine, periódico da American Medical Association, chegou à conclusão que os níveis de ruídos praticados em hospitais são superiores ao recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Deixe seu Comentário:

=