Publicado por Redação em Vida em Grupo - 19/03/2012 às 13:44:40

Seguro de vida pode trazer alívio financeiro (até antes da morte)

Apólice permite formar reserva para quando orçamento apertar ou ter indenização mesmo sem sinistro
 
Foi-se o tempo em que o dinheiro desembolsado para um seguro de vida nunca seria revisto por quem o bancava. As seguradoras já dão alternativas para tornar o produto mais atraente aos clientes e, entre as opções, está devolver uma parte da indenização quando o contrato acaba e não há sinistro, além de formar uma reserva de valor durante a vigência da apólice.
 
Eles são chamados de seguro de vida com acumulação e trazem um dinheiro extra em caso de sufoco no orçamento. É o que os diferencia dos tradicionais seguros de vida, que normalmente têm duração de um ano e não permitem resgates. Mas não devem ser tratados como investimento, uma vez que a rentabilidade não é exatamente atrativa.
 
"Não gostamos de falar que o seguro de vida com acumulação é um investimento porque não comparamos o rendimento da reserva de valor com outros produtos do mercado", pondera Thereza Moreno, diretora atuarial da seguradora Prudential do Brasil. "Do dinheiro que se paga por um seguro de vida, parte vai para o valor de reserva do cliente e a outra vai para a cobertura de risco", completa, sobre os produtos comercializados pela seguradora. Ali, um é vitalício e outro oferece proteção temporária. Os seguros com cobertura para toda a vida representam 83,8% das apólices emitidas pela empresa em 2011, quando atingiram 125 mil.O capital segurado, na companhia, vai até R$ 15,8 milhões.
 
O engenheiro Antonio Moreira, 61 anos, decidiu fazer o seguro de vida vitalício há quatro anos, com o intuito de dar suporte à sua esposa e ao filho, hoje com 29 anos, em caso de falecimento ou invalidez. "É bom dormir e saber que a família está amparada", diz Moreira.
 
Sua apólice dá direito a uma reserva de valor, que ele pretende não usar, mas se reconforta com a garantia extra. "Nunca pensei nesse tipo de transação, a intenção é realmente proteger minha família. Mas num momento de dificuldade, fico mais tranquilo tendo essa opção." No ato da contratação, o cliente já conhece o valor resgatável sem correção inflacionária.
 
"Ele pode ter acesso ao dinheiro a partir do terceiro ano", conta Thereza. Se o cliente resgatar toda a reserva, o seguro é cancelado, mas se for parcial, há uma redução da indenização em caso de morte ou invalidez. Além disso, a legislação permite que o cliente pegue um empréstimo. "A gente tenta empatar com os juros dos bancos", diz a executiva da seguradora, que no entanto ressalta que essa não é a intenção inicial, já que o seguro é feito baseado no capital que os dependentes do beneficiário realmente precisam caso ele falte.
 
O segmento chamou a atenção do grupo Mapfre, que trouxe a modalidade para o Brasil em dezembro do ano passado, sendo o primeiro país da América Latina onde oferece o "Bien Vivir". "Havia uma necessidade do mercado de atender cliente de renda maior, que procurava uma apólice como esta fora do Brasil", conta o presidente da Mapfre Serviços Financeiros, Wilson Toneto. O produto é para quem tem renda acima de R$ 10 mil e a seguradora quer vender R$ 20 milhões nessas apólices este ano, considerando o potencial de mercado no país e os 800 contratos já em análise.
 
Este tipo de apólice não é o que as seguradoras chamam de produto de "prateleira", uma vez que a venda é feita de forma consultiva - tanto que a Mapfre escolheu apenas 300 de 14 mil corretores para oferecê-lo. São analisadas as necessidades do cliente, idade, estado civil, número de filhos e condições de saúde. Por isso mesmo antes da contratação é preciso passar por uma bateria de exames. Não à toa,demora-se até dois meses para fechar o contrato. Na Mapfre, o valor segurado vai de R$ 500 mil a R$ 9 milhões e o seguro tem período mínimo de contratação de 10 anos.
 
Apólice é alternativa para quem já vai contratar o seguro e quer uma garantia extra em caso de aperto ainda em vida, mas não deve ser vista como opção de investimento já que o rendimento é mínimo.

Fonte: segs


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