Publicado por Redação em Dental - 25/10/2016 às 11:53:30

Refeição rica em fibra reduz halitose por até 2 horas e meia

 Inclua no seu café da manhã cereais secos (especialmente farelo de aveia, germen de trigo, linhaça, quinoa, gergelin), vegetais crus, frutas e carnes fibrosas. Foto: sasimoto / Shutterstock

Comer pão integral, cereais secos, vegetais e frutas cruas te ajudam a manter a boca mais limpa e sem cheiros desagradáveis

Já pensou se uma refeição rica em alimentos fibrosos pudesse garantir duas horas e meia sem mau hálito? Pois isso é possível. Sabendo escolher os itens do seu café da manhã corretamente é possível passar um bom tempo despreocupado com o cheiro da sua boca.

Para provar essa tese, pesquisadores analisaram 20 pessoas saudáveis antes e depois de um bom café da manhã. O objetivo era avaliar os efeitos de uma refeição que exigisse muita mastigação, no caso a rica em fibras, sobre o hálito.

Passo a passo

Antes de iniciar a refeição, eles mediram a concentração de Compostos Sulfurados Voláteis (principais gases presentes na halitose bucal), o odor do hálito percebido pelo olfato de outras pessoas, o acúmulo de saburra lingual e a sensação na boca. Todos os participantes apresentaram acúmulo de biofilme lingual e a presença de alguns gases desagradáveis na boca.

A partir disso, eles foram divididos em dois grupos. O primeiro consumiu uma dieta fibrosa e com alta necessidade de mastigação e o outro comeu alimentos que exigiam baixo esforço mastigatório.

Depois de duas semanas o teste foi repetido com os grupos trocando de missão, ou seja, quem comeu os alimentos fibrosos da primeira vez, agora se alimentaria com os mais molinhos e vice-e-versa. As mesmas análises feitas antes da refeição foram repetidas duas horas e meia depois da comilança.

Vale falar que uma das refeições, a que continha alto teor de fibra (25,9 gramas), tinha em seu cardápio pão integral com grãos inteiros (com farelo de trigo), maçã crua descascada, geleia de amora preta, manteiga e água, Já a outra, formada por alimentos com baixo teor de fibra (5,41 gramas no total), era composta por pão branco, maçãs cozidas, geleia de marmelo, manteiga e água.

Comer x Halitose

Os resultados do estudo revelaram que após se alimentar, ambos os grupos tiveram redução dos compostos que favorecem o mau hálito observados no início do teste por até duas horas e meia. Ou seja, comer melhora o hálito das pessoas.

Porém, a refeição rica em fibras e com alta necessidade de mastigação levou a uma redução significativamente maior da halitose perceptível pelo olfato de outras pessoas.

“A ingestão de alimentos promove a “autolimpeza” bucal, pelo atrito da comida com as superfícies bucais e também pelo aumento do fluxo salivar em consequência da mastigação e da gustação. Com isso, resíduos alimentares, células descamadas e bactérias são eliminados do ambiente bucal, principalmente da superfície do dorso lingual, onde se acumula o biofilme lingual ou saburra”, diz Maria Cecília Aguiar, presidente da Associação Brasileira de Halitose (ABHA).

Ainda segundo a especialista, quando os alimentos ingeridos são predominantemente fibrosos a “luta” contra os componetes que favorecem a halitose só se fortalece.

“Considerando que quanto mais fibroso o alimento, maior o atrito exercido, e que quanto mais intenso o esforço mastigatório, maior o estímulo salivar, parece evidente que a refeição com alto teor de fibras e com alta demanda de mastigação favorece uma autolimpeza mais intensa que as outras”, diz a especialista.

Inclua e exclua

Para facilitar sua vida, pedimos para Maria Cecília listar alguns alimentos considerados fibrosos para que você possa incluí-los no seu café da manhã: “São eles: cereais secos (especialmente farelo de aveia, germen de trigo, linhaça, quinoa, gergelin), vegetais crus, frutas e carnes fibrosas”, diz a especialista.

Por isso, é meio óbvio que, se você quer ficar mais tempo tranquilo com o seu hálito, deve evitar as refeições exclusivamente pastosas ou líquidas, como aquelas a base de shakes, sucos e sopas, pois elas não favorecem a autolimpeza bucal.

Fonte: Terra Saúde Bucal


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