Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 20/10/2011 às 13:55:34

Problemas na saúde não se resolvem apenas com mais dinheiro

A solução para os problemas na área de saúde – tanto no Brasil como nos demais países – não é apenas uma questão de se aplicar mais dinheiro. É preciso investir em administração, para que os recursos disponibilizados cheguem à ponta do sistema, sem se perder no meio do caminho, por corrupção ou má gestão.

A opinião é do diretor do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Buss. Ele participou hoje (19) da abertura da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde, promovida no Rio pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com apoio do Ministério da Saúde.

“A questão também é recursos financeiros, com mais verbas. Mas não é só isso. As prefeituras devem reorganizar-se para que cada real ou dólar aplicado na saúde renda mais. Tem que ter recursos financeiros, mas se não tiver uma qualificada gestão pública, dando ordenamento e orientação, vai se perder o investimento.”

Buss lembrou que é preciso combater a corrupção, que desvia verbas da saúde, prejudicando o sistema como um todo. “Ações anticorrupção e ações de controle de utilização adequada do dinheiro têm que fazer parte de qualquer governo. Isso faz parte da base da governança.”

A conferência da OMS – a primeira realizada em mais de 30 anos fora da sede da entidade, em Genebra, na Suíça – tem o foco principal no combate às iniquidades sociais sobre as condições de vida e saúde das populações. A última grande conferência do gênero foi a de Alma Ata, no Cazaquistão, em 1978.

“São inaceitáveis as grandes iniquidades, diferenças que não se justificam e que são evitáveis da situação de saúde entre as pessoas. Você tem mortalidade de crianças até 5 anos de quase 150 [por mil] em países africanos e menos de dez [por mil] em países europeus. Essa diferença não se deve à biologia desses pequenos seres, ou a sua carga genética. Se deve às condições sociais.” Buss apontou que as grandes diferenças na situação de saúde não são registradas apenas entre países ricos e pobres. Segundo ele, podem ser encontradas em bairros distintos de uma mesma cidade, onde a expectativa de vida pode variar enormemente.

O encontro reúne chefes de Estado, pesquisadores e representantes de movimentos sociais de 120 países. Na próxima sexta-feira (21), será assinada a Declaração do Rio, com estratégias de enfrentamento global das diferenças

Fonte: www.saudebusinessweb.com.br | 20.10.11
 


Seguro Auto

Posts relacionados

Saúde Empresarial, por Redação

Lei assegura o 1º tratamento a paciente com câncer

A presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que oferece o primeiro tratamento gratuito, no Sistema Único de Saúde, ao paciente com câncer. Ele terá direito ao tratamento no prazo de até 60 dias a partir da data do diagnóstico, ou em prazo menor, conforme a necessidade terapêutica.

Saúde Empresarial, por Redação

Medicamentos são não-vegetarianos e pacientes não sabem

Pessoas que optam por não comer produtos de origem animal podem não estar cientes de que o estão fazendo a contra-gosto ao ingerir medicamentos comuns.

Saúde Empresarial, por Redação

Plano não pode fixar limite para despesa hospitalar, diz STJ

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) considerou ilegal a prática adotada por um plano de saúde que limitou em contrato o valor das despesas com internação hospitalar.

Saúde Empresarial, por Redação

Cientistas desenvolvem técnica para criar proteínas artificiais

As proteínas são as moléculas mais abundantes e importantes de qualquer organismo, participando numa variedade imensa de tarefas e sendo essenciais para a vida.

Deixe seu Comentário:

=