Publicado por Redação em Notícias Gerais - 08/11/2013 às 09:35:41

Perdas da poupança em planos econômicos serão julgadas nas próximas semanas

Uma batalha que teve início há pelo menos 20 anos nos tribunais de todo o país pode estar próxima do fim. O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar, nas próximas semanas, os processos que pedem a correção da poupança nos planos econômicos Bresser, Verão, Collor 1 e Collor 2.

As ações foram movidas por quem tinha conta na poupança aberta entre os anos de 1987 e 1991. Na época, os bancos fizeram mudanças na correção das cadernetas, passando a aplicar índices novos, determinados nos planos econômicos.

Os ministros precisam decidir se os índices aplicados foram corretos ou não. Caso sejam considerados incorretos, o Banco Central estima que as perdas dos poupadores, somadas, cheguem a R$ 105 bilhões. Esse seria o valor que teria de ser desembolsado pelos bancos para ressarcir os clientes.

Os índices de correção reivindicados nos processos variam de acordo com a época. No caso das contas que estavam abertas em junho de 1987 (época do Plano Bresser) e cujo aniversário era entre 1º e 15 daquele mês, por exemplo, o índice de correção aplicado foi de 18,02%. Os processos pedem uma correção maior, de 26,06%.
Processos estão suspensos desde 2010

Os processos estão suspensos desde 2010 por decisão do próprio Supremo. O julgamento chegou a ser marcado para abril do ano passado, mas foi adiado pelo ministro Gilmar Mendes, relator do processo.

O número de processos movidos para reaver as perdas dos planos econômicos é incerto. Quando o STF fez a suspensão, a maior parte dos processos estava na fase de "conhecimento". Nessa etapa, o direito ao ressarcimento ainda era discutido.

Uma pequena parte dos processos estava na fase de "execução", o que significa que o direito ao ressarcimento já estava conquistado, os valores das perdas tinham sido devidamente calculados e estavam para ser pagos. Esses processos não foram suspensos e não serão afetados por uma nova decisão diferente.

 STF decidiu a favor dos poupadores no passado

O advogado especializado em direito bancário Alexandre Berthe diz que, apesar de o STF ter decidido a favor dos poupadores antes da suspensão, isso não garante que a posição será a mesma agora.

"Os novos ministros não vão, necessariamente, manter o entendimento dos anteriores. Mas, caso decidam de forma diferente, isso vai colocar o país num grande risco jurídico", afirma.

Procurada, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) não quis se pronunciar sobre o assunto. No passado, os bancos questionavam a correção das poupanças com o argumento de que as instituições apenas cumpriram a legislação e poderiam quebrar caso fossem obrigadas a fazer o ressarcimento.

Berthe rebate essa afirmação. "Isso não existe. Além disso, não cabe ao STF julgar a parte econômica ou os valores que serão pagos, mas apenas se o pagamento deve ser feito ou não."

Fonte: http://economia.uol.com.br


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Defasagem do IR é de 66,4%; imposto não acompanha inflação

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) tem denunciado que a defasagem na tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) atinge 66,4%.  

Notícias Gerais, por Redação

Crescimento da economia deve acelerar no fim do ano, diz Serasa

O indicador de perspectiva de atividade econômica calculado pela Serasa Experian registrou em junho alta de 0,2% sobre maio, no primeiro avanço do tipo desde novembro de 2009.

Notícias Gerais, por Redação

Brasileiros estão identificando mais os tributos pagos

Os brasileiros estão identificando mais os tributos pagos indiretamente sobre produtos e serviços. Ao menos, é o que informa pesquisa realizada pela Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Rio de Janeiro), intitulada "Impacto de Tarifas e Tributos".

Notícias Gerais, por Redação

BG diz que produção em campo brasileiro superou expectativas

A companhia britânica de petróleo e gás BG extraiu mais petróleo no Brasil do que esperava e recebeu mais tempo para analisar o campo de petróleo antes de ter que declarar a viabilidade comercial dele.

Notícias Gerais, por Redação

Índice que reajusta aluguel sobe 0,65% no mês e 7,46% em 12 meses

O índice de preços mensurado pelo IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), usado como referência na maioria dos contratos de aluguel, avançou 0,65% no mês de setembro, ante alta de 0,44% em agosto.

Deixe seu Comentário:

=