Publicado por Redação em Notícias Gerais - 29/10/2014 às 11:35:23

Governo admite que BC poderá aumentar juros ainda neste ano

Na primeira reunião após a reeleição de Dilma Rousseff, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central deve manter nesta quarta (29) os juros básicos da economia em 11% ao ano, mas assessores presidenciais não descartam uma alta no último encontro do ano, em dezembro.

Segundo a Folha apurou, o Planalto espera terminar 2014 sem novos apertos na política monetária, mas há uma preocupação no governo com dois indicadores da economia: a taxa de câmbio e o resultado das contas públicas.

Para assessores, a combinação de um dólar em alta nas próximas semanas e de novos deficit primários do setor público pode gerar mais combustível para a inflação nesta reta final do ano e início de 2015, quando começa o segundo mandato de Dilma.

Nesse caso, o Copom teria de avaliar a necessidade de antecipar um aperto na política monetária, que o mercado estava prevendo apenas para 2015. Uma sinalização de que esse cenário está dentro do radar do BC pode ser dada na ata do comitê sobre a decisão de hoje, que será divulgada na próxima semana.

 O temor do governo é que a inflação entre mais pressionada no ano de 2015. Em setembro, o IPCA chegou a 6,75% no acumulado em 12 meses. A expectativa do mercado é que o indicador permaneça acima do teto até novembro e recue para 6,44% só em dezembro. Previsões que podem não se concretizar.

Ontem, o dólar fechou em queda, na casa de R$ 2,47. O cenário, contudo, ainda é de instabilidade e só deve se normalizar quando Dilma definir a nova equipe econômica.

Uma ala do governo defende ainda o anúncio de medidas fiscais para reverter o quadro de contas públicas no vermelho –nos últimos quatro meses, o Tesouro não conseguiu economizar para pagar os juros da dívida e registrou deficit primários.

Para um assessor, está nas mãos do Planalto a definição sobre os juros no final do ano. A avaliação é que, caso o mercado se acalme com o nome do futuro ministro da Fazenda e seja divulgado um ajuste fiscal crível, o cenário para a inflação ficará benigno e dispensará um aperto imediato na política monetária.

Em sua mais recente previsão, o BC projetou inflação de 6,3% no fim de 2014, mas com um dólar a R$ 2,25. O aumento de 10% na cotação desde então é suficiente para estourar o limite da meta.

O mercado também aguarda uma definição sobre a diretoria do BC.

Os membros do Copom, funcionários públicos de carreira, são os mesmos desde 2012. Três diretores têm tempo de casa para se aposentar: Altamir Lopes (Administração), Sidnei Marques (Organização do Sistema Financeiro) e Luiz Edson Feltrim (Relacionamento Institucional).

Fonte: Folha


Seguro Auto

Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Dólar tem mais um dia de alta com dado positivo nos EUA

Moeda abriu em queda, mas não sustentou a baixa após os EUA divulgarem indicadores positivos do mercado de trabalho.

Notícias Gerais, por Redação

Governo sinaliza nova redução de juros para empresas

O governo pode promover uma nova redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que serve de referência para os empréstimos feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as empresas.

Notícias Gerais, por Redação

INSS: afastamentos de até 60 dias serão feitos sem perícia médica

Atestados médicos para afastamento do trabalho até 60 dias de segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) poderão ser emitidos por médicos de fora do instituto, por meio de atestado eletrônico e certificado digital.

Deixe seu Comentário:

=