Publicado por Redação em Notícias Gerais - 31/03/2014 às 10:03:50

Para conter inflação, custo pode chegar a R$ 34 bilhões

O impacto na conta do governo para evitar o aumento de um ponto porcentual na inflação pode chegar a R$ 34 bilhões este ano. A conta bilionária - compilada pela consultoria A.C. Pastore & Associados - se dá pela decisão da equipe econômica de não reajustar os preços administrados, como os da gasolina e da energia elétrica.
 
A maior parte desse esforço virá do gasto extra do governo para manter a promessa de redução da conta de energia elétrica. Em 2014, a ajuda às distribuidoras vai custar R$ 21 bilhões - R$ 13 bilhões vindos do Tesouro e R$ 8 bilhões em dívida emitida em nome Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) que deve ser financiada por bancos públicos e privados. "Se a situação do nível dos reservatórios se agravar mais, essa conta ainda pode crescer", afirma o economista da A.C. Pastore & Associados, Marcelo Gazzano. A segunda parte desse custo virá dos R$ 13 bilhões que o governo deixará de arrecadar com a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), tributo cobrado sobre combustíveis.
 
Em dezembro, após participar de um evento em São Paulo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a afirmar que a Cide poderia voltar a ser cobrada, mas naquele momento, a prioridade dele era o combate à inflação.
 
O caso dos combustíveis e da energia se tornaram os mais emblemáticos da política de controle de preços. Mas, depois das manifestações de junho, várias cidades do País congelaram o reajuste das tarifas do transporte público, o que também contribuiu para um baixo avanço da inflação dos administrados. Em 2013, a alta foi de apenas 1,5%, enquanto os preços livres aumentaram 7,3%. "A forma desse governo de controlar a inflação é via controle de preços administrados", diz José Márcio Camargo, professor da PUC-Rio e economista da Opus Gestão de Recurso.
 
Os números deixam claro que o esforço do governo para não aumentar os preços administrados está resultando em um elevado custo num momento em que o mercado cobra credibilidade da política fiscal. Segundo a projeção da A.C. Pastore & Associados, o impacto dessas medidas no superávit primário do setor público deve ser de cerca de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
 
 
Fonte:Paraná Online - Curitiba/PR - POLÍTICA


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Nova tributação favorece quem ganha até R$ 6 mil na PLR, diz jornal

A nova forma de tributação do Imposto de Renda (IR) sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) irá beneficiar os contribuintes que receberem até R$ 6 mil de bonificação, informou o jornal Folha de S.Paulo nesta segunda-feira.

Notícias Gerais, por Redação

Brasil registra superávit de US$ 429 mi na balança em 2012

O Brasil registrou superávit na balança comercial de US$ 429 milhões no acumulado deste ano até o dia 19 deste mês. Apesar do saldo positivo (houve mais exportações do que importações),

Notícias Gerais, por Redação

Lucro do Bradesco cresce 14% e atinge R$ 11,19 bi em 2011

O Bradesco encerrou 2011 com lucro líquido ajustado de R$ 11,19 bilhões, o que representa um crescimento de 14,2% em relação ao resultado do ano anterior (R$ 9,804 bilhões).

Notícias Gerais, por Redação

Bolsas da Europa registram 5ª semana seguida de alta

O principal índice das ações europeias fechou em queda nesta sexta-feira, após o rali da sessão anterior, enquanto o mercado italiano teve um desempenho ainda pior após um leilão de títulos públicos.

Notícias Gerais, por Redação

Restrições fiscais podem agravar crise econômica, diz Unctad

O corte de gastos adotado por governantes de vários países para diminuir os impactos da crise econômica internacional podem não ter o efeito desejado e piorar a situação, especialmente onde não se pode contar com o crédito financeiro privado

Deixe seu Comentário:

=