Publicado por Redação em Gestão do RH - 24/06/2025 às 20:57:26

Geração Z é a mais exigente em relação ao salário

As ambições salariais da Geração Z estão em alta — e o desafio das empresas para atender a expectativas cada vez mais complexas também. No Brasil, 74% dos empregadores afirmam que candidatos entre 18 e 27 anos estão mais exigentes na hora de negociar a remuneração, segundo nova pesquisa da consultoria Robert Half. O dado supera, com folga, a percepção em relação a MillennialsGeração X e Baby Boomers.

Em 41% das empresas no país, a percepção é de que os jovens se tornaram “muito mais exigentes” em relação ao salário. Enquanto isso, apenas 24% dos recrutadores disseram o mesmo sobre os Millennials. No caso da Geração X, o índice cai para 18%, e entre os Baby Boomers, para apenas 9%.

Outros 33% consideram que os talentos da Geração Z estão “um pouco mais rigorosos”, ante 47% dos Millennials, 25% da Geração X e 14% dos Baby Boomers. Por outro lado, 41% dos empregadores não percebem mudança no comportamento da Geração X quanto ao tema, e 31% observam os Baby Boomers se tornando menos exigentes.

Reconhecimento financeiro, mas com propósito

Além do salário, os benefícios corporativos também entraram no radar: 72% das lideranças nacionais notaram aumento nas exigências por esse tipo de contrapartida entre os profissionais da GenZ. E eles têm bons motivos. Entre os que esperam aumento salarial nos próximos 12 meses, 39% apontam

“O que vemos é uma geração que valoriza propósito e ambiente de trabalho, mas que também entende o reconhecimento financeiro como parte essencial do pacote”, diz Amanda Adami, gerente da Robert Half. “As taxas de desemprego seguem em níveis historicamente baixos, o que aumenta a competitividade entre os profissionais e reforça a percepção do próprio valor no mercado.”

O estudo também mostra que, enquanto os profissionais da Geração Z justificam seus pedidos de aumento principalmente por conquistas e aprendizado, os Baby Boomers focam no aumento do custo de vida. Já Geração X e Millennials equilibram metas batidas e desenvolvimento pessoal como base para negociar melhores condições.

Prioridades da Geração Z

A Geração Z está prestes a ultrapassar um quarto da força de trabalho global: até o fim de 2025, eles devem ocupar 27% dos postos, de acordo com projeções da Zurich Insurance e do Fórum Econômico Mundial. Para conquistar (e manter) essa nova geração nos times, será preciso mais do que dinheiro. Segundo um estudo da Deloitte, 89% dos jovens dessa faixa etária consideram ter um senso de propósito essencial para a satisfação no trabalho e bem-estar pessoal.

A coerência entre valores pessoais e cultura da empresa também pesa: 49% dos jovens dizem que deixariam seus empregos em até dois anos se não se sentissem alinhados com esses aspectos. Globalmente, 90% afirmam que trocariam de trabalho caso encontrassem outro mais compatível com seus princípios, segundo o Fórum Econômico Mundial.

O resultado é um mercado mais volátil e exigente — e uma corrida por ambientes mais humanos e alinhados ao que essa geração busca. “O equilíbrio entre reconhecimento financeiro, oportunidades de crescimento e qualidade de vida tende a determinar o sucesso das estratégias de atração e retenção de talentos, agora e no futuro”, conclui Amanda.

o desenvolvimento de novas habilidades como justificativa; 34% citam o bom desempenho e 28%, o impacto da inflação.

Fonte: Forbes Brasil


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