Publicado por Redação em Notícias Gerais - 19/11/2014 às 11:09:21

Emissões de carbono do Brasil avançam 7,8% em 2013

Má notícia para o governo Dilma Rousseff, pior para o planeta: a contribuição do país para o aquecimento global avançou 7,8% em 2013. É o primeiro aumento na poluição do carbono desde 2005.

A maior responsabilidade no mau resultado cabe às mudanças no uso do solo (leia-se: desmatamento). Esta rubrica registrou salto de 16,4%, como seria de esperar após a subida de 29% na destruição de florestas na Amazônia no período de agosto de 2012 a julho de 2013.

Energia e transportes também participaram com uma parcela considerável na piora do indicador. Graças sobretudo ao maior acionamento de usinas termelétricas alimentadas com combustíveis fósseis e ao consumo de gasolina e diesel, o setor teve 7,3% de incremento na produção de gases que realimentam o efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2).

Nos três casos –desmatamento, setor elétrico e transportes–, os aumentos decorrem de políticas e medidas adotadas pelo Planalto, como o represamento artificial do preço da gasolina, um incentivo ao consumo. O avanço de 7,8% nas emissões, afinal, foi muito além do crescimento do PIB (2,3%) em 2013.

Os dados divulgados nesta quarta-feira (19) são do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases do Efeito Estufa (Seeg), mantido pelo Observatório do Clima. Quatro ONGs participaram do relatório: Imazon (uso do solo), Imaflora (agropecuária), Iema (energia e indústria) e Iclei (resíduos).

As emissões brasileiras caíam desde 2005 graças à redução acelerada das taxas de desmatamento na Amazônia.

Em 2004 haviam sido derrubados 27,8 mil km² de matas. Em 2012 a destruição já tinha encolhido para 4,6 mil km², uma queda de de 83,5%. No ano seguinte, contudo, a devastação foi a 5,9 mil km² (aumento de 29% sobre o período anterior).

Foi, mesmo assim, a segunda menor taxa já registrada pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), responsável pelo sistema oficial de monitoramento por satélite (Prodes). E, com referência ao recorde de 2004, a redução ainda é considerável, de 79%.

Os dados preliminares do Prodes para o intervalo agosto de 2013/julho de 2014 devem ser divulgados pelo governo federal neste mês ou no próximo. A presidente Dilma Rousseff antecipou durante a campanha eleitoral, em 19 de outubro, que haveria nova redução, mas nunca informou os números.

Há fortes indícios de que o desmatamento voltou a crescer no novo período iniciado em agosto de 2014. O governo parou de publicar os dados do seu sistema de alertas mensais (Deter), o que agora só fará trimestralmente.

Relatório do Inpe obtido pela Folha, no entanto, apontou que foram devastados 1.626 km² de florestas em agosto e setembro. Ou seja, um crescimento de 122% sobre os mesmos meses de 2013.

Programa similar ao Deter operado pelo Imazon, o SAD, também indicou aumentos nos últimos três meses (agosto, setembro e outubro).

Fonte: UOL


Alper Consultoria em Seguros

Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Governo quer plano de banda larga com exigência de velocidades mínimas

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse hoje que o governo estuda a reformulação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), lançado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Notícias Gerais, por Redação

Lucro do BB cresce 3,6% no ano, mas recua 25,7% no 4º trimestre

O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 12,126 bilhões em 2011, com alta de 3,6% sobre o desempenho no ano anterior. O resultado ficou abaixo do Itaú Unibanco (R$ 14,6 bilhões).

Notícias Gerais, por Redação

Dólar alcança R$ 1,78 e acumula queda de 5,3% no mês

Referência para o comércio exterior, o dólar comercial foi negociado por R$ 1,782 nas últimas operações registradas nesta sexta-feira, o que representa uma desvalorização de 0,39% sobre o fechamento de ontem.

Notícias Gerais, por Redação

Cai total de famílias endividadas na cidade de São Paulo

O total de consumidores endividados na cidade de São Paulo é o menor desde junho de 2010, conforme mostra a pesquisa mensal da Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).

Deixe seu Comentário:

=