Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 30/05/2011 às 10:25:19

Contratos mal explicados geram conflitos entre hospitais e operadoras

A relação entre médicos e operadoras de planos de saúde tem sido assunto de discussão entre os membros do setor. Analisar os problemas existentes entre os profissionais destas áreas foi um dos temas apresentados no XI Congresso Brasileiro de Auditoria em Saúde, da Adh 2011, realizado nesta quinta-feira, (25). Segundo o diretor técnico do hospital Assistencial Bandeirantes, João Antônio Aidar, um dos principais motivos que geram a relação conflituosa entre auditores de hospitais e operadoras é devido às clausulas dos contratos que geram dúvidas.

“Atualmente existem contratos que estão defasados e acabam criando equívocos tanto em hospitais como em operadoras. Esses documentos devem ser elaborados com o máximo de clareza, como se fosse direcionado a um leigo”.

Outro aspecto gerador de conflito está diretamente ligado aos avanços tecnológicos. Aidar explica que os novos recursos encareceram os custos dos procedimentos. “No momento em que os pacientes precisam ser submetidos aos novos tratamentos e não está presente nem no contrato nem na inclusão ou exclusão do pacote, tem se ai uma situação de conflito”.

Além dessas questões também é possível citar problemas relacionados às internações, tratamentos específicos e pagamento de remédios.

De acordo com o diretor técnico, muitas vezes a remuneração que as operadoras oferecem aos medicamentos e materiais usados nos protocolos é inferior à quantidade utilizada. “Um exemplo diz respeito às medicações fracionadas líquidas, onde as operadoras só querem pagar o que foi utilizado em mililitros ou em gotas”.

No entanto, segundo Aidar as falhas no relacionamento entre operadoras e hospitais também ocorrem por equívocos praticados pelos médicos. Na sua opinião, em contrapartida, existem situações em que ocorre preço elevado do medicamento específico. E ressalta que as instituições devem ficar de olho, caso ocorra esse tipo de ação.

Para ele, é preciso que tanto os procedimentos realizados por hospitais como pelas operadoras sejam feitos com o máximo de clareza e detalhamento de informações, para que as situações conflituosas diminuam.

Operadoras

Para falar sobre o ponto de vista das operadoras de planos de saúde, ajudou a compor a mesa e Gerente médica da Amil, Jorgina Costa Magalhães. Segundo Jorgina, é preciso que hospitais e operadoras unam forças para que consigam continuar no mercado.

Em sua explanação, a gerente médica chama atenção para a importância da capacitação de profissionais de auditoria tanto de hospitais como de operadoras como também faz menção às acreditações.

Ela encerra dizendo que o trabalho de auditoria de ambas as partes necessita valorizar o relacionamento entre os parceiros. “Estabelecer cumplicidade e poder de negociação entre os interessados é uma boa alternativa para resolver as divergências entre hospitais e operadoras.”

Fonte: www.saudebusinessweb.com.br | 30.05.11


Posts relacionados

Saúde Empresarial, por Redação

7 eixos compõe a agenda regulatória da ANS

Segundo a Agência, a agenda implantada no biênio 2011-2012 teve avanços somando 28 projetos, 24 deles totalmente concluídos até dezembro de 2012.

Saúde Empresarial, por Redação

Operadoras de saúde deverão justificar negativas de cobertura por escrito

A Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS Divulgou eno início deste mês de março, nova norma que entrará em vigor em maio.

Saúde Empresarial, por Redação

Quando deixar de tomar remédios se torna um problema de saúde pública

Segundo a Organização Mundial da Saúde, somente 50% dos doentes crônicos seguem o tratamento. Em pacientes com diabetes, a baixa aderência pode aumentar em 125% os custos com a doença.

Saúde Empresarial, por Redação

Personalidade e genética podem ser o segredo da longevidade

Você quer chegar aos 100 anos de idade? A sua personalidade e a sua genética podem ser o segredo.

Saúde Empresarial, por Redação

Vacinas contra gripe são menos eficazes em obesos

A vacina contra a gripe pode ser menos eficaz em pessoas obesas, aponta um novo estudo desenvolvido na University of North Carolina (EUA). O estudo pode explicar um fenômeno visto durante a vacinação contra a gripe suína em 2009. De acordo com pesquisadores, obesos mostraram respostas imunológicas piores às vacinas.

Saúde Empresarial, por Redação

Estudo analisa efetividade de transplantes no Brasil

Pesquisa feita com base em dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), apontou que as maiores taxas de atendimentos de transplantes são encontradas nas regiões Centro-oeste, Sul e Sudeste

Deixe seu Comentário:

=