Publicado por Redação em Notícias Gerais - 10/12/2014 às 11:36:40

Celular é novo aliado da indústria de cartões



 O celular é o novo aliado da indústria de cartões na guerra contra o papel-moeda. Oito meses após a regulamentação do segmento de pagamento móvel, soluções que há pouco tempo eram promessas já estão funcionando no mercado. Os brasileiros podem, por exemplo, pegar táxi e comprar um café sem tirar a carteira do bolso, usando o celular como meio de pagamento. A estimativa da Visa é que essas novas tecnologias possam atrair para os meios eletrônicos cerca de US$ 53 bilhões em transações feitas sem cartão por profissionais liberais no País – e permitir a cobrança de tarifas sobre esse montante.
O mercado financeiro aposta que as soluções de pagamento via celular são adequadas para pequenos empresários e profissionais autônomos, pois seu custo é menor do que o das maquininhas que estão no varejo. Ao todo, existem 23 milhões de pequenas empresas e autônomos no País, segundo dados do Sebrae, e pelo menos 19 milhões deles não aceitam cartão.

Em novembro , a legislação brasileira regulou o uso de cartão pré-pago associado a um número de telefone e definiu que qualquer empresa que queira transacionar dinheiro via pagamento móvel precisa de autorização do Banco Central. “A regulamentação foi o sinal para que a indústria pudesse investir pesado nessa tecnologia”, diz o vice-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), Raul Moreira.

Do lado de quem vende as soluções, empresas como Cielo, Ingenico e Verifone criaram versões “mobile” das maquininhas de cartão. A Cielo vende a sua a R$ 11,90 ao mês – cerca de 90% menos que o aparelho tradicional. “O celular faz o papel da maquininha e abre um mercado novo para a Cielo, que é atender o pequeno vendedor que não aceita cartão”, diz o vice-presidente de produtos e negócios da Cielo, Dilson Ribeiro. Hoje, há 133 mil clientes da Cielo que aceitam cartão por meio do celular.

Ribeiro espera que, em cinco anos, 5 milhões de pessoas recebam pagamento pelo celular – número que é mais que o dobro da base atual de maquininhas Cielo, de 1,8 milhão. A meta é que o e-commerce e os pagamentos móveis representem 20% do volume transacionado pela companhia até 2020. Hoje, R$ 450 bilhões são processados no sistema da empresa por ano.
Parcerias

O pagamento móvel motivou também parcerias entre bancos, operadoras de telefonia e bandeiras de cartão. Oi, Banco do Brasil e Visa, por exemplo, lançaram juntas, em junho, uma solução para pagar compras usando o celular em lojas físicas – por meio de uma tecnologia de aproximação chamada NFC, ainda restrita aos smartphones mais caros. A TIM testa o NFC em duas parcerias – uma com Itaú, MasterCard e Redecard e outra com Bradesco, Visa e Cielo.

Ninguém quis entrar nesse mercado sozinho. “Pesou o fato de ser ainda um mercado muito novo e a complexidade de criar uma solução para transação de dinheiro via celulares”, diz João Paulo Bruder, coordenador de telecomunicações da IDC.

Telefônica e Mastercard se uniram em 2012 para criar a MFS, empresa que administra o Zuum. O serviço, hoje com 250 mil clientes, permite transferências de dinheiro mesmo sem ter conta em banco (realidade para cerca de 40% da população brasileira). “Acredito que vamos ser um produto de massa no futuro”, disse o presidente da MFS, Marcos Etchegoyen.

O Bradesco abriu com a Claro a empresa MFO também para atuar nesse negócio. O produto, Meu Dinheiro Claro, foi lançado no início do ano. “É um novo uso para o celular que trará mais receitas para as operadoras”, disse o diretor de serviços de valores adicionados (SVA) da Claro, Alexandre Olivari.

Além das receitas adicionais, as operadoras querem incentivar o uso do celular como carteira para melhorar a fidelização. “O cliente que associa seus cartões ou qualquer transação financeira ao celular dificilmente vai trocar de operadora a cada promoção”, disse o diretor de serviços digitais da Telefônica Vivo, Maurício Romão.

Apesar da aposta na tecnologia, o uso ainda é irrisório considerando que o Brasil tem 275 milhões de celulares habilitados. O maior desafio é ensinar o uso da tecnologia ao cliente e convencê-lo que pagar e receber pelo celular é tão simples quanto mandar SMS ou ouvir música

Fonte: www.aserc.org.br


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Conta no exterior é opção para quem gasta em outro país

Comprar uma casa no Caribe, um apartamento em Miami ou uma fazenda no Uruguai faz parte do sonho de muita gente. O mesmo vale para os planos de permitir que os filhos passem uma temporada de estudos no exterior. Nos dois casos, abrir uma conta fora do Brasil pode ser uma boa alternativa.

Notícias Gerais, por Redação

Taxa de juros para pessoa física tem menor valor desde 1995

As taxas de juros das operações de crédito foram novamente reduzidas em maio de 2012 sendo esta a quarta redução no ano para pessoa física e a quinta redução para pessoa jurídica,

Notícias Gerais, por Redação

Estudo da MetLife compara a visão das mulheres sobre finanças da família

Embora as mulheres de todas as gerações desejam e estejam ansiosas em apoiar financeiramente os membros da sua família, elas também dão uma forte ênfase na autossuficiência,

Notícias Gerais, por Redação

Balança comercial mostra superávit de US$ 2,019 bilhões em março

A balança comercial de março, terminada na última sexta-feira (30), apontou saldo positivo de US$ 2,019 bilhões, 29,9% a mais do que o apontado em março de 2011,

Notícias Gerais, por Redação

Bovespa abre em alta de 0,55%; dólar é negociado a R$ 1,842

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera em alta nos primeiros negócios desta terça-feira.

Notícias Gerais, por Redação

Dívida pública cresce em setembro e chega a R$ 1,8 trilhão

A dívida pública federal aumentou 2,28% em setembro, quando alcançou o valor de R$ 1,8 trilhão, de acordo com dados do Tesouro Nacional.

Deixe seu Comentário:

=