Publicado por Redação em Notícias Gerais - 19/09/2011 às 12:50:30

Com alta de imposto, governo compensou extinção da CPMF


Três expedientes usados pelo governo para compensar parcialmente a extinção da CPMF acabaram por permitir que a receita da União, hoje, supere a de 2007, último ano da cobrança sobre movimentação financeira.

De lá para cá, foram elevadas as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), além das parcelas dos lucros das empresas estatais repassadas ao Tesouro Nacional.

Uma análise das projeções do Orçamento deste ano mostra que a arrecadação conjunta dessas fontes deverá chegar, ao menos, a R$ 101,3 bilhões, equivalentes a 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto), ou seja, da renda nacional.

Há apenas quatro anos, IOF, CSLL e dividendos das estatais não rendiam aos cofres da União mais do que R$ 49,5 bilhões, equivalentes a 1,9% do PIB de então.

Apesar de agudo, esse aumento não seria capaz, sozinho, de repor a perda da CPMF no Orçamento se os demais tributos federais mantivessem o desempenho de 2007, já considerado muito favorável na época.

No entanto, a melhora da economia, com expansão de consumo e investimentos, provocou alta generalizada das receitas federais nos últimos anos, tornando praticamente imperceptível a ausência do antigo imposto.

A arrecadação se manteve estável ao longo do segundo governo Lula e, neste ano, deve contabilizar um salto.


RECEITA

Pelas estimativas oficiais, a receita total da União deverá somar algo entre 19,7% e 20% do PIB, já descontados os repasses obrigatórios para Estados e municípios. Em 2007, com a CPMF nas contas, foram 19,3%.

A diferença entre patamares de um ano e outro é, portanto, muito similar à variação da arrecadação conjunta de IOF, CSLL e dividendos.

Em outras palavras, o aumento da arrecadação dessas fontes superou o necessário para manter constante a receita do governo como proporção da renda do país.

A relação entre a receita e o PIB é particularmente importante nesse caso, porque gastos em saúde, finalidade da extinta CPMF, são reajustados anualmente conforme o crescimento da economia.

O maior responsável pela recuperação do caixa federal é, de longe, o IOF, que, originalmente, não tinha função arrecadatória trata-se, na teoria, de tributo regulador, destinado a estimular ou restringir o volume de crédito, a entrada de dólares e outras transações financeiras.

Três dias após a extinção da CPMF, alíquotas do IOF sobre operações como crédito, seguros e câmbio foram elevadas em 0,38 ponto percentual, mesma alíquota do tributo derrubado.

Já em 2008, a receita do IOF mais que dobrou, saltando de 0,3% para 0,7% do PIB.

Houve ainda ganhos adicionais, de menor montante, depois que o imposto passou a ser elevado com a justificativa de deter o ingresso de capital estrangeiro no Brasil e a valorização do real.

No mesmo ano, foi de 9% para 15% a alíquota da CSLL incidente sobre lucros dos bancos, e o governo passou a cobrar volumes crescentes de dividendos de empresas controladas pelo Tesouro.




Fonte: www1.folha.uol.com.br | 19.09.11

 


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Pela primeira vez, novos casos de aids têm queda, afirma ONU

Novas infecções diminuíram 33% entre 2001 e 2012; ação de combate global se inspirou no Brasil

Notícias Gerais, por Redação

Dicas para se adaptar ao novo emprego

Após várias fases de avaliação e uma competição acirrada, você finalmente foi contratada para aquele emprego dos seus sonhos.

Notícias Gerais, por Redação

Brasil conclui emissão externa e capta US$ 1,35 bilhões

O Brasil captou US$ 100 milhões com a emissão do bônus Global com vencimento em 2023 no mercado asiático, concluindo a emissão externa com um total de US$ 1,35 bilhão, informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira (6).

Notícias Gerais, por Redação

Brasil tem duas cidades entre as melhores para desfrutar da aposentadoria

As cidades de Fortaleza, no estado do Ceará; e de João Pessoa, na Paraíba, foram listadas entre os melhores lugares para desfrutar da aposentadoria pela organização International Living, responsável pelo ranking anual dos melhores lugares para se viver depois de se aposentar.

Deixe seu Comentário:

=