Publicado por Redação em Notícias Gerais - 28/05/2013 às 15:52:15
Tesouro passará a compensar mensalmente a Previdência pela desoneração de empresas
A compensação do dinheiro que deixa de entrar nos caixas da Previdência Social, desde que a medida de desoneração de folha de pagamento passou a valer para empresas de diversos setores da economia, em maio do ano passado, será feita mensalmente pela União a partir de agora.
Com isso, o governo alivia o caixa da Previdência, que antes era obrigada a conviver com prazos superiores a seis meses para cobrir os recursos que deixam de entrar em decorrência da desoneração.
Pelo novo sistema, a Previdência passará a receber a compensação todos os meses. Em maio, por exemplo, a Previdência já recebeu R$ 634,6 milhões, dentro da nova sistemática, para compensar o valor do desconto dado em janeiro sobre as contribuições patronais.
“A compensação passou a ser feita de uma forma que não afeta o Regime Geral da Previdência Social (RGPD), porque passa a entrar como receita e não para cobrir uma necessidade de financiamento”, explicou o diretor do Departamento do Regime Geral da Previdência Social, Rogério Nagamine.
Ainda que o pagamento seja referente à desoneração da folha de quatro meses anteriores, prazo definido pelo governo como ideal para que as empresas entreguem todas as declarações de gastos, o sistema de pagamento de benefícios trabalhistas e aposentadorias reduz um déficit que seria compensado obrigatoriamente no futuro. A União é obrigada a compensar esses descontos criados para que setores da indústria, de serviços e da construção civil diminuam o custo da produção e mantenham empregos.
No primeiro ano da medida, o impacto para os cofres públicos foi de R$ 3,7 bilhões e o pagamento para o RGPS foi feito em duas parcelas. A primeira compensação, no valor de R$ 1,8 bilhão, foi paga em dezembro de 2012 e, a segunda parcela, no valor de R$ 1,9 bilhão, foi paga em abril deste ano.
A desoneração da folha de pagamentos já beneficia mais de 40 setores da economia. A expectativa do governo é que esse estímulo gere uma redução de gastos com a folha de salário de empregados de R$ 16 bilhões, até o final de 2013, e supere os R$ 24 bilhões em 2014, principalmente pela expectativa de inclusão de novos setores beneficiados.
Nagamine disse que ainda não existem estimativas de quanto será compensado em junho, sobre as contribuições de fevereiro. Segundo ele, os repasses mensais vão “evitar uma flutuação muito grande nas estatísticas e algumas distorções sobre os pagamentos da Previdência Social”.
A medida começou a valer em abril do ano passado, para estimular alguns setores a melhorar a produção, aumentar emprego e reduzir custos de produção. O incentivo eliminou a contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento de funcionários – que era equivalente a 20% - substituindo por uma nova contribuição previdenciária calculada sobre a receita bruta das empresas e reduzindo a carga tributária dos setores beneficiados, com uma alíquota menor sobre a receita bruta.
As alíquotas sobre contribuições patronais passaram a ser de 1% e 2%, de acordo com cada setor. O novo cálculo só recai sobre a parcela patronal dos benefícios. As empresas continuam recolhendo a contribuição dos seus empregados e as outras contribuições sociais incidentes sobre a folha de pagamento, como seguro de acidente de trabalho, salário-educação e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Procurada pela Agência Brasil, a assessoria de imprensa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que o Departamento de Política Econômica do órgão ainda não tem um levantamento sobre os impactos da desoneração na situação de emprego das empresas. A expectativa é que essa análise comece a ser definida nas próximas semanas.
Fonte: Agência Brasil
Posts relacionados
Como aplicar o dinheiro extra
Na semana passada foram liberados o primeiro lote de restituição do imposto de renda e a primeira parcela do 13° salário para os servidores públicos estaduais. Economistas dão dicas de como aproveitar essa renda extra
Contas bancárias: você sabe quais tarifas não podem ser cobradas?
Ao abrir uma conta no banco, o consumidor se depara com uma infinidade de opções de pacotes ou cestas de serviço que devem ser pagas mensalmente para manter a conta.
Fusões e aquisições crescem 32% no Brasil no último trimestre de 2011
As fusões e aquisições no Brasil registraram um aumento de 32%, no quarto trimestre de 2011, na comparação com o mesmo período de 2010. A conclusão foi divulgada pela Intralinks.
Preço do m² sobe 1% em janeiro, mas continua desacelerando
O índice FipeZap, calculado a partir do preço médio do metro quadrado de apartamentos prontos em seis municípios e no Distrito Federal, teve alta de 1,1% em janeiro, mesmo patamar de dezembro de 2011. Nos últimos doze meses, a alta foi de 26%.
Dólar fecha a R$ 1,79, novo patamar recorde do ano; Bolsa cai 1%
O dólar comercial oscilou entre R$ 1,803 e R$ 1,768 na sessão desta terça-feira, sendo negociado por R$ 1,794 nas últimas operações --um aumento de 0,78% em relação ao fechamento de ontem.
Ministro diz que meta de criação de emprego em 2011 não será cumprida
A meta de geração de 3 milhões de novos empregos em 2011 não será cumprida, segundo informou nesta sexta-feira o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Ele afirmou que já está revisando para baixo a estimativa feita no começo do ano.


