Publicado por Redação em Notícias Gerais - 09/12/2015 às 11:43:11

STF suspende tramitação do processo de impeachment

Supremo decide impedir temporariamente a instalação da comissão especial que deverá julgar a destituição da presidente Dilma Rousseff. Ministros irão deliberar sobre a constitucionalidade dos procedimentos no dia 16/12.

Planato Central

Após a tumultuada sessão da Câmara dos Deputados que elegeu nesta terça-feira (08/12) a comissão especial que deverá julgar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu suspender a tramitação do processo.

O ministro do STF Luiz Eduardo Fachin adiou qualquer decisão até a próxima quarta-feira, 16 de dezembro, quando o plenário da Corte irá julgar o pedido liminar do PCdoB sobre a constitucionalidade da Lei 1.079/50, que regulamentou as normas de processo e julgamento do impeachment.

Dessa forma, a Câmara dos Deputados está impedida de instalar a comissão especial do impeachment até a decisão do Supremo sobre a validade da lei. A eleição da comissão, porém, não foi anulada. Fachin decidiu paralisar a tramitação "com o objetivo de evitar a prática de atos que eventualmente poderão ser invalidados pelo Supremo Tribunal Federal", segundo a decisão do Supremo.

O ministro justificou a decisão em razão da importância do caso: "diante da magnitude do procedimento em curso, da plausibilidade para o fim de reclamar legítima atuação do Tribunal Constitucional e da difícil restituição ao estado anterior do caso".

Entre as questões que motivaram a decisão de Fachin está a votação secreta que elegeu os membros da comissão especial na Câmara dos Deputados. O ministro alegou que nem a Constituição nem o Regimento Interno da Câmara prevêem votação fechada.

Sessão tumultuada

Os 26 titulares restantes e os 42 suplentes da comissão especial da Câmara criada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha, para analisar e votar o pedido de abertura do processo de impeachment da presidente, deveriam ser eleitos nesta quarta-feira durante a sessão ordinária da Câmara.

A votação de terça-feira, que elegeu a chapa oposicionista Unindo o Brasil, por 272 votos contra 199 da chapa oficial, começou bastante tumultuada. Deputados contrários à votação secreta e ao lançamento de uma chapa alternativa para concorrer à comissão se desentenderam com parlamentares da oposição, e algumas urnas eletrônicas de votação foram quebradas.

Cunha afirmou que só iria se pronunciar sobre a decisão do STF após ser oficialmente notificado. Ele tentou justificar a realização da votação secreta afirmando que foi feita com base no artigo 188, inciso 3º de Regimento Interno: "Não vejo possibilidade de uma decisão que possa reverter isso. A eleição aberta será no julgamento do próprio impeachment. O que houve foi uma disputa partidária interna."

RC/abr/lusa/ots

Fonte: Deutsche Welle


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Sustentabilidade começa a fazer parte da rotina do mercado segurador

Se depender das respostas dos executivos, os conceitos básicos de sustentabilidade já fazem parte do dia a dia do segmento de previdência privada e vida.

Notícias Gerais, por Redação

Em apenas seis meses, projeções para economia brasileira despencam

Ao longo dos seis primeiros meses do ano, o Banco Central divulgou 26 edições do Relatório Focus. Do total, 13 publicações, exatamente a metade, revisaram as expectativas do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro para baixo.

Notícias Gerais, por Redação

Governo corta juros de longo prazo e injeta R$ 8,4 bi para estimular economia

O governo lançou nesta quarta-feira (27) um pacote de estímulos à indústria nacional no valor de R$ 8,4 bilhões, a serem despejados a partir do segundo semestre.

Notícias Gerais, por Redação

Bovespa muda de rumo e opera em queda nesta sexta-feira

Após operar no azul pela manhã, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) mudou de rumo e tem desvalorização nesta sexta-feira (18). Às 13h33, o Ibovespa tinha recuo de 0,74%, a 56.569 pontos.

Deixe seu Comentário:

=