Publicado por Wellington em Notícias Gerais - 07/11/2016 às 10:48:09

Sobre a autossabotagem: por que nos bloqueamos para a real felicidade?

 Embora a felicidade seja, claro, o que todos fundamentalmente queremos, para muitos de nós ela não é realmente o que conhecemos | Crédito: Pexels

A autossabotagem pode nos deixar tristes, mas pelo menos segura e abençoadamente no controle.

É normal esperar que sempre – e quase por natureza – corramos atrás de nossa própria felicidade, especialmente em duas grandes áreas de possível satisfação: relacionamentos e carreiras. Então, é estranho e um tanto enervante descobrir que alguns de nós frequentemente parecemos agir como se estivéssemos deliberadamente decididos a arruinar nossas chances de conseguir aquilo que, aparentemente, fomos convencidos a perseguir.

Ao sair para encontros com pretendentes que soam bons, podemos, repentinamente, começar a ter um comportamento desnecessariamente combativo ou antagonista, ao passo que não temos dificuldade em sermos encantadores com tipos dos quais não gostamos tanto.

Ou, em relacionamentos, poderíamos levar nossos parceiros à distração por meio de acusações repetidas e injustificadas ou explosões de raiva – como se estivéssemos, de alguma forma, dispostos a causar o triste dia em que, cansados e frustrados, nossos amados sejam forçados a se afastar, ainda solidários, mas incapazes de aguentar tanto drama.

Da mesma forma, poderíamos destruir nossas chances de uma promoção iminente no trabalho quando, do nada, depois de anos promissores, ficamos irritados com nossos gerentes ou, várias vezes, não entregamos relatórios cruciais a tempo para reuniões. Esse comportamento não pode ser explicado como simples má sorte. Merece um termo mais forte e intencional: é autossabotagem. O que poderia explicar tal destrutividade?

Em grande parte, é por conta do quão enervante a felicidade pode parecer para nós, às vezes. Embora a felicidade seja, claro, o que todos fundamentalmente queremos, para muitos de nós ela não é realmente o que conhecemos. Crescemos em cenários muito mais sombrios e aprendemos a nos acostumar com eles. A perspectiva da felicidade, quando ela aparece, pode, portanto, parecer contraintuitiva e um tanto assustadora.

Não é o que esperamos e não parece confortável. Podemos preferir escolher o que é confortavelmente familiar, mesmo que difícil, ao que é satisfatório ou bom. Conseguir o que queremos pode parecer insuportavelmente arriscado. Isso nos coloca à mercê do destino: nós nos abrimos à esperança – e à possibilidade subsequente de perda. A autossabotagem pode nos deixar tristes, mas pelo menos segura e abençoadamente no controle.

Pode ser útil manter o conceito de autossabotagem em mente ao interpretar as atitudes mais esquisitas nossas e dos outros. Devemos começar a suspeitar quando nos flagrarmos agindo de forma maluca ou errática perto de pessoas de quem, no fundo, gostamos ou que queremos impressionar.

Além disso, ao encarar alguns tipos de crueldade e falta de confiabilidade nos outros, deveríamos ousar imaginar que as coisas, talvez, não sejam exatamente o que parecem; podemos ter em mãos não um oponente malévolo e virulento, mas um autossabotador quase comoventemente ferido – que merece, principalmente, um pouco de paciência e deve ser gentilmente guiado a parar de se prejudicar ainda mais.

Fonte: Você S/A


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

BC lança mão de mais uma ferramenta para conter alta do dólar

Banco faz leilão de venda com compromisso de recompra

Notícias Gerais, por Redação

Vendas no comércio crescem 0,8% em outubro, indica IBGE

As vendas no comércio varejista brasileiro registraram avanço de 0,8% em outubro frente a setembro, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quinta-feira (13).

Notícias Gerais, por Redação

Economia brasileira vai se intensificar no 2º semestre, diz BC

A recuperação da economia brasileira se materializa de forma "bastante gradual" por conta das dificuldades do cenário externo, mas a atividade tende a se intensificar neste semestre por conta da demanda interna, informou o Banco Central nesta sexta-feira.

Notícias Gerais, por Redação

Otimista, Dilma espera crescimento de até 5% em 2012

Em um encontro para um café da manhã com jornalistas, a presidente Dilma Rousseff, bem-humorada, afirmou que está otimista em relação ao desempenho da economia para próximo ano. A meta pessoal de Dilma para o crescimento em 2012 é de 5%.

Deixe seu Comentário:

=