Publicado por Redação em Previdência Corporate - 06/12/2013 às 10:25:35

Seguradoras criam estratégias para conquistar os jovens

O Bradesco Seguros lançou neste mês uma nova fase da campanha publicitária "Vai Que", que procura fazer com que o brasileiro, normalmente avesso a poupar, tente se precaver fazendo um plano de previdência privada. A campanha toca em dois desafios para o segmento de previdência complementar: convencer os brasileiros a poupar para o futuro e reduzir a idade em que eles costumam começar um plano para a aposentadoria. Dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) mostram que a maior concentração de planos de previdência complementar está na faixa etária acima de 50 anos.

"Trata-se de uma cultura relativamente nova no Brasil e, como tal, enfrenta resistências, embora bem menores do que há uma década", diz Alexandre Nogueira, diretor do grupo Bradesco Seguros, do qual faz parte a Bradesco Vida e Previdência. "O desafio é reduzir a idade de ingresso e constituição dos planos, demonstrando ao participante que, quanto maior for o prazo de contribuição, menor será o valor do aporte exigido para alcançar a meta pretendida."
 
A principal estratégia de marketing do grupo é abordar a previdência no contexto mais abrangente da longevidade, procurando demonstrar a importância de fazer planejamento financeiro para a saúde e bem-estar. Com base nessa filosofia, a Bradesco cria iniciativas como o Fórum da Longevidade, destinado à discussão do tema e dos aspectos de proteção, previsibilidade e planejamento.

O Itaú Unibanco tenta dissociar previdência de aposentadoria. "Apresentamos aos clientes alguns outros motivos para contratarem o produto, como benefício fiscal do IR para planos PGBL, sucessão patrimonial e educação de filhos", diz Cristiane Magalhães, diretora de marketing de negócios. "Nos posicionamos como tradutor de investimentos, uma espécie de professor de dança que orienta os clientes e dá um empurrãozinho."

Atrair o público jovem é tarefa ainda mais difícil. A Bradesco aposta na venda dos chamados "planos para menores" para clientes com filhos ou dependentes menores de 21 anos, que tenham interesse em acumular recursos para investir em educação, como uma faculdade, um MBA ou um curso no exterior. O Itaú Unibanco também tem um plano desse tipo. "Pode ser um filho, neto, sobrinho ou afilhado, um pequeno querido", diz Cristiane Magalhães.

Para Marcelo Picanço, diretor de vida e previdência da Porto Seguro, o importante é não tentar aplicar fórmulas do passado. "Quem tem 22 anos não passou pela hiperinflação. A gente tem que se comunicar de forma diferente com a nova geração", afirma.

A Icatu Seguros investe na conquista do público jovem por meio de games, cursos on-line, simuladores e aplicativos. "Aposentadoria não é o sonho do jovem. Se você falar sobre isso em uma roda de jovens, ninguém presta atenção", diz Humberto Sardenberg, superintendente de marketing da Icatu. Segundo ele, o plano desse público é ter independência financeira para trabalhar se quiser, sem precisar.

Fonte: Valor Econômico


Posts relacionados

Previdência Corporate, por Redação

Cerca de 5 mil beneficiários do INSS exercem atividade remunerada em AL

Segundo Ministério Público, 225 benefícios foram cancelados em 2013. Investigações serão realizadas para acabar com casos de fraude.

Previdência Corporate, por Redação

Atos de interventor em entidade de previdência privada podem ser contestados em mandado de segurança

O interventor público em entidade fechada de previdência privada (EFPP) pode ter seus atos contestados via mandado de segurança. A decisão é da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ),

Previdência Corporate, por Redação

Quase 50% dos expatriados querem se aposentar no país em que trabalham

Quase a metade dos expatriados (47%) com idade superior a 55 anos gostaria de se aposentar no país no qual estão trabalhando, segundo revela pesquisa realizada pelo HSBC.

Previdência Corporate, por Redação

Multiprev participa do Congresso Brasileiro de Fundos de Pensão

Pagar menos para ter o carro protegido pode virar uma dor de cabeça para os donos de veículos. Com preços até 50% mais baixos que os seguros tradicionais, associações têm atraído um grande número de pessoas ao oferecer proteção veicular por mensalidades a partir de cerca de R$ 50.

Deixe seu Comentário:

=