Publicado por Redação em Previdência Corporate - 20/12/2011 às 14:52:10

Se escolha do plano de previdência for mal feita, investidor pode ter prejuízo

Nesta época, bancos oferecem planos em grande escala sob o argumento do benefício tributário; especialistas alertam para riscos
 
Um dos produtos financeiros mais procurados no fim do ano é a previdência privada. As instituições ampliam fortemente a divulgação da modalidade para, sob o argumento da vantagem tributária, vender mais planos. Especialistas em planejamento financeiro e investimentos, porém, dizem que é preciso cuidado antes de aderir a planos desse tipo.
 
"O produto é bom. Mas deve ser bem usado, de acordo com o perfil específico do investidor, o que muitas vezes não acontece", comenta o consultor Mauro Calil.
 
"É comum aumentarem as campanhas nos bancos para a venda do produto nessa época. No impulso de abater imposto,o investidor pode acabar escolhendo errado", diz Calil. "Não é incomum a inflação deixar o rendimento líquido baixo, menor do que o da poupança, se a escolha não for a certa."
 
Uma das principais dúvidas sobre os planos - que pelos nomes complexos podem gerar engano no investidor - se refere ao benefício tributário dos PGBLs e dos VGBLs.
 
"Investir em um plano PGBL sem utilizar o benefício é um erro muito comum", exemplifica o superintendente da HSBC Seguros, Gustavo Lendimuth. O PGBL é indicado para quem faza declaração completa do Imposto de Renda, pois no momento de recolher o IR o investidor pode o que investiu no plano para reduzir a base de cálculo do tributo em até 12% da renda bruta anual.
 
"Supondo que o aplicador tenha uma renda bruta anual de R$ 100 mil e que investiu 12% (R$ 12 mil) em um PGBL. Ele poderia abater o valor na declaração e pagar IR somente sobre R$ 88 mil", explica a diretora da Sul América, Carolina de Molla. Ao final do investimento, quando o valor da previdência for sacado, o investidor deverá pagar IR sobre o valor total sacado. "O benefício fiscal não é uma isenção de imposto. É um adiamento que a longo prazo é interessante já que o dinheiro do imposto que ainda não foi cobrado estará rendendo", diz Lendimuth.
 
Se o valor investido no PGBL ultrapassar 12% da renda, já vale a pena fazer um segundo plano VGBL. Essa também é a melhor opção para pessoas isentas de IR ou que fazem a declaração simplificada. No VBGL não há redução da base do IR, mas o imposto cobrado na retirada do dinheiro recai somente sobre os rendimentos do período.
 
A taxa de administração também exige cuidado do investidor. Calil calcula que há cinco anos as rentabilidades líquidas dos planos ficavam em torno de 18%, com taxa de administração média de 1%. Segundo ele, a taxa não caiu, mas o retorno está em aproximadamente 9%. "Então, deve-se buscar planos com administração de até 1,5% e taxa de carregamento nula."
 
Fonte:www.segs.com.br|20,12,11

Posts relacionados

Previdência Corporate, por Redação

Fundos de Previdência perdem valor e custos bancários ficam em evidência

Quando os extratos dos planos de aposentadoria começaram a chegar, qual não foi o susto dos investidores ao ver que seu patrimônio estava se reduzindo em relação ao ano anterior.

Previdência Corporate, por Redação

INSS e Susep lideram pedidos com base na Lei de Acesso à Informação

Levantamento da CGU (Controladoria-Geral da União) aponta que a Susep (Superintendência de Seguros Privados) e o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) são os órgãos com mais solicitações de informações e esclarecimentos de dúvidas com base na Lei de Acesso à Informação.  

Previdência Corporate, por Redação

Central 135 da Previdência Social funciona hoje até as 19h

A Central 135 irá funcionar hoje e 31 de dezembro, vésperas de Natal e Ano Novo. Normalmente, o canal remoto atende a população até às 22h. Nesses dois dias, porém, o horário será reduzido: das 7h às 19h.

Previdência Corporate, por Redação

Governo volta a discutir fator previdenciário com centrais sindicais

O governo federal retoma nesta sexta-feira a discussão com as centrais sindicais sobre aposentadoria. Um dos temas em pauta é o fator previdenciário, cálculo usado para desestimular a aposentadoria precoce do trabalhador.

Previdência Corporate, por Redação

Mais privilégios às mulheres na previdência social

As mulheres têm tratamento diferenciado na nossa previdência desde o seu princípio. Podem se aposentar 5 anos antes, embora vivam, em média, 5 a mais do que os homens, o que dá 10 anos a mais de aposentadoria.

Deixe seu Comentário:

=