Publicado por Redação em Notícias Gerais - 01/09/2014 às 10:38:40

Recuperação do consumo pode demorar ainda mais

O volume de empréstimos com recursos livres às empresas e às pessoas físicas se retraiu 0,5% em julho, em relação ao mês anterior, enquanto a taxa média de juros subiu para 32,3% ao ano, com altas de 0,3 ponto porcentual no mês e 4,8 pontos em 12 meses. Para as pessoas físicas, os juros médios alcançaram 43,2% ao ano, com acréscimo de 0,2 ponto porcentual no mês e 7 pontos em 12 meses. É a maior taxa desde março de 2011 (41,36%), quando o Banco Central (BC) iniciou a série histórica. No cheque especial, a taxa foi de 172,4% ao ano e no créditopessoal, de 45,8%.
 
A contração do crédito com recursos livres, em julho, não chegou a surpreender, mas torna menos promissoras as perspectivas de recuperação do consumo neste trimestre. Segundo o BC, a evolução do crédito apresentou comportamentos distintos entre as operações com recursos livres e direcionados, como o crédito imobiliário e os financiamentos do BNDES a empresas. Os empréstimos para a aquisição da casa própria, por exemplo, avançaram 1% no mês e 19,8% em 12 meses.

Em contraste, as operações destinadas ao segmento comercial tiveram redução de 1,5% no mês, refletindo a menor demanda do varejo de bens semiduráveis e duráveis, como os do setor automotivo. Os juros subiram de 23% para 23,1% ao ano, no caso de veículos, e de 77,8% para 78,6%, para aquisição de outros bens. Até o custo do crédito consignado - praticamente sem riscos, pois as parcelas são descontadas da folha de pagamentos - registrou elevação de 25,6% para 25,9% ao ano.

O aumento de taxas não pode ser atribuído à inadimplência, cujo nível é historicamente baixo: 6,6% no crédito à pessoa física, leve aumento de 0,1 ponto em relação a junho.

Apesar disso, os bancos aumentaram o spread médio, que, no segmento de operações com recursos livres a famílias para a compra de bens, passou de 31,3 pontos porcentuais para 31,7 pontos. Para a pessoa jurídica, o spread médio subiu de 11,9 para 12,6 pontos.

Na tentativa de reanimar a atividade, o Banco Central tomou medidas que permitirão injetar R$ 25 bilhões na economia, sendo R$ 10 bilhões resultantes de mudança nas regras do depósito compulsório e R$ 15 bilhões por meio do chamado seguro contra calote.

Esse aumento da liquidez bancária pode melhorar o crédito para pessoas físicas, mas não a curtíssimo prazo. São recursos que o consumidor só usará mais, se usar, no quarto trimestre.
 
Fonte:O Estado de São Paulo - Economia e Negócios - São Paulo/SP - NEGÓCIOS


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Como a economia brasileira pode ultrapassar a japonesa?

A economia brasileira pode ultrapassar a japonesa (em paridade poder de compra) e ocupar o 4º lugar mundial até 2050, segundo o estudo “World in 2050 -

Notícias Gerais, por Redação

Empresas têm até o dia 28 para fazer agendamento no Simples Nacional

As micro e pequenas empresas têm até o dia 28 de dezembro para fazer seu agendamento no Simples Nacional 2013.

Notícias Gerais, por Redação

Setor de serviços responde por 53,5% dos empregos criados em 2012

O setor de serviços foi responsável por 53,5% dos 1,328 milhão de empregos com carteira assinada gerados neste ano, segundo pesquisa realizada pela CNS (Confederação Nacional de Serviços)

Notícias Gerais, por Redação

SP quer vacinar 2,8 mi de crianças contra paralisia neste sábado

A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo pretende imunizar 2,8 milhões de crianças contra a poliomielite (paralisia infantil) no próximo sábado (16). Esse número corresponde a 95% dos paulistas com menos de cinco anos.

Deixe seu Comentário:

=