Publicado por Redação em Notícias Gerais - 07/07/2011 às 11:24:11

Modificar a tributação de importados é retrocesso econômico, diz ABVTEX

SÃO PAULO – Para a ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil), o pedido da Frente Parlamentar Mista ao Ministério da Fazenda em modificar a tributação de produtos importados é um retrocesso econômico e político.
 
“Qualquer tentativa de protecionismo do mercado brasileiro vai contra os princípios da livre concorrência, que é bastante saudável para que a indústria nacional se desenvolva. Soma-se a isso o fato de que as importações atuam decisivamente na contenção da inflação do País”, disse, em nota.
 
Já sobre a proposta da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil) em criar uma nova categoria do Simples Nacional apenas para a indústria de confecção, a ABVTEX é favorável.
 
De acordo com a entidade, o projeto tornaria a produção nacional mais competitiva, especialmente a das micro e pequenas empresas, que atualmente são impedidas de crescer por não terem como arcar com os altos custos dos tributos caso o seu faturamento aumente.
 
Além disso, a ABVTEX é a favor de iniciativas que visem à desoneração da folha de pagamento dos salários, à capacitação do empresariado e dos funcionários, ao combate de importações fraudulentas e ao incentivo de investimentos.
 
Produtos chineses
Com relação à matéria-prima têxtil e aos confeccionados vindos do exterior, a entidade explica que o Brasil pratica a Tarifa Externa Comum de 35% para as importações sobre o valor da mercadoria. Trata-se da taxa mais alta permitida pela OMC (Organização Mundial do Comércio). Por isso, embora a entidade apoie a sugestão da Abit em desonerar a indústria têxtil, ela não concorda com a pressão exercida pelos parlamentares ao governo para a substituição da tarifa de importação.
 
Para a associação, a revindicação tem como objetivo elevar os encargos tributários a um patamar superior aos atuais 35% para benefício do empresário nacional em detrimento do consumidor brasileiro, que já vem sendo afetado pela alta de preços em virtude da pressão da indústria nacional com a alta do algodão.
 
De acordo com a ABVTEX, cerca de 8% das peças comercializadas são oriundas do mercado externo e não somente da China e que 92% do que é comercializado pelo varejo referem-se a produtos oriundos de fabricantes nacionais. Estes índices rebatem a argumentação de “invasão dos produtos importados, que vem aniquilando a indústria nacional”.
 
“O consumidor brasileiro, mais exigente, busca nas grandes redes artigos diferenciados a preços acessíveis, independentemente do país de origem de fabricação. Portanto, a criação de barreiras às importações – tarifárias ou não - teria um efeito de reserva de mercado num setor que já possui um alto índice de nacionalização”, finalizou.
 
Fonte: web.infomoney.com.br | 07.07.11

Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Economista acredita que medidas impedirão alta do dólar

As medidas do governo para conter a alta do dólar vão surtir efeito, de acordo avaliação do economista Felipe Salto, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e analista da Tendências Consultoria.

Notícias Gerais, por Redação

Especialistas divergem sobre ascensão da nova classe média

O diagnóstico de ascensão de parte da população pobre à classe média na última década, como defendido por alguns intelectuais e por técnicos do governo não é consenso entre especialistas em desigualdade e estratificação social.

Notícias Gerais, por Redação

Com alta de 2,96%, Bovespa bate maior preço em mais de 1 mês

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) bateu o seu maior nível de preços em mais de 30 dias, numa rodada de negócios em que o investidor acompanhou a onda de otimismo nas Bolsas europeias e americanas.

Notícias Gerais, por Redação

Programa nos EUA consegue detectar dor de pacientes

Um grupo de pesquisadores da Universidade Stanford, na Califórnia, desenvolveu um programa de computador que avalia informações geradas pelo cérebro e detecta quando as pessoas sentem dor.

Deixe seu Comentário:

=