Publicado por Redação em Dental - 29/04/2013 às 09:47:21

Mau hálito prejudica vida social de crianças

Já é difícil para um adulto enfrentar os problemas decorridos da halitose, para uma criança a situação é ainda mais delicada. O mau hálito pode atrapalhar o relacionamento com o grupo, uma vez que é desagradável conversar com alguém e sentir o odor da boca. Em um estudo feito pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 63% das crianças, entre três e 14 anos, tinham problemas com mau hálito.

A psicóloga Miriam Barros, especialista em terapia familiar, explica que as crianças podem simplesmente se afastar, colocar apelidos e fazer daquilo motivo de chacota no grupo. “Isso acontece por imaturidade, porque as crianças querem se sobressair no grupo ou porque não tem noção do quanto aquilo afeta o amigo que tem o problema, um exercício que pode ser feito é ajudar a criança a se colocar no lugar do outro”, diz. 
 
Segundo a especialista, o melhor caminho para os pais é tratar o caso com naturalidade, não ignorar o problema e procurar ajuda de um profissional. 
 
Profissional da halitose
Como dificilmente a causa do mau hálito é gástrica – em quase 90% dos casos a origem é bucal – o primeiro passo é procurar um dentista. Se a saúde oral está bem e a halitose persistir, o recomendado é consultar um especialista em halitose. “Garanto que seguindo este caminho e estando nas mãos certas, o problema será resolvido”, indica a dentista Paula Rollemberg, especialista em halitose. Uma vez com diagnóstico em mãos, o tratamento é feito de forma multidisciplinar, com otorrinos, nutricionistas, gastros, entre outros. 
  
De olho nas causas
As causas do mau hálito são diversas – cáries, problemas gengivais, aparelho ortodôntico que dificulta a higiene, baixa salivação (xerostomia). Esta última pode ser causada por maus hábitos, como muito tempo de jejum ou pouca ingestão de água. Inflamações nas vias respiratórias – sinusite, amigdalite, rinite ou adenoide – também fazem com que a criança respire pela boca, o que causa uma diminuição da saliva. 
 
A halitose também pode ser proveniente das amídalas. Alguns tipos de amídalas têm cavidades que retêm alimentos, o que provoca a proliferação de bactérias e, posteriormente, o mau hálito. “Os pais devem ficar atentos a qualquer alteração no hálito da criança e procurar um profissional para evitar que a criança sofra com a halitose”, afirma o dentista Marcos Moura, presidente da Associação Brasileira de Halitose – ABHA. 
 
Nada de bafinho em casa
Os pais devem estimular a higiene oral desde a fase em que a criança não tem  dentes. “É preciso fazer uma correta higiene da gengiva e língua com uma gaze umedecida para remover restos alimentares”, recomenda Moura.
 
Quando o primeiro dentinho nascer, já é momento de usar a escova. “Quando o dente está na cavidade bucal já pode ser colonizado por bactérias que causam a doença cárie e se a escovação e o controle da ingestão de carboidratos fermentáveis não acontecerem, a lesão de cárie irá surgir”, explica a dentista Sandra Kalil Bussadori, professora da APCD – Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas. 
 
Na fase que vai até os cinco anos, a criança tende a imitar os pais. “Por isso a importância dos pais escovarem os dentes na frente das crianças, é uma forma de estimular esse hábito”, indica Marcos Moura.
 
É importante lembrar-se de limpar a língua. É nela que ficam as papilas gustativas – responsáveis por sentirem o gosto do alimento. Os espaços entre as papilas podem acumular restos de comida que, se não forem removidos, fermentam e provocam o bafinho indesejado.
 
Fonte:Terra

Posts relacionados

Dental, por Redação

Conheça técnicas de clareamento de dentes

Dados recentes publicados pela Associação Brasileira de Odontologia - ABO - revelam que 27 milhões de brasileiros nunca foram ao dentista

Dental, por Redação

Ações por um futuro livre de cárie já se tornam realidade na América Latina

Líderes mundiais em saúde bucal se reuniram na semana em que se inicia um dos mais importantes congressos da área odontológica - realizado plea International Association for Dental Research (IADR) -

Dental, por Redação

Formação odontológica a serviço da população

Aplicação de políticas públicas na integração da formação profissional odontológica com os serviços de saúde prestados à população é tema de mostra inédita na 46ª Reunião da Abeno, que acontece em agosto, em Florianópolis.

Deixe seu Comentário:

=