Publicado por Redação em Dental - 03/04/2013 às 10:49:12
Hálito pode revelar doenças cardíacas e câncer
Novas pesquisas na área da saúde avançam para diagnosticar doenças pelo hálito. Muito mais que apenas o mau cheiro, conhecido como halitose, moléculas presentes na boca podem indicar insuficiência cardíaca, câncer no estômago, além de problemas bucais como gengivite.
Cientistas israelenses e chineses se uniram para pesquisar um novo teste que identifica perfis químicos no hálito que são característicos de pacientes com câncer estomacal. No estudo realizado com 130 pacientes, publicado pela revista especializada "British Journal of Cancer", o exame mostrou 90% de precisão no diagnóstico e na diferenciação do câncer de outros problemas estomacais, como úlceras. O exame aponta, ainda, se a doença está em um estágio inicial ou avançado.
Segundo o médico cirurgião geral do hospital israelita Albert Einstein, Antônio Luiz de Vasconcelos Macedo, que também é do conselho de oncologia do hospital, hoje, os métodos de diagnóstico são baseados em endoscopia, um exame evasivo que precisa de biópsia, o que dificulta a descoberta precoce da doença. “Com este exame acessível, é possível detectar a doença em estágios iniciais, casos em que a cura pode chegar a 95%”, diz.
O especialista explica que é possível detectar cinco moléculas orgânicas que não existem normalmente no hálito. Estes foram resultados preliminares e os cientistas ainda estudam a viabilidade do exame em larga escala.
Insuficiência cardíaca
Outro estudo foi realizado pelo Instituto do Coração (InCor) em parceria com o Instituto de Química da USP para detectar insuficiência cardíaca pelo hálito. Um aparelho mede o nível de acetona – substância de cheiro forte produzida durante os processos de metabolismo do corpo – presente no ar expelido pela boca do paciente. Este odor na boca é peculiar de quem sofre de insuficiência cardíaca, doença que debilita o coração, que passa a bombear o sangue com menos força.
“Cerca de 10% dos pacientes que atingem esse nível da doença necessitam de transplante e aproximadamente 50% correm o risco de morrer”, explica o coordenador clínico de transplante do InCor, Fernando Cabal.
Assim como ocorre com o exame do câncer de estômago, o diagnóstico pelo sopro de insuficiência cardíaca ainda precisa de mais tempo para ser usado nos hospitais. “Queremos evoluir o equipamento para que o resultado saia na hora, como acontece com o bafômetro usado para detectar álcool no hálito”, diz. O especialista destaca, ainda, o papel importante do dentista que, muitas vezes, são os primeiros a examinar esses pacientes que procuram tratamento para halitose.
Fonte: Terra
Posts relacionados
Exame do dente pode revelar idade certa do paciente
Com a análise da polpa dos dentes caninos é possível estimar a idade de pacientes adultos e ajudar órgãos públicos a identificar criminosos
Flúor ajuda a prevenir o aparecimento de cáries em todas idades
Pesquisas recentes mostram que todos podem se beneficiar com o uso de flúor. Especialistas costumavam achar que o flúor funcionava principalmente por fortalecer os dentes enquanto esses estavam ainda em desenvolvimento.
Aprenda a fazer o autoexame na boca em nove passos
Segundo a Revista Científica Dentistry, nos últimos 20 anos, o índice de câncer bucal aumentou 50% na população mundial e já é o quarto tipo de câncer que mais mata no planeta.
Aprenda quais cuidados se deve ter com aparelho fixo
Cada vez mais, os aparelhos ortodônticos se espalham pelos sorrisos, não só de crianças, como de adultos. Além de corrigir o alinhamento dos dentes, o tratamento previne uma série de problemas relacionados com articulação dental incorreta.
Fórum sobre a necessidade de melhoria na saúde bucal
Os avanços, limitações e desafios da política bucal na saúde pública de Sergipe a partir das experiências diárias vividas por profissionais da área é o tema central do I Fórum Estadual dos Cirurgiões-Dentistas no SUS que acontece nessa sexta-feira,9, na capital sergipana.
Brasil Sorridente terá mais R$ 3,6 bilhões até 2014
A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (6) que o governo federal vai investir, até 2014, R$ 3,6 bilhões no Programa Brasil Sorridente, que prevê tratamento odontológico gratuito dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).
Como manter a boca saudável com o envelhecimento
Trabalhar para manter a boca saudável é mais importante do que nunca para adultos idosos, uma vez que a maioria das pessoas entre 55 e 64 anos de idade conserva alguns dos dentais naturais ou mesmo todos eles.
Programa de saúde bucal reduz 25% dos casos de cárie em escolas
O programa de saúde bucal nas escolas, desenvolvido pela Associação Jovens Dentistas (AJD), de São Bernardo do Campo (SP), em parceria com as Secretarias de Saúde e Educação da cidade, tem dado bons resultados: foram beneficiados mais de 77 mil alunos de 199 escolas da rede municipal de ensino e conseguiu reduzir em 25% os casos de problemas odontológicos dos estudantes atendidos pelo programa.