Publicado por Redação em Notícias Gerais - 20/03/2012 às 14:09:30

FMI adverte sobre risco de escalada de preços do petróleo

Os preços dos contratos futuros de petróleo subiriam entre 20% e 30% caso houvesse uma interrupção das exportações de petróleo iraniano, o que abalaria a economia mundial, em um momento no qual "o mundo tem se afastado lentamente do abismo", advertiu nesta terça-feira a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.

"Haveria claramente um impacto para as economias se houvesse uma interrupção das exportações de petróleo iraniano. Sem dúvida, isso provocaria uma alta por um tempo, o que traria consequências sérias para a economia mundial", disse a diretora durante uma coletiva de imprensa em Nova Délhi, onde realiza uma visita oficial.

O FMI estima que uma suspensão das exportações de petróleo iraniano poderia elevar os preços entre 20 e 30% enquanto os países dependentes do petróleo iraniano não encontrassem outras fontes de abastecimento.

Teerã, acusada pelos ocidentais de querer construir uma bomba atômica e submetida a sanções, ameaçou no final de dezembro fechar o Estreito de Ormuz, pelo qual transita 35% do petróleo transportado via marítima do mundo.

Ao mesmo tempo, o FMI considera que apesar da persistência de fragilidades que continuam afetando o sistema financeiro mundial, a situação financeira não é tão preocupante agora como no início do ano. "Nós nos afastamos do abismo perto do qual estávamos há três meses", afirmou, em coletiva de imprensa, antes de ressaltar que as medidas adotadas pelo Banco Central Europeu e os países da União Europeia para ajudar a estabilizar a situação econômica mundial.

Segundo o Fundo, no entanto, há ainda zonas vulneráveis que precisam ser recuperadas com vigor, como uma saúde melhor para as instituições financeiras. "As instituições financeiras foram agentes muito contagiosos nesta crise. Isso demonstra que é preciso se concentrar nas reformas. As instituições financeiras devem ser agentes de crescimento e não ameaças para o crescimento", afirmou Lagarde.

A autoridade máxima do FMI defendeu essas teses em Pequim, em um Fórum que reuniu empresários e pesquisadores de todo o mundo, assim como dirigentes chineses. Quanto à Índia, a terceira potência econômica da Ásia, a chefe do FMI pediu que o governo insista no desenvolvimento das infraestruturas como portos e aeroportos e reduzam o déficit orçamentário.

Fonte: Terra


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Cresce demanda por consultorias que gerenciam planos

Hoje, porém, a mudança já não é tão simples. A consolidação no setor e o crescente número de prestadoras desse serviço em dificuldades financeiras diminuíram as opções de convênios médicos no mercado.

Notícias Gerais, por Redação

Para Temer, economia brasileira pode crescer 4% em 2013

Após a presidente Dilma Rousseff pedir como presente para 2013 um "PIBão grandão", o vice-presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira que acredita que a economia brasileira deverá crescer 4% neste ano

Notícias Gerais, por Redação

Superávit primário avança para R$ 14,2 bi em abril, revela BC

O setor público brasileiro apresentou um superávit primário de R$ 14,2 bilhões durante o mês de abril, mostraram os dados divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira (31), em sua Nota de Política Fiscal.

Notícias Gerais, por Redação

Existe hora certa de entrar e sair da bolsa?

Saber a hora de entrar ou de sair da bolsa é o sonho de praticamente todos os investidores do mercado acionário. Mas, se você espera uma fórmula mágica ou um padrão exato para saber o momento certo de comprar ou vender, esqueça.

Notícias Gerais, por Redação

Brasil Travel prevê levantar até R$ 1,42 bi em estreia na Bolsa

O grupo de turismo Brasil Travel pode movimentar até R$ 1,42 bilhão em uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) primária e secundária, segundo termos da operação publicados nesta terça-feira.

Notícias Gerais, por Redação

Em sessão tensa, dólar alcança R$ 1,83 mas Bovespa mantém alta

A apreensão dos participantes do mercado com a economia mundial já pressiona o dólar comercial para novos patamares recordes neste ano: às 11h34 (hora de Brasília), a divisa americana era negociada por R$ 1,839, em forte alta de 2,79% sobre a cotação do fechamento de ontem

Deixe seu Comentário:

=