Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 02/06/2011 às 18:00:22

Estudo sobre celulares pode influenciar decisões judiciais

A Suprema Corte dos Estados Unidos está considerando o destino de processos contra fabricantes de celulares sobre riscos à saúde, num momento em que a indústria está passando por um exame minucioso após relatório da OMS (Organização Mundial de Saúde).

Um grupo de especialistas em câncer da OMS disse na terça-feira (31) que o telefone celular deveria ser classificado como "possivelmente cancerígeno", depois de analisar as evidências científicas disponíveis.

A classificação coloca o uso de telefone celular na mesma ampla categoria que inclui chumbo, clorofórmio e café, além de receber extensa cobertura da imprensa. Grupos da indústria trabalharam para minimizar o anúncio, dizendo que isso não significa que os telefones celulares causam câncer.

O relatório foi divulgado enquanto uma ação judicial conjunta contra 19 acusados, em sua maioria fabricantes de celulares e empresas de telecomunicação, chegou à Suprema Corte dos EUA. Os réus --como Nokia, AT&T e Samsung Electronics-- são acusados de distorcer o perigo que os celulares representam, quando sabiam dos perigos potenciais.

A ação foi rejeitada em uma corte menor, mas na terça a Suprema Corte dos EUA pediu formalmente ao Departamento de Justiça do país para analisar se deveria ou não ouvir a apelação de quem moveu o processo.

Allison Zieve, que representa o grupo que move a ação, disse que as pessoas tradicionalmente julgam os danos de saúde causados por produtos comuns como "bobagem".

O relatório da OMS pode mudar essa percepção, disse Zieve, diretor do grupo Public Citizen Litigation, uma organização de defesa dos direitos do consumidor. "Espero que o Departamento de Justiça sinalize que trata-se de um caso significativo e que deve ser levado a sério", disse.

Um porta-voz da AT&T se recusou a comentar o caso e representantes da Nokia e da Samsung não responderam aos pedidos de entrevista.

O processo pede indenização e uma decisão que, entre outras coisas, exige que as empresas forneçam fones de ouvido para os clientes.

Joanne Suder, uma advogada de Baltimore ligada ao grupo que moveu a ação, disse que tem "centenas" de casos de telefones celulares esperando a decisão da Suprema Corte dos EUA nos próximos meses. Os seus clientes buscam recompensa monetária, ela disse.

Paul Freehling, que representa a Associação da Indústria de Telecomunicação Celular, disse que não conhece nenhum caso em que um tribunal tenha encontrado evidências científicas suficientes sobre telefones celulares e câncer.

Fonte: www1.folha.uol.com.br | 02.06.11


Posts relacionados

Saúde Empresarial, por Redação

UTI pode desencadear estresse pós-traumático, revela estudo

Quando Lygia Dunsworth estava sedada, entubada e amarrada a um leito da unidade de terapia intensiva de um hospital em Fort Worth (no Texas), ela foi atormentada por alucinações.

Saúde Empresarial, por Redação

Governo quer obrigar médicos recém-formados a trabalhar dois anos no SUS

Ministério da Educação vai enviar propostas para Congresso Nacional

Saúde Empresarial, por Redação

Novas regras de funcionamento de uma UTI

Entrou em vigor neste domingo (24/02) a determinação de regras para o funcionamento das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no Brasil por meio da Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa (RDC-07).

Deixe seu Comentário:

=