Publicado por Redação em Notícias Gerais, Revista - 24/07/2013 às 09:26:53

De Rh para Rh | Gestão Global


Quando falamos em gestão de benefícios, logo pensamos em um plano que atenda com qualidade, não apenas os colaboradores, mas a empresa em todos os seus propósitos. Será que essa percepção é igual em todo o mundo? Quais os pontos convergentes e divergentes em relação a tudo que envolve a gestão de benefícios no Brasil e no mundo?

Com a experiência de quem já atuou em países como Austrália, Índia, Tailândia, Indonésia, China, Egito, Emirados Árabes e África do Sul, Darci Padilha, diretora de recursos humanos da PPG na América Latina, disse uma frase óbvia, porém interessante a respeito da gestão de benefícios ao redor do planeta: “O ser humano é igual em todo o mundo”.

A afirmação passa pela adequação de todos os benefícios aos países onde estão sendo empregados. Por conta disso, as empresas que administram a gestão dos mesmos precisam ter atenção aos problemas enfrentados pela população de cada país. Como explicou Darci, são “práticas diferentes em virtudes de condições sócio-culturais específicas”.

Outro caso que chamou a atenção da profissional foi quando passou por uma gravidez no Japão, e em meio a toda euforia enfrentada pela chegada da criança, descobriu que lá não há cobertura para maternidade, a não ser que haja risco de vida. Neste caso, passa a ser considerado doença e a cobertura é feita pelo plano.

Para Darci o melhor modelo é o suiço, onde cada bairro, lá chamado de vilas, é atendido por um médico. O acompanhamento lá é todo subsidiado pelo governo, dando todo o suporte necessário durante e após a gestação. A mesma precisão com que o médico visita todas as casas, é exigida para as famílias também, garantindo assim que não haja problemas com os pequenos. Caso as famílias não façam a visita regular, a polícia é chamada para saber o motivo da ausência.

Ainda segundo ela, além das condições específicas de cada lugar, outros fatores que impactam a gestão de benefícios são: legislação dos países, situação sócio econômica, sindicato e a própria empresa.

Já para Thais Castro, gerente de recursos humanos da Travelport na América Latina, o modelo de saúde brasileiro, gerido pelas empresas, é mais eficiente do que em outros lugares geridos pelo governo. “Diferente de países como Chile e Argentina, todos geridos pelo governo, aqui no Brasil fica mais fácil de negociar com os provedores de saúde, além de conseguir um controle maior do produto que é oferecido para o funcionário”, alerta a gerente.

Com experiências em países como Inglaterra, Estados Unidos e Emirados Árabes, a profissional aponta a gestão de benefícios no modelo americano como uma das melhores do mundo. De acordo com a gerente, os americanos disponibilizam uma gama muito maior de opções de benefícios aos seus colaboradores e muitas empresas tem realmente se preocupado em focar nos benefícios que realmente adicionam valor aos funcionários e não apenas ao pacote standard, buscando uma maior retenção em relação a outros países e flexibilizando assim o serviço. Como exemplo, o apoio jurídico que é oferecido aos funcionários.

Ainda segundo a profissional, as corretoras e consultorias têm o papel fundamental de buscar o correto entendimento das necessidades das empresas e apresentar o produto mais adequado dentro do contexto estratégico das mesmas. Infelizmente, de um modo geral, o mercado está precisando desse serviço, pois na maioria dos projetos isso não ocorre.

Thais Castro ainda complementa que se o RH é enxuto e generalista, e muitas vezes não possui recursos dedicados a gestão de benefícios em outros países, corre-se o risco da contratação de um produto que não gera valor e não possui a melhor performance, e assim a empresa acaba disponibilizando aos colaboradores, benefícios que não atendem a necessidade devido a inputs superficiais  por parte dos “Brokers””.

Esses casos se encaixam no exemplo de que cada lugar possui características específicas, pois os americanos tem o costume, quase um hábito, de utilizar bastante o serviço de advogados, tornando assim um benefício bastante precioso na cesta. O ponto negativo de tudo isso é o alto valor do plano de benefícios americano.
Podemos perceber que, não importando o lugar, o importante é realizar um estudo sobre o que é valorizado para os funcionários, para a empresa e como fazer para que tudo isso funcione de forma adequada. “O importante numa gestão global é o aprimoramento de informações, a unificação das mesmas e uma estratégia única”, finaliza Thais Castro.

De Frederico Paredes
Da redação do Portal RH Benefícios


Tags: Revista


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Google gastou US$ 18 milhões no ano passado com lobby nos EUA

O Google gastou US$ 18,2 milhões no ano passado em lobby com o governo americano, o segundo maior orçamento no país para o setor de "relações governamentais", apenas atrás do gigantesco conglomerado General Eletric (GE).

Notícias Gerais, por Redação

Mais de 400 pessoas participam do 2º Encontro de Resseguro

Diversas autoridades discutem temas estratégicos do mercado. IRB e Jorge Hilário são homenageados

Notícias Gerais, por Redação

MPEs: pontualidade de pagamento de dívidas atinge maior nível

As micro e pequenas empresas estão mais pontuais no que se trata de quitação de dívidas. Segundo pesquisa da Serasa Experian, em agosto, a cada 1000 pagamentos realizados pelas empresas, 957 foram quitados à vista ou com atraso de no máximo sete dias.

Notícias Gerais, por Redação

FMI eleva perspectiva de crescimento da economia global para 2012 e 2013

O FMI (Fundo Monetário Internacional) aumentou nesta terça-feira (17) suas projeções econômicas mundiais para 2012 e 2013, citando que as condições financeiras têm melhorado ao redor do globo.

Notícias Gerais, por Redação

Um ano após posse, Dilma mantém política externa de Lula

Após um início de governo marcado pela expectativa de que mudaria o rumo da política externa brasileira, a presidente Dilma Rousseff completará um ano no poder sem grandes diferenças em relação a seu antecessor, afirmam analistas.