Publicado por Redação em Notícias Gerais - 16/08/2013 às 10:13:01

Crise já consumiu R$ 7,6 bi do caixa das empresas X e dívida chega a R$ 25 bi

Em um ano, a crise que se abateu sobre o grupo X consumiu R$ 7,63 bilhões do caixa das seis companhias de capital aberto de Eike Batista. Em junho do ano passado, quando a petroleira OGX divulgou uma produção abaixo da esperada no campo de Tubarão Azul - dando início à derrocada do império X-, as empresas tinham R$ 10,22 bilhões em caixa. Agora, essa cifra está em R$ 2,6 bilhões, segundo levantamento da consultoria Economática.

A dívida tomou caminho inverso: aumentou de R$ 21 bilhões para mais de R$ 25 bilhões. A situação mais crítica é a da petroleira, empresa âncora de Eike e que assumiu o papel de estopim da crise. A OGX acumulava em junho de 2012 um caixa de R$ 5,9 bilhões. Agora são parcos R$ 722 milhões. Ou seja, Eike "queimou" quase 90% do caixa da companhia e a produção frustrada não acrescentou quase nada à receita. Agora, a reestruturação da dívida da OGX será coordenada pela Blackstone, consultoria financeira norte-americana que participa da reestruturação da dívida da Grécia. Segundo fontes, a consultoria estaria negociando também ativos da petroleira de Eike Batista.

O segundo trimestre das empresas X foi marcado também por baixas de ativos que somadas passam de R$ 5 bilhões. A maior delas foi na petroleira OGX, que registrou uma baixa de R$ 491 milhões com poços secos e de outros R$ 3,6 bilhões com a provisão para perdas (impairment) dos campos de Tubarão Tigre, Tubarão Gato, Tubarão Areia e Tubarão Azul.

A MMX reconheceu uma perda contábil de R$ 153,8 milhões dos ativos da Unidade Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Na OSX foram R$ 794 milhões em baixas, após a OGX sustar as encomendas de cinco plataformas. A empresa fez ainda uma provisão de R$ 79 milhões no balanço para a plataforma WHP-2, após testes de recuperação do valor do ativo. Na CCX a avaliação, ao fim do segundo trimestre, foi de que os ativos não apresentam indícios de perda de valor que possam acarretar perda contábil.

Dívidas. A OSX, braço de construção naval da EBX, tenta renegociar a rolagem de dívidas de R$ 827 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal (CEF), com vencimento em outubro. Os empréstimos-ponte financiaram as obras do estaleiro da companhia no superporto do Açu, em São João da Barra (RJ).

No caso do banco de fomento, a operação soma R$ 427 milhões e já teve seu vencimento prorrogado por 60 dias, até 15 de outubro. A dívida a vencer com a Caixa é de R$ 400 milhões. Hoje o banco financia R$ 1,13 bi do estaleiro, que consumirá mais R$ 90 milhões para concluir a primeira fase de obras.

A OSX também negocia com o BNDES um empréstimo para a plataforma WHP-2, afretada pela OGX e orçada em cerca de US$ 750 milhões. A empresa espera faturar US$ 350 milhões pelo aluguel do FPSO OSX-3, também alocado em Tubarão Martelo, após a produção do primeiro óleo do campo - entre o quarto trimestre deste ano e o primeiro de 2014. Os recursos abrirão espaço para refinanciar US$ 500 milhões captados em bonds para financiar a plataforma.

Reestruturação. A venda da LLX para o grupo EIG, anunciada anteontem, não terá impacto direto na OSX, afirmou o diretor presidente da empresa, Carlos Bellot, em teleconferência a analistas. A injeção de capital de R$ 1,3 bilhão na empresa de logística do grupo X deve ser concluída em dois a três meses.

"Vemos com bons olhos o caminho que o grupo (EBX) está seguindo, mas isso não tem impacto direto na OSX. É mais ou menos a mesma solução da MPX, e é por aí que o grupo vai caminhar", disse.

O executivo foi questionado se uma solução semelhante estaria sendo costurada para a OSX. No caso de troca de controle, uma cláusula prevê o repagamento dos bonds. "A mudança de controle na OSX e (na subsidiária) OSX-3 não está sendo considerada no momento. E, se for, o repagamento dos bonds será levado em conta nas negociações", disse Bellot. 

Fonte: Estadão


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Inadimplentes em SP vão poder renegociar dívidas em mutirão na próxima semana

Com intuito de diminuir a inadimplência, entidades como a Boa Vista Serviços, Secretaria Municipal do Empreendedor Individual, Secretaria Municipal do Trabalho, ACSP (Associação Comercial de São Paulo),

Notícias Gerais, por Redação

BG não pretende vender fatias em ativos no Brasil

O BG Group, produtor de gás do Reino Unido, disse não estar planejando a venda, bastante esperada, de parte de suas descobertas de petróleo e gás no Brasil no futuro próximo,

Notícias Gerais, por Redação

Mercado troca dólar por R$ 1,77 em sessão instável

A taxa de câmbio doméstica alcança R$ 1,773 nas primeira hora de operações desta quinta-feira, em um declínio de apenas 0,05% sobre o fechamento de ontem.

Notícias Gerais, por Redação

Técnica menos invasiva garante marcapasso para recém-nascido

Brayan Alves Farias, de sete meses, começou sua vida em sério risco. Enquanto ele ainda estava no útero, um ultrassom revelou que seu coração tinha um bloqueio elétrico, isto é, batia muito mais devagar (60 batimentos por minuto) do que o ideal (cerca de 120 bpm).

Deixe seu Comentário:

=