Publicado por Redação em Notícias Gerais - 15/08/2014 às 10:26:00

Clima econômico na América Latina é o pior desde 2009

No Brasil, o Indicador de Clima Econômico (ICE) recuou 22,5%
 
O clima econômico na América Latina deteriorou-se no trimestre encerrado em julho em relação ao período imediatamente anterior, mostrou a pesquisa Sondagem da América Latina divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira. O Indicador de Clima Econômico (ICE) recuou 7%, para 84 pontos, o menor patamar desde julho de 2009.

Na avaliação da FGV, os problemas domésticos enfrentados pelos países da região explicam parte do cenário ruim. No Brasil, o ICE recuou 22,5%, para 55 pontos. Na edição anterior, de abril, a instituição já havia destacado que falta de competitividade internacional, baixa confiança no governo, inflação, déficit público e falta de mão de obra qualificada eram apontados como os principais entraves para o crescimento econômico do Brasil. "A avaliação da situação atual vem se deteriorando desde janeiro, com piora nas expectativas e na avaliação da situação econômica em geral", observou a FGV.

Com o resultado, o Brasil ficou por mais um trimestre abaixo da Argentina, cujo ICE recuou 24%, para 57 pontos. "A situação na Argentina pode ser explicada pela crise econômica e pelas incertezas trazidas pelos problemas enfrentados na renegociação da dívida externa com os chamados 'Fundos Abutres'", explicou a FGV.

A pesquisa, realizada pela FGV em parceria com o instituto alemão Ifo, incluiu um quesito especial na edição do trimestre até julho sobre a questão entre Ucrânia e Rússia. Segundo a instituição, os especialistas ao redor do mundo avaliaram que o acirramento recente dos problemas na Ucrânia impõe um risco considerável de elevação do preço de energia (especialmente combustíveis) no futuro próximo, com potenciais efeitos negativos sobre o clima econômico. Na América Latina, contudo, os especialistas entrevistados não avaliaram este ponto como um fator adicional de risco. Logo, a piora do ICE na região latina é decorrente de problemas domésticos, observou a FGV.

Outros países - O ICE da América Latina é ponderado pela participação dos países na corrente de comércio (soma de exportações e importações). Dos cinco principais, apenas o México teve melhora no clima econômico, numa "provável consequência" da recuperação da economia dos Estados Unidos no período, país que responde por 80% da corrente de comércio mexicana. Por outro lado, Venezuela e Chile figuraram ao lado de Brasil e Argentina entre os que contribuíram para a piora no ICE. "Brasil, Argentina e Venezuela mantiveram suas posições no ranking das piores médias do ICE nos últimos quatro trimestres", destacou a FGV.
 
 
Fonte: VEJA On-line


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Superávit do setor público é o menor para o semestre desde 2010, diz BC

Economia do governo para pagamento de juros, o superávit primário, caiu 20,5% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período de 2012

Notícias Gerais, por Redação

Bodocó ganha Agência da Previdência Social

A cidade de Bodocó, no Sertão do Araripe pernambucano, inaugurou na última segunda-feira (11), uma unidade da Agência da Previdência Social (APS).

Notícias Gerais, por Redação

Dólar abre em queda acentuada, a R$ 1,81

O dólar operava em queda acentuada frente ao real na manhã desta terça-feira, ampliando a depreciação da véspera em meio a um cenário de maior apetite por risco no exterior. Às 9h20, a divisa dos Estados Unidos era negociada a R$ 1,81 para venda, em baixa de 1,15%.

Deixe seu Comentário:

=