Publicado por Redação em Notícias Gerais - 21/01/2014 às 08:41:20

Brasileiro paga IR a mais porque isenção tinha de ser 61% maior, diz Dieese

A tabela de cálculo do Imposto de Renda (IR) acumulou uma defasagem de 61,42% entre os anos de 1996 e 2013, de acordo com um levantamento do Dieese divulgado nesta segunda-feira (20).

 Isso significa que os contribuintes estão pagando mais imposto do que deveriam. Hoje quem ganha mais de R$ 1.787,77 já paga o IR.

Se a tabela fosse corrigida pela inflação, esse piso seria maior, e só pagaria o imposto quem ganhasse mais de R$ 2.885,82. Ou seja, mais gente seria isenta.

A distorção ocorre porque a Receita Federal não faz a correção da tabela pela inflação.

O Dieese chegou a estes números ao comparar as correções da tabela do IR para pessoas físicas, feitas pelo governo, com a variação da inflação oficial no período, que é medida pelo IPCA (Índice de Preços do Consumidor Amplo).

Nos últimos 18 anos, o governo deixou de reajustar a tabela do IR de acordo com a inflação pelo menos oito vezes.

Esse efeito causa o que especialistas chamam de 'injustiça fiscal'.

Isso porque, ao ajustá-la abaixo da inflação, o trabalhador que teve seu salário ajustado pela inflação entra em uma faixa de pagamento do IR na qual não pertencia antes e passa a ter que pagar o tributo.

Isso causa prejuízo ao trabalhador, principalmente de baixa renda, de acordo com Rubens  de Oliveira Gomes, professor de Direito Tributário do Ibmec-MG.

"Como a tabela não está sendo atualizada, cada dia mais pessoas entram na faixa de obrigatoriedade do recolhimento do imposto. As pessoas de baixa renda acabam sendo as mais prejudicadas", afirma.

Fonte: www.uol.com.br


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Prefeitura de SP vai isentar de impostos empresa que for para zona leste

A Prefeitura de São Paulo vai isentar de impostos empresas com capacidade de geração de empregos que se instalem na zona leste de São Paulo.

Notícias Gerais, por Redação

Dívida Pública Federal fica estável, a R$ 1,94 trilhão, em abril

Uma forte concentração de vencimentos de títulos prefixados neutralizou os efeitos dos juros e fez a Dívida Pública Federal (DPF) ficar praticamente estável em abril.

Notícias Gerais, por Redação

Veja as expectativas e temores dos economistas para 2013

A economia mundial deve andar em ritmo lento, mas com uma possível melhora no segundo semestre; o país deve crescer pouco neste ano, às voltas com uma inflação relativamente alta, mas com muito poucas chances de um novo aumento dos juros básicos (o antídoto do governo contra reajuste dos preços).

Notícias Gerais, por Redação

IBGE: inflação tem menor variação desde agosto de 2010

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,08% em junho, após alta de 0,36% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

Deixe seu Comentário:

=