Publicado por Redação em Notícias Gerais - 25/07/2014 às 09:03:53

BC aumenta projeção de inflação e sinaliza que não deve reduzir juros

O Banco Central afirmou em ata, divulgada nesta quinta-feira (24), que a inflação deve se manter acima do centro da meta do governo nos próximos trimestres, e sinalizou que não deve haver redução da Selic, a taxa básica de juros.

O governo trabalha com a meta de manter a inflação em 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo (ou seja, variando entre 2,5% e 6,5%).

Pelo cenário de referência (com a Selic a 11% e dólar em R$ 2,20), a projeção para a inflação de 2014 e de 2015 foi elevada sobre o valor do documento anterior e permanece acima do centro da meta. Os valores não são divulgados pelo BC.

De acordo com o documento, a inflação deve se manter "resistente" nos próximos trimestres, mas abrandar nos trimestres finais de 2015.

BC não deve reduzir juros

Em pouco mais de um ano, a taxa Selic passou do menor nível histórico de 7,25% para os atuais 11%, em uma tentativa de controlar a inflação.

Na semana passada, o banco decidiu manter a Selic em 11% ao ano pela segunda vez seguida, mas surpreendeu alguns economistas por não retirar a expressão "neste momento" para explicar sua decisão.

O documento da reunião passada dizia: "Diante disso, avaliando a evolução do cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, neste momento, manter a taxa Selic em 11,00% a.a., sem viés."

Assim, os agentes econômicos entenderam que o BC poderia alterar a qualquer momento sua política econômica, e voltar a reduzir a Selic.

A ata do BC se refere à última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que define a taxa básica de juros e a política econômica que será adotada pelo órgão.

Alta dos preços

Na ata, o BC também piorou seu cenário sobre o comportamento dos preços.

O órgão passou a projetar aumento maior dos preços das tarifas de energia elétrica neste ano: 14%, frente aos 11,5% considerados até então. Ao mesmo tempo, passou a ver menor redução nos preços de telefonia fixa, a 3,8%, ante 4,2%.

No geral, manteve em 5% suas contas para a alta nos preços administrados.

Juros e inflação

A Selic é usada pelo BC para tentar controlar o consumo e a inflação, ou estimular a economia.

Quando os juros sobem, as pessoas tendem a gastar menos e isso faz o preço das mercadorias cair, controlando a inflação, em tese. Por outro lado, juros altos seguram a economia e fazem o PIB (Produto Interno Bruto) ficar baixo.

Se os juros estão elevados, as empresas investem menos, porque fica caro tomar empréstimos para produção, e as pessoas também reduzem seus gastos, porque o crediário fica mais alto. Essa situação deixa a economia com menos força. O lado bom é que investimentos baseados em juros são beneficiados e rendem mais para o aplicador.

Por outro lado, com juros mais baixos, há mais consumo e mais risco de inflação, porque as pessoas compram mais e nem sempre a indústria consegue produzir o suficiente. Quando há falta de produtos, a tendência é que eles fiquem mais caros.

Fonte: www.uol.com.br (Com Reuters)


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Ibovespa opera em alta, aos 54,8 mil pontos

Às 10h19 (horário de Brasília), o índice paulista avançava 1,53%, aos 54.830 pontos.

Notícias Gerais, por Redação

IPC-Fipe acelera na última semana de março e aponta inflação de 0,15%

O IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor) da última semana de março, divulgado nesta quarta-feira (4) pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), apontou variação dos preços de 0,15%.

Notícias Gerais, por Redação

Correios recorrem ao TST para acabar com a greve

Os Correios e os grevistas resolverão no TST (Tribunal Superior do Trabalho) os termos do fim da paralisação. Na manhã desta sexta-feira, os funcionários em greve realizaram assembléias em vários Estados do país e decidiram pela manutenção da greve.

Deixe seu Comentário:

=