Publicado por Redação em Gestão do RH - 17/01/2024 às 09:38:00

3 tendências que prometem moldar o mercado de trabalho em 2024



Identificar tendências é o primeiro passo para se planejar para o futuro. Quando o tema é carreira, isso é ainda mais importante, dada a velocidade das transformações do mercado de trabalho. 

Quem quer se desenvolver profissionalmente em 2024 precisa estar à frente das movimentações gerais e específicas do seu setor. Para os gestores, estar atento às necessidades e expectativas dos profissionais também é fundamental para atrair e reter os melhores talentos.

O Indeed, site de empregos disponível em mais de 50 países, divulgou um relatório sobre as tendências de trabalho e contratação para 2024, desenvolvido pelos economistas do Hiring Lab, seu braço de pesquisa.

O estudo faz um panorama voltado tanto para profissionais quanto para empregadores e indica que, nos dois casos, eles precisarão se preparar para um mercado de trabalho concorrido. 

Por um lado, candidatos devem ser flexíveis e se adaptar às novas tendências de contratação. “É importante, por exemplo, pensar em como cargos relacionados à IA podem se encaixar em seus planos de carreira e no panorama econômico geral”, diz Felipe Cabucci, diretor de vendas do Indeed no Brasil. 

Por outro, empregadores devem investir em benefícios e no aprimoramento dos seus funcionários para manter talentos em um mercado de trabalho competitivo.
 

Veja as três principais tendências que devem impactar os profissionais globalmente este ano:

Diferentes gerações no escritório
Segundo o estudo, mais trabalhadores em idade ativa (entre 25 e 54 anos) precisarão entrar no mercado de trabalho para compensar o envelhecimento da população. Ao mesmo tempo, a demanda não tem atraído só os mais jovens: nos Estados Unidos, por exemplo, o percentual de pessoas com mais de 75 anos foi o que mais cresceu no mercado de trabalho nas últimas décadas.

Isso cria um ambiente multigeracional no mercado de trabalho e que tem preocupado as lideranças. Cerca de 8 em cada 10 têm dificuldade de conduzir o ambiente multigeracional, mostra uma pesquisa da SPUTNiK, empresa de educação corporativa. Apesar da diversidade ser considerada um ativo para as empresas, os conflitos geracionais estão entre os maiores desafios para 21% desses profissionais.

O envelhecimento da população é um dos fatores que altera a taxa de participação no mercado de trabalho, um movimento observado nos EUA, de acordo com o relatório do Indeed, mas que também pode ser aplicado ao contexto brasileiro. De acordo com o último censo do IBGE, a idade média da população brasileira aumentou 6 anos desde 2010, atingindo 35 anos em 2022, e o índice de envelhecimento atingiu 55,2 em 2022, em comparação com 30,7 em 2010.


Mais benefícios
A previsão de aumento salarial do mercado brasileiro está em linha com a expectativa de inflação, segundo a consultoria global Mercer. Segundo o relatório do Indeed, o crescimento salarial deve continuar em desaceleração para amenizar preocupações sobre o mercado de trabalho impulsionar a inflação. Apesar de o salário ainda estar no topo das prioridades dos profissionais, os empregadores podem buscar outras formas de atrair candidatos.

Nos EUA, a chamada Grande Renúncia – período com grande volume de demissões voluntárias – ficou para trás. As taxas de demissão voltaram aos níveis pré-pandêmicos, mas isso não significa que as pessoas não estejam mais deixando seus empregos.

Empresas que desejam manter seus funcionários devem investir em educação continuada e aprimoramento de habilidades e benefícios relacionados ao bem-estar e que impactam a qualidade de vida, como modelos de trabalho flexíveis, o que é inegociável para os profissionais.
 

IA no ambiente de trabalho
Com o avanço da inteligência artificial, essa tecnologia já está presente nas rotinas de profissionais e empresas das mais diversas indústrias no mundo todo. Segundo um relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional), a IA vai afetar 40% dos empregos em todo o mundo – substituindo alguns e complementando outros.

De acordo com o FMI, economias avançadas e emergentes são afetadas de maneiras diferentes. Enquanto metade dos profissionais vai poder aproveitar os benefícios da IA, a outra poderá ser prejudicada e até substituída pelo seu avanço.

No entanto, um outro relatório do Indeed indica que embora a IA generativa tenha o potencial de desempenhar certas funções, é improvável que substitua os humanos na força de trabalho.  “No fim do dia, os elementos humanos necessários em muitas habilidades, como empatia, intuição e comunicação, permanecem insubstituíveis”, afirma Calbucci. “Nessa mudança tecnológica, o que ajudará os candidatos é se tornar especialista em seu trabalho e continuar aprendendo novas habilidades.”

 

Fonte: Forbes Brasil


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