Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 30/12/2011 às 11:46:11

Uma em seis pessoas com implante em artéria volta ao hospital

Segundo estudo do Journal of the American College of Cardiology, as taxas de readmissão são altas. A maioria (80%) das novas idas ao hospital não foi programada

Uma em cada seis pessoas que colocam um stent (implante para desobstruir artérias) acaba voltando ao hospital em menos de 30 dias.
É o que mostra um estudo com 37 mil pacientes do Estado de Nova York, publicado no “Journal of the American College of Cardiology”, e divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo os autores, as taxas de readmissão são altas. A maioria (80%) das novas idas ao hospital não foi programada. As causas foram doença cardíaca crônica, dor no peito e falência cardíaca.

Além disso, 42% dos retornos não planejados ocorreram uma semana após o procedimento, e uma em cada três internações resultou na colocação de um novo stent.

A pesquisa é a primeira a identificar os fatores de risco para as readmissões após esse tipo de procedimento, feito, em geral, quando os médicos percebem uma obstrução nas artérias coronárias.

Ter diabetes, problemas renais, enfisema e arritmia cardíaca aumenta o risco de voltar ao hospital depois da colocação do implante.
Mulheres com mais de 65 anos também têm maior chance de voltar ao hospital –a idade avançada, em geral, é acompanhada de doenças associadas, e as mulheres têm o risco cardíaco aumentado após a menopausa.

CUIDADOS

Segundo Edward Hannan, professor da Universidade de Albany, nos EUA, e autor do estudo, é importante conhecer os fatores de risco para dar atenção especial a certos pacientes.

Ele diz que é preciso coordenar melhor os cuidados pós-internação e, talvez, manter as pessoas por mais tempo no hospital depois de pôr o stent.
Segundo Carlos Costa Magalhães, membro da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo), a maioria das readmissões ocorre porque a pessoa para de tomar os remédios.

Em geral, os pacientes precisam tomar aspirinas e remédios antiplaquetários para impedir a formação de coágulos dentro do stent e uma nova obstrução da artéria, de acordo com o cardiologista.

Outro ponto que deve ser enfatizado com o paciente é o controle de outras doenças associadas e o cuidado com os fatores de risco já conhecidos para doenças cardíacas, como obesidade, hipertensão e colesterol alto.

Magalhães afirma ainda que não há muitos estudos similares para comparar essa taxa de internação vista em Nova York com outros países, incluindo o Brasil.

Segundo o professor, esse estudo deve puxar outros trabalhos semelhantes e servir como baliza para os serviços de hemodinâmica a respeito da evolução dos pacientes pós-stent.

Fonte:saudeweb.com.br|30.12.11


Posts relacionados

Saúde Empresarial, por Redação

Saiba como se tornar uma pessoa muito saudável

Se tornar uma pessoa saudável pode não ser uma tarefa fácil para aquelas que não dedicam tempo aos exercícios e não têm uma alimentação adequada, por mais que ela não seja alguém aparentemente gorda.

Saúde Empresarial, por Redação

Atendimento vip melhora a saúde de 85% dos bebês em hospital paulista

Emmanuel nasceu no domingo (1º), com mais de 4 kg, e teve alta na terça-feira (3). Mas dia 4 mesmo já estava de volta ao Hospital Estadual de Vila Alpina, na zona leste de São Paulo.

Deixe seu Comentário:

=