Publicado por Redação em Notícias Gerais - 02/10/2013 às 10:44:20

Produção industrial fica estagnada em agosto

A indústria não conseguiu reagir em agosto do forte tombo registrado em julho. O resultado ficou estável em relação ao mês anterior, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE.

Em julho, a perda de 2,4% -- dado revisado -- já havia anulado o aumento de junho, de 2,1%, surpreendendo o mercado.

Para agosto, a expectativa era um resultado próximo da estabilidade, em torno de 0,15%, conforme pesquisa da Reuters com 22 analistas.

Na comparação com agosto do ano passado, houve recuo de 1,2%, desempenho que interrompeu quatro meses de resultados positivos nessa comparação.

Neste ano a indústria mantém uma tendência instável, alterando altos e baixos diante da confiança combalida de empresários, do aumento da taxa de juros, do consumo retraído e do crédito em desaceleração.

Outro fator que favorece esse comportamento de sobe e desce é a introdução e a saída de incentivos do governo, como agora com o fim da desoneração do IPI da linha branca, que só deve ter impacto nos dados de outubro.

Diante desses fatores e com a indústria "andando de lado", analistas já estimam um PIB mais fraco no terceiro trimestre, após a expansão significativa de 1,5% no segundo trimestre --quando o setor fabril foi um dos destaques.

Nesta semana, o Banco Central rebaixou para 2,5% sua projeção para o crescimento da economia neste ano. Se confirmada, será o terceiro ano seguido de baixo dinamismo do PIB, com taxas inferiores a 3%.

A indústria --setor de peso relativamente menor do que o de serviços, mas mais dinâmico do PIB-- também fechará o ano com um discreto crescimento, segundo projeções de analistas.

De janeiro a agosto, a produção industrial acumula uma alta de 1,6%. Já nos últimos 12 meses encerrados em agosto, a taxa ficou em 0,7%.

De julho para agosto, os setores que se destacaram, entre os que mostram desempenho positivo, foram os de alimentos (2,5%), veículos (1,7%), máquinas e equipamentos (1,2%) e vestuário (7,2%). Já as quedas mais expressivas ficaram com o setores farmacêutico (-5,6%), bebidas (-3,1%) e fumo (-7,7%).

Fonte: Folha SP


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Crise econômica carece de decisões políticas definitivas, afirma Dilma

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (21) que a crise econômica internacional não foi provocada pela falta de recursos dos países, mas pela carência de decisões dos chefes de Estado para pôr um fim ao atual cenário recessivo.

Notícias Gerais, por Redação

Dilma veta uso do fundo de investimento do FGTS na Copa-2014

A presidente Dilma Rousseff vetou a aplicação de recursos do Fundo de Investimento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) em obras das cidades-sedes da Copa-2014 e da Olimpíada do Rio-2016.

Notícias Gerais, por Redação

Investimento estrangeiro direto no Brasil cresce 256%, aponta BC

O total de investimento estrangeiro direto (na forma de participação de capital) passou de US$ 162,8 bilhões em 2005 para US$ 579,6 bilhões em 2010, crescimento de 256%.

Notícias Gerais, por Redação

Funcionários da Infraero encerram greve em Brasília e Guarulhos

Os funcionários da Infraero, empresa que administra os aeroportos, encerraram nesta manhã a paralisação nos aeroportos de Brasília e Cumbica, em Guarulhos (SP), prevista para durar até a meia-noite desta sexta-feira.

Deixe seu Comentário:

=