Publicado por Redação em Previdência Corporate - 08/12/2011 às 13:50:15

Plano Brasil Maior não retira recursos da Previdência, diz governo

Representantes dos ministérios da Previdência e da Fazenda disseram na terça-feira (6), em audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família, que não há risco de aumento do deficit previdenciário em razão da desoneração da folha de pagamentos das empresas prevista no Plano Brasil Maior (MP 540/11).

O Plano Brasil Maior foi instituído pela MP 540 e estabelece a política industrial, tecnológica, de serviços e de comércio exterior para o período de 2011 a 2014. Entre as medidas adotadas está a substituição da cobrança da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamentos de pessoal pela cobrança sobre o faturamento das empresas de teconologia e calçados, por exemplo. Depois, a desoneração será estendida para os demais setores da economia.

O secretário de Políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim, afirma que haverá compensação se houver registro de expansão do deficit previdenciário, que, segundo ele, deve ficar entre R$ 36 bilhões e R$ 37 bilhões em 2011.

"A MP diz claramente que, se houver redução de receita, esta vai ser compensada pelo Tesouro. Então, o risco é zero”, disse ele. “As vantagens são, primeiro, a competitividade desses setores. Segundo, com a redução dos custos do trabalho, vai haver uma formalização maior. Tanto uma coisa como a outra vão gerar mais empregos e, consequentemente, aumentar a arrecadação da Previdência", acrescentou.

O secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Sérgio Gobetti, observou que a substituição da base de cálculo das contribuições patronais para a Previdência pode provocar, em um primeiro momento, deficit pouco maior de R$ 1 bilhão. No entanto, Gobetti ressalta que o prejuízo será compensado.

"As estatíticas mostram que, no longo prazo, o faturamento tende a crescer mais do que os salários. Então, do ponto de vista do financiamento da Previdência, não só não existe riscos com essa mudança, como existem, provavelmente, ganhos no médio e longo prazos", previu.

PEC
O deputado Amauri Teixeira (PT-BA), que propôs a realização do debate, não descartou possibilidade de apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para garantir o custeio da seguridade.

"Existem contribuições que a Constituição diz que são exclusivamente de natureza previdenciária, ou seja, servem para custear apenas benefícios previdenciários. Quando se altera uma contribuição, o custeio está sendo alterado. Ou seja, a seguridade pode ficar sem esses recursos", disse.

Fonte:www2.camara.gov.br|08.12.11


Posts relacionados

Previdência Corporate, por Redação

Termina dia 28 prazo para aplicar em previdência e pagar menos IR

Termina nesta semana o prazo para o poupador garantir um pagamento um pouco menor de Imposto de Renda no ano que vem. Dia 28 é último dia para que aplicações em planos de previdência privada do tipo PGBL possam ser deduzidas do Imposto de Renda a ser pago no ano que vem.

Previdência Corporate, por Redação

Consigo sacar a previdência privada fechada antes do prazo?

Os fundos de previdência fechados de empresas corporativas têm regras que estabelecem as condições para que os participantes possam sacar os recursos depositados pela patrocinadora do plano. P

Previdência Corporate, por Redação

Zurich anuncia novo diretor para Vida e Previdência

Multinacional de origem suíça, a Zurich Seguros vem reforçando seu time de profissionais em várias áreas. A seguradora contratou Mauricio Amaral para assumir a Diretoria de Vida & Previdência Corporativa.

Previdência Corporate, por Redação

Reforma da Previdência deve garantir direitos dos trabalhadores ativos, diz OAB

A reforma da Previdência Social deve garantir os direitos dos trabalhadores que estão atuando no mercado de trabalho. É o que afirmou o representante da Comissão de Seguridade da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Theodoro Vicente Agostinho.

Previdência Corporate, por Redação

100 mil podem ter aposentadoria antecipada

Pelo menos 100 mil servidores públicos federais poderão se aposentar mais cedo em função de trabalharem em carreiras de risco.

Deixe seu Comentário:

=