Publicado por Redação em Notícias Gerais - 21/03/2012 às 12:48:19

Orçamento: quando economias na realidade só representam mais despesa?

As economias. Consumidores  preocupados com seu orçamento ficam atentos a todo tipo de situação que pode gerar uma boa economia. O problema é que, muitas vezes, mesmo que pareça que estamos economizando, na realidade, só estamos acumulando mais despesas. São as situações de falsas economias.

De acordo com a especialista em educação financeira, Márcia Tolotti, isso acontece muitas vezes nas promoções e liquidações. Comprar um produto simplesmente porque ele está em promoção não configura automaticamente uma economia. “O que vai determinar se aquela compra é uma economia ou não é a intensidade do uso que o consumidor faz daquele item”, analisa Márcia.

Logo, se você comprou 10 e pagou 5, mas dificilmente usará os 5 adicionais, não houve economia nenhuma. O prazo de validade também pode acabar com sua suposta economia. Você acredita que vai usar o produto que está com preço mais atrativo, mas, no longo prazo, o item pode acabar vencendo no meio do caminho e você ter perdido dinheiro.

Para aproveitar uma boa oferta, preste atenção a fatores como a intensidade do uso, o prazo de validade e se você realmente vai precisar daquilo ou só está comprando porque o preço está muito interessante. Falsas economias normalmente estão escondidas justamente em promoções e liquidações, ou seja, onde a maioria das pessoas acredita que vai ter alguma vantagem.

Preço versus qualidade
Outra decisão que pode levar a uma falsa economia é comprar pelo preço, principalmente os produtos em que a qualidade faz diferença. “Quando o consumidor escolhe um item simplesmente porque está mais barato, negligenciando a qualidade, ele pode acabar gastando muito mais”, diz Márcia. Um simples amaciante de roupa, escolhido por ter o menor preço, pode simplesmente não cumprir a sua função ou o consumidor pode ter de usar uma quantidade maior, o que, ao final, desconfigura a economia inicial.

Postos de gasolina também são clássicos exemplos desse tipo de situação. Se o motorista escolher o posto que pratica os menores preços, desconsiderando o fator qualidade, ele pode estar acabando com o motor do seu carro. “Quando é um produto que requer uma qualidade diferenciada, o barato pode sair caro”, diz a educadora.

Propaganda
Saber analisar bem uma propaganda publicitária também ajuda a evitar as falsas economias. De acordo com Márcia, campanhas publicitárias que anunciam preços muito fora do comum podem esconder informações importantes. Quando um fabricante de automóveis anuncia seus produtos a baixíssimos preços, isso pode estar acontecendo porque, em poucos meses, o carro irá sair de linha. É preciso avaliar, portanto, se a desvalorização do carro compensa adquiri-lo pelo preço anunciado.

Isso acontece com qualquer bem, desde equipamentos eletrônicos que estão saindo de linha até geladeiras, por exemplo, vendidas a preços baixos por consumirem muita energia. A dica é não deixar se envolver pela propaganda e pelo preço e saber avaliar os itens que podem gerar mais gastos posteriormente.

Quanto vale o seu tempo?
Márcia também acredita que investir tempo fazendo pesquisa de preço nem sempre resulta em economia. Se o profissional trabalha e estuda, por exemplo, fazer uma pesquisa de preço - que exige que ele vá de uma loja a outra - pode ser um grande desperdício de tempo.

A ideia é avaliar o quanto custa o seu tempo. Será que a economia que você vai conseguir, ao fazer essa pesquisa, paga o preço do tempo que você investiu nesse trabalho? Se o tempo for precioso para você, a pesquisa de preço pode sair bem caro.

Economizar para quê?
De acordo com o educador financeiro Reinaldo Domingos, para economizar, o consumidor precisa desenvolver algumas estratégias. Reduzir custos, por exemplo, sem ter um objetivo para isso, normalmente não leva a nada. “De nada adianta, simplesmente, resolver cortar as despesas. Temos que ter motivos para fazer esses cortes”, analisa Domingos.

O educador entende que, quando o consumidor não tem uma meta clara, que deverá motivá-lo a fazer uma economia, o resultado pode ser simplesmente economizar de um lado e gastar mais de outro. “Corto a TV a cabo, mas vou alugar mais filme”, exemplifica o educador.

É preciso, portanto, que a pessoa tenha um objetivo específico para fazer determinada economia, assim, ela acaba se comportando de modo que tudo convirja para esse corte de custos e acaba aproveitando melhor e de forma mais coerente as promoções, por exemplo.

Fonte: Infomoney


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Programa de Microcrédito terá juros reduzidos para 5%, diz Dilma

  Segundo a presidente, país tem quase 3 milhões de microempreendedores. R$ 4,6 bilhões já foram emprestados por meio do programa Crescer.

Notícias Gerais, por Redação

Indexação da economia brasileira está diminuindo, diz Mantega

  O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira que a inflação no Brasil está em trajetória descendente e que a indexação da economia está diminuindo.

Notícias Gerais, por Redação

Bom humor na Europa contagia bolsa brasileira

Sem referência das bolsas nos Estados Unidos, fechadas por causa do feriado do Dia do Trabalho, o Ibovespa se manteve no campo positivo, puxado pelo bom humor na Europa.

Notícias Gerais, por Redação

INSS pede mais tempo para fazer revisão de 5 milhões de benefícios

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) calcula que precisa de, no mínimo, seis meses para fazer a revisão dos benefícios por incapacidade, determinada em abril pela Justiça.

Notícias Gerais, por Redação

É prudente tomarmos medidas preventivas contra crise, diz Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira (30) ser prudente o Brasil tomar medidas preventivas para enfrentar a crise externa.

Deixe seu Comentário:

=