Publicado por Redação em Notícias Gerais - 06/09/2012 às 08:48:28

Menos juros e mais crédito

Há um ano, o governo brasileiro tomou a decisão de iniciar o ciclo de cortes da taxa básica de juros, a Selic, que recuou gradualmente do elevado patamar de 12,5% para os atuais 7,5%, atingidos após nova redução anunciada na última semana pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Os reflexos dessa mudança sobre nossa economia são positivos e permitem que o governo continue ganhando fôlego para fazer os investimentos de que o nosso país precisa.

Para as empresas e o consumidor comum, no entanto, a queda da Selic demora a fazer sentido, já que os juros abusivos cobrados pelos empréstimos bancários continuam sendo um entrave ao grande potencial de consumo do nosso mercado interno. Isso porque, como se sabe, a queda da Selic não vem sendo acompanhada de redução dos spreads bancários.

Por outro lado, as medidas adotadas pelo governo federal para estimular a competição entre os bancos, por meio do aumento da oferta de crédito e de juros menores pelos bancos públicos, já têm surtido resultados.

Segundo dados do Banco Central, no segundo trimestre, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil foram responsáveis por quase 70% do aumento total do crédito no país, que chegou a R$ 93 bilhões.

Além disso, nos últimos meses, a portabilidade de crédito deslanchou. No segundo trimestre, cerca de 27 mil pessoas migraram suas dívidas para a Caixa, um aumento de 123% em relação ao primeiro trimestre.

O Banco do Brasil, que cortou as taxas de juros em até 30%, aumentou em 20,6% a concessão de empréstimos consignados, em relação ao mesmo período de 2011.

Após o anúncio do último corte da Selic, além dos bancos públicos, alguns bancos privados decidiram reduzir suas taxas para crédito pessoal, financiamentos de veículos e empréstimos de capital de giro. Ainda que as reduções tenham sido pequenas, já indicam uma mudança de comportamento.

Neste cenário, as condições para a retomada do avanço da oferta de crédito começam a se consolidar. Além da queda da Selic e da estratégia de forçar a competição entre os bancos, a estabilização da inadimplência e renegociação das dívidas das famílias deverão contribuir para uma expansão de 15% ainda neste ano, de acordo com previsão do BC.

O governo segue firme para buscar a aceleração da atividade econômica, criando condições para destravar o consumo, sem deixar de lado a importância dos investimentos.

A redução dos juros, a prorrogação das desonerações de alguns setores da economia, o empenho para reduzir custos de produção e o recém-lançado programa de concessões evidenciam o esforço em melhorar os investimentos privados e em solucionar alguns dos principais gargalos do nosso crescimento.

A previsão de aumento de 8,9% nos investimentos federais no Orçamento Geral da União para 2013, em relação a 2012, mostra que o governo continuará exercendo seu papel de indutor do desenvolvimento, investindo mais, não só para crescer mais, mas para garantir que o crescimento continue aplacando nossas desigualdades sociais e melhorando a vida da população.

Fonte: www.brasileconomico.ig.com.br


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Empresas digitalmente maduras são 26% mais lucrativas, aponta estudo

A Capgemini Consulting em parceria com o Centro de Negócios Digitais do MIT anunciou os resultados de uma pesquisa global que analisa como as companhias estão lidando e se beneficiando com a "transformação digital"

Notícias Gerais, por Redação

Investimentos isentos de IR ganham espaço com os juros em queda

Diferentes modalidades de investimentos isentas de imposto de renda (IR) têm atraído cada vez mais brasileiros, carentes por diversificação desde o início da trajetória de queda dos juros no País.

Notícias Gerais, por Redação

Presidente da Câmara descarta convocação de Mantega no plenário

O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), descartou nesta terça-feira (7) uma convocação, no plenário, do ministro Guido Mantega (Fazenda) para prestar esclarecimentos sobre mudanças no comando da Casa da Moeda.

Notícias Gerais, por Redação

Desemprego recua nas regiões metropolitanas em outubro, diz IBGE

A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país desacelerou para 5,8% em outubro, ante 6% verificados em setembro.

Deixe seu Comentário:

=