Publicado por Redação em Notícias Gerais - 23/12/2013 às 10:28:13

IPI de carros, eletros e móveis deve subir em janeiro; vale comprar agora?

O IPI (Imposto sobre Produção Industrial) cobrado sobre carros, eletrodomésticos, móveis e painéis deve subir em janeiro, de acordo com o cronograma previsto pelo Ministério da Fazenda.

Especialistas dizem, porém, que o consumidor não deve ir às compras ou se comprometer com financiamentos por esse motivo. O ideal, segundo eles, é esperar a definição sobre como será feita a cobrança em 2014.

 As alíquotas cobradas atualmente sobre esses produtos estão reduzidas. Essa redução foi adotada pelo governo por várias vezes nos últimos anos para estimular o consumo e a criação de emprego no país.

O Ministério da Fazenda ainda não anunciou, no entanto, se fará a recomposição do imposto de uma vez só ou gradualmente. As alíquotas atuais têm validade apenas até 31 de dezembro.


Compra, só se tiver sido planejada

Para especialistas em finanças pessoais, o consumidor não deve ir às compras apenas porque teme o aumento do preço dos produtos em janeiro.

Ricardo Humberto Rocha, professor de finanças do Insper, diz que a compra do carro, por exemplo, só deve ser feita em caso de necessidade.

"Nesse caso, com certeza vale a pena comprar agora", afirma. "Mas quem puder deve esperar, porque o governo costuma deixar a decisão [sobre o aumento] para a última hora para contar com picos de venda nessa época."

O economista Samy Dana, professor da FGV-SP, diz ainda que se endividar para aproveitar o IPI reduzido é um erro.

"Se a pessoa entra no cheque especial ou usa o rotativo do cartão de crédito, por exemplo, que são linhas que têm juros muito altos, o benefício do imposto reduzido se perde", afirma.

 

Imposto sobre carros

As alíquotas de IPI cobradas sobre carros com motor até 2.0 e veículos comerciais leves deveriam ter começado a subir em março deste ano. O governo, no entanto, decidiu prorrogar o desconto.

Carros zero quilômetro com motor 1.0, por exemplo, estão com IPI de 2%, enquanto a alíquota original é de 7%.

No caso de eletrodomésticos da chamada linha branca (geladeira, máquina de lavar roupa e tanquinho), desde o fim de 2011 os produtos que têm bom desempenho de gasto de energia (selo de eficiência energética "A") estão com IPI mais baixo.

O governo começou a recompor o IPI dos eletrodomésticos gradualmente em fevereiro deste ano.

A modificação mais recente foi feita em outubro, quando o imposto cobrado sobre o fogão (que também estava incluído na lista inicialmente) voltou ao patamar original de 4%, mas aquele cobrado sobre a geladeira, por exemplo, ficou em 10% (o original é 15%).

O IPI de móveis e painéis, que foi cortado em 2009, também vem sendo recomposto desde fevereiro. Em outubro, nos dois casos o imposto foi fixado em 3,5%. O original é 10%.

 

Pedido de prorrogação

A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) pediu formalmente ao governo, há alguns dias, a extensão da redução no IPI da linha branca.

O Ministério da Fazenda não tem previsão sobre quando falará do assunto.

Quando anunciou a recomposição de parte do IPI sobre eletrodomésticos, móveis e painéis, em outubro, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, disse que a decisão sobre o que fazer em janeiro seria discutida mais tarde.

"Observamos que a economia no segundo semestre está apresentando bom comportamento. As vendas estão indo bem, a produção está indo bem, e portanto caberia a recomposição das alíquotas", disse, na ocasião.

Recentemente, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, disse que "é muito provável" que o governo atenda ao pedido das montadoras de estender a validade das cotas atuais até março do próximo ano.

"A decisão é do Ministério da Fazenda, mas eu acredito que [o IPI com alíquota reduzida] deve ser prorrogado. Depende de o governo ter atingido as metas fiscais, mas é muito provável. De qualquer forma, o ministro [da Fazenda] Guido [Mantega] informará a decisão a tempo", afirmou Pimentel.

Fonte: www.uol.com.br


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