Publicado por Redação em Previdência Corporate - 11/12/2012 às 07:03:46
Investidor tem 3 semanas para aplicar em previdência e pagar menos IR
O poupador tem três semanas para garantir um pagamento um pouco menor de Imposto de Renda no ano que vem. Esse é o prazo final para que aplicações em planos de previdência privada do tipo PGBL possam ser deduzidas do Imposto de Renda a ser pago no ano que vem.
O investimento em um PGBL assegura uma dedução no IR limitada a 12% da renda anual sujeita à mordida da Receita Federal.
Por exemplo, um poupador com renda mensal de R$ 3.000 vai ter um rendimento tributável de R$ 36 mil no ano (R$ 3..000 x 12 meses) e deverá à Receita R$ 2.032, por hipótese (sem considerar eventuais deduções). Contribuindo para um PGBL, o valor de referência para a cobrança do imposto cai para R$ 31.800 e o imposto devido emagrece para R$ 1.398 --uma diferença de R$ 633 em relação ao primeiro caso.
¨Esse benefício somente o PGBL tem. Tanto que a primeira providência que um consultor financeiro faz quando recebe um cliente é perguntar se tem esse tipo de plano”, diz Osvaldo do Nascimento, vice-presidente da Fenaprevi (a entidade que representa as entidades do setor).
Essa vantagem, no entanto, somente é permitida caso o contribuinte declare pelo modelo completo do IR. Caso considere mais vantajoso a declaração pelo modelo simplificado, o plano de previdência privado sugerido é o VGBL.
Vários bancos e a própria Receita Federal oferecem simuladores para que o investidor calcule qual o tipo de declaração é melhor e qual o valor do desconto no IR (caso opte pelo PGBL).
Os planos de previdência privados não são os únicos, e em alguns casos, nem os melhores meios de acumular renda para a aposentadoria. Mas esses produtos têm algumas vantagens sobre outras opções, dizem consultores.
Os fundos de investimentos pagam o Imposto de Renda a cada seis meses, o que diminui o valor acumulado e dilui o efeito dos juros. Os CDBs somente pagam IR no resgate mas são produtos que expiram em no máximo quatro anos. A poupança não tem data de vencimento nem paga imposto, mas seu rendimento é mais baixo.
O dinheiro investido no PGBL e no VGBL somente recebe a mordida do Leão na hora do saque. Mas os dois tipos de plano também possuem diferenças importantes.
O VGBL não conta com o benefício do Imposto de Renda oferecido pelo PGBL, mas em compensação, o imposto somente é cobrado em cima de quanto o dinheiro aplicado rendeu.
A mordida do Leão é mais cruel no caso do PGBL: o imposto é cobrado sobre o total do dinheiro acumulado (as contribuições feitas mais os rendimentos).
Por esse motivo, especialistas financeiros recomendam que o dinheiro devolvido pela Receita –no caso dos PGBLs – seja sempre reaplicado no próprio plano, para aumentar a quantia acumulada para a aposentadoria.
Saiba como escolher o seu plano PGBL
Profissionais do setor de previdência recomendam que o investidor também preste atenção à forma de tributação do PGBL escolhido. Há dois modelos: progressivo e regressivo.
O regime progressivo é mais indicado caso o poupador tenha a intenção de resgatar o valor acumulado no curto prazo (menos de cinco anos). Nesse caso, vale a mesma regra para o Imposto de Renda comum: a mordida do Leão aumenta com o valor: até R$ 26.961, a parcela do IR é de 7,5% do total. Acima de R$ 44.918,28, sobe para 27,5%.
Já o regime regressivo beneficia quem vai deixar o dinheiro rendendo por mais de dez anos. Após esse prazo, a mordida do IR cai para 10%.
“A recomendação, na maioria dos casos, é optar pelo PGBL com regime regressivo”, diz Silas Kasahaya ,superintendente de Vida e Previdência da Porto Seguro.
Fonte: Uol
Posts relacionados
Previdência Social - quem pode contribuir com alíquota de 5%?
Desde 2003 a Constituição Federal já vinha prevendo propostas de inclusão previdenciária para as donas de casa e cidadãos de baixa renda.
Aposentado: INSS tem 45 dias para pagar atrasados
As decisões dos juízes federais em ações previdenciárias serão executadas em até 45 dias com a adoção das recomendações feitas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Cada vez mais, brasileiros recorrem á previdência privada
A fisioterapeuta Cilene de Oliveira, 62 anos, não quer saber de pendurar as chuteiras. "Aposentar agora? Nem pensar", trata logo de dizer, sempre que questionada sobre o assunto. Para ela, há muito o que produzir.
Plano Brasil Maior não retira recursos da Previdência, diz governo
O Plano Brasil Maior foi instituído pela MP 540 e estabelece a política industrial, tecnológica, de serviços e de comércio exterior para o período de 2011 a 2014.
Planos de previdência para crianças custam a partir R$ 25 por mês
A vida universitária de Kátia Regina, hoje com 32 anos, foi muito parecida com a de diversos jovens da classe média brasileira. Tanto com os de sua época, no fim dos anos 1990, como com os de agora. Por cursar uma faculdade privada, precisou bancar os próprios estudos.