Publicado por Redação em Notícias Gerais - 06/07/2012 às 10:52:14

IBGE: inflação tem menor variação desde agosto de 2010

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,08% em junho, após alta de 0,36% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Trata-se da menor variação desde agosto de 2010, quando subiu 0,04% e veio abaixo do esperado pelo mercado.

No acumulado de 12 meses até junho, o IPCA avançou 4,92% no mês passado, mostrando queda ante os 4,99% de maio. É a menor variação desde setembro de 2010, quando a alta ficou em 4,70%, e aproximando-se do centro da meta oficial de inflação do governo, de 4,5%. Analistas ouvidos pela Reuters esperavam alta de 0,11% no mês passado, acumulando em 12 meses ganho de 4,95%. Para a variação mensal, as projeções ficaram entre 0,09% e 0,17%.

De acordo com o IBGE, o grupo transporte foi o principal responsável pelo resultado de junho, com queda de 1,18% nos preços. O destaque ficou para o item automóveis novos que, por conta da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) anunciada pelo governo, registrou queda de 5,48% nos preços. O movimento acabou impactando também o mercado de automóveis usados, cujos preços recuaram 4,12% no mês passado.

O IBGE informou ainda que o grupo alimentação e bebidas desacelerou a alta de preços em junho, quando comparada com maio, de 0,73% para 0,68%. O grupo habitação também mostrou o mesmo movimento, com a alta nos preços desacelerando de 0,80% para 0,28% no período. A alta dos preços vêm dando sinais de arrefecimento há algum tempo, como mostraram vários indicadores de inflação.

O IPCA-15 - considerado uma prévia da inflação oficial - de junho havia registrado avanço de 0,18%, segundo o IBGE divulgou em 21 de junho. O resultado veio abaixo do esperado pelo mercado e mostrou desaceleração ante os 0,51% de maio.

Esse cenário reforça as perspectivas de mais reduções na Selic, hoje na mínima histórica de 8,50% ao ano, abrindo espaço para o Banco Central continuar impulsionando a atividade econômica. A autoridade monetária já reduziu a Selic em 4 pontos percentuais desde agosto passado e deve realizar ainda mais reduções, como indicado na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Pesquisa da Reuters mostrou que todos os 42 analistas consultados esperam que a taxa básica vai cair para 7,50% na próxima semana, quando o Copom se reúne novamente.

Junto com as medidas de estímulo anunciadas pelo governo, o objetivo é impulsionar a atividade no país, afetada pela crise internacional. O mercado vem reduzindo sucessivamente suas expectativas de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano: atualmente, prevê que ela ficará em 2,05%.

Para o IPCA, a previsão dos analistas que participam do Focus é de que o índice terá neste ano uma alta de 4,93%, e em 2013 de 5,50%.

Já o BC, em seu Relatório de Inflação, piorou suas perspectivas ao projetar que o IPCA subirá 4,7% pelo cenário de referência, ante previsão anterior de 4,4%, devido à alta do dólar frente ao real.

Fonte: Terra


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Mais de 60% dos brasileiros acham que o acesso ao crédito está mais fácil

No Brasil, o acesso ao crédito tem se tornado cada vez mais fácil, pelo menos na percepção de 60,9% dos brasileiros.

Notícias Gerais, por Redação

Após abertura positiva, Ibovespa vira e registra queda de 0,3%

Após iniciar o pregão com leve alta, o Ibovespa já passa a operar no campo negativo nesta primeira meia hora de negociações desta segunda-feira (2). Às 10h29 (horário de Brasília), o benchmark da bolsa brasileira recuava 0,33%, aos 64.298 pontos.

Notícias Gerais, por Redação

Cidades do País têm alta de 31,2% nos investimentos em 2010

Em 2010, os investimentos nos municípios brasileiros registraram alta de 31,2%, a R$ 36,35 bilhões, conforme o anuário Multi Cidades - Finanças dos Municípios do Brasil lançado neste mês pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP).

Notícias Gerais, por Redação

América Latina entra em clima de declínio econômico, diz FGV

Uma piora das avaliações a respeito da situação atual da economia e das expectativas futuras fez o Índice de Clima Econômico (ICE) da América Latina recuar de 5,6 para 4,4 pontos entre julho e outubro deste ano, segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com o Instituto Ifo.

Deixe seu Comentário:

=