Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 28/06/2011 às 15:15:02
HTAi debate universalização da saúde, gastos públicos e inovação tecnológica
Um dos principais desafios dos países que adotam políticas de universalização da saúde é a sustentabilidade do sistema público, que garanta o equilíbrio entre a incorporação de novas tecnologias para melhorar o atendimento da população com o aumento dos gastos. A avaliação é do secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.
Segundo ele, que participou nesta segunda-feira (27), no Rio de Janeiro, da 8ª Conferência Internacional de Avaliação de Tecnologias em Saúde (HTAi), é preciso fazer uma avaliação criteriosa e racional do uso dessas tecnologias, que podem ser equipamentos, vacinas ou produtos diversificados, e do impacto que geram nos cofres públicos, para que os ganhos obtidos sejam os maiores possíveis.
“O Brasil está próximo à fronteira mundial na incorporação de tecnologias [em saúde] e chegou o momento de sermos muito cuidadosos para que essa tecnologia tenha base científica que permita ganhos efetivos à população e não gerem apenas interesses econômicos por parte do setor produtivo”, disse Gadelha.
O representante do governo federal citou a inclusão no calendário nacional de vacinação a imunização contra rotavírus, meningite C e pneumonia pneumocócica como exemplos de novas tecnologias incorporadas no Brasil com base em critérios racionais de redução de mortalidade e internação de crianças. “Só no caso da pneumonia, conseguimos reduzir em 80% as internações nos últimos anos”, acrescentou.
De acordo com Gadelha, a publicação da Lei 12.401, em abril, representa um avanço no esforço do Brasil de se aproximar dos modelos de orientação tecnológica para inclusão no sistema de saúde considerados mais modernos do mundo, praticados em países como Inglaterra e Canadá.
Pela nova legislação, uma comissão nacional, formada por especialistas de diversas áreas ligados ao ministério, fica responsável por avaliar as incorporações propostas pelo governo, em um prazo 180 dias (prorrogável por 90 dias), com base “no melhor conhecimento científico naquele momento”. “Isso faz parte de uma estratégia do Brasil de transformar conhecimento em bens e serviços para a população, ou seja, em riqueza social”, disse o representante do Ministério da Saúde.
O HTAi 2011, aberto no sábado (25), no Rio de Janeiro, prossegue até quarta-feira (29), com especialistas de cerca de 50 países. É a primeira vez que o encontro é promovido em um país da América Latina.
Fonte: www.saudeweb.com.br | 28.06.11
Posts relacionados
A importância da vacinação em adultos
Dados do Ministério da Saúde apontam que apenas metade dos brasileiros entre 20 e 29 tomaram vacina contra a hepatite B. Baixa imunização pode levar a formas mais agressivas da doença
ConsultaClick ultrapassa 1 milhão de consultas disponíveis
Fundado em 2010 pelo médico João Paulo Nogueira Ribeiro, o ConsultaClick ultrapassou o número de 1 milhão de consultas online disponíveis. Qualquer pessoa pode agendar um horário com seu médico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, entre outras especialidades por meio do site.
Brasil e EUA firmam parceria para desenvolver vacina que previne a dengue
A dengue ainda é uma doença que não conta com remédio específico para tratá-la tampouco vacina para preveni-la. Diante desse cenário, 35 especialistas do mundo estão reunidos hoje (15), em São Paulo, a fim de discutir estratégias para o desenvolvimento de uma vacina que combata a doença.
Cérebro é capaz de aprender durante o sono
Matéria controversa durante séculos, deixada ao deleite dos "caçadores de mitos", só há pouco tempo os cientistas começaram a admitir que que é possível aprender dormindo.
Hepatites: vacina e cuidados podem evitar a doença silenciosa
Cerca de 60% dos pacientes com problemas no fígado são portadores de hepatite, informa levantamento realizado pela Secretaria da Saúde de São Paulo.