Publicado por Redação em Gestão do RH - 09/12/2025 às 22:08:32

Geração Z valoriza o presencial e a estabilidade

Pesquisa revela que jovens preferem ensino presencial e emprego formal, mesmo em plena era digital.

 

Em meio ao avanço da tecnologia e à consolidação dos modelos híbridos de estudo e trabalho, um levantamento realizado pela Demà e pela Nexus Pesquisa apresenta um retrato que contraria percepções comuns sobre a Geração Z. Apesar de nascerem conectados e crescerem em ambientes digitais, a grande maioria dos jovens brasileiros ainda valoriza formatos tradicionais de aprendizado e emprego.

De acordo com o estudo, que ouviu 2.016 jovens entre 14 e 29 anos, 81% afirmam aprender melhor no ensino presencial, enquanto apenas 13% veem maior rendimento no ensino remoto ou no modelo a distância (EAD). Outros 4% dizem não notar diferença, e 2% não souberam responder.

O dado reforça a importância da interação humana no processo de aprendizagem — especialmente entre os mais novos. A percepção de maior rendimento no presencial é ainda mais forte entre os jovens de 14 a 18 anos (85%) e nas regiões Norte e Centro-Oeste (84%). Já no Sul, essa preferência cai para 77%.

O levantamento também aponta que 69% dos jovens acreditam que a inteligência artificial é uma aliada nos estudos, enquanto 24% enxergam riscos ou impactos negativos no uso da ferramenta.

Estabilidade profissional ainda é prioridade

No mercado de trabalho, o comportamento da juventude também contraria estereótipos. A pesquisa revela que 69% preferem um emprego com carteira assinada, reforçando a busca por segurança, benefícios e direitos trabalhistas. Apenas 29% dizem preferir trabalhos informais ou sem rotina fixa. Outros 2% não souberam responder.

Quando o tema é modelo de trabalho, o equilíbrio ganha destaque:

  • 48% preferem o formato híbrido, dividido entre dias presenciais e remotos;

  • 39% optam pelo presencial integral;

  • 11% escolhem o trabalho totalmente remoto;

  • 2% não opinaram.

Os dados mostram que, mesmo adaptados às ferramentas digitais, os jovens valorizam a convivência presencial e o senso de pertencimento que o ambiente físico pode oferecer.

“Geração digital” mais pragmática

Para Juan Carlos Moreno, diretor da Demà, os resultados expõem uma dualidade que ajuda a entender melhor o comportamento dessa geração.

“Os dados revelam uma juventude pragmática, que reconhece a inteligência artificial como aliada, mas não abre mão da segurança de um emprego formal nem da riqueza da interação humana no aprendizado”, afirma.
“É uma geração que busca equilíbrio entre o tecnológico e o tradicional, combinando o melhor dos dois mundos para construir seu futuro.”

O levantamento indica que, apesar de viverem em um mundo hiperconectado, os jovens brasileiros seguem valorizando estruturas sociais clássicas — e apontam para uma tendência sólida no futuro do mercado de trabalho e da educação no país.

Fonte: Mundo RH


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