Publicado por Redação em Mercado - 08/11/2022 às 17:24:30

Futuro do trabalho: os líderes que moldam o escritório do amanhã



Do que estamos realmente falando quando falamos sobre o “futuro do trabalho”?

Quase três anos desde o início da pandemia, esse questionamento permanece. O termo “futuro do trabalho” se tornou, sim, um sinônimo preguiçoso de trabalho híbrido, um substituto abrangente para tecnologias como automação e inteligência artificial e um cartão de visita para consultores de trabalho que tentam lucrar com um momento disruptivo. 

Mas também é uma abreviação para as conversas cruciais que devem ser mantidas sobre como criar oportunidades para aqueles que não as têm, resolver a escassez persistente de habilidades, equilibrar flexibilidade com colaboração e lidar com as crises de esgotamento e saúde mental que os últimos anos causaram.

A lista inaugural Future of Work 50 da Forbes destaca os executivos, empresas, pensadores e inovadores que estão ajudando a moldar essas conversas – ou cujo alcance os coloca em posição de impactar milhões de profissionais. 

Alguns são CEOs de alto nível que lideram empresas de bilhões de dólares cujas tecnologias, empreendimentos filantrópicos ou práticas de trabalho os tornaram referência. 

Outros são líderes de startups relativamente desconhecidos inventando novas ferramentas, ativistas conduzindo novas políticas ou movimentos, pesquisadores trabalhando para entender as mudanças que estão ocorrendo ou pessoas criando novos modelos de trabalho. Em meio ao debate em andamento sobre o propósito do escritório, muitos deles estão projetando espaços de trabalho que trazem elementos lúdicos ou eco-friendly, na esperança de que o escritório possa realmente voltar a ser um destino.

Para criar essa lista, consultamos mais de duas dúzias de consultores, acadêmicos, analistas e executivos – além de explorar as mentes de repórteres e editores da Forbes – perguntando quem eles acham que teve influência no mundo do trabalho em evolução, especialmente nesses últimos dois anos. Quem está criando ferramentas inovadoras ou úteis? Quais líderes têm o privilégio de serem influentes e causar impacto? Quem eles estão lendo ou seguindo – e cujas ideias moldam a forma como vemos o trabalho agora? Depois de receber quase 200 indicações, reduzimos a lista para 50, pesando impacto, alcance e criatividade.

Uma lista como essa nunca vai ser completa – e também não é uma classificação; os nomes são listados apenas em ordem alfabética. Ainda assim, os 50 nomes oferecem um retrato dos executivos poderosos, pensadores criativos e vozes amplamente seguidas que estão colocando sua marca no mundo do trabalho atualmente.

Veja alguns deles.

Iman Abuzeid
Incredible Health • Cofundadora e CEO


Em 2017, a médica Abuzeid fundou a Incredible Health com o diretor de tecnologia Rome Portlock, criando o que tem sido chamado de “Linked-up turbinado para enfermeiros” em meio a uma escassez crítica de prestadores de serviços de saúde. A empresa usa learning machine e um algoritmo para ajudar os hospitais a combinar enfermeiros com as melhores vagas, invertendo a equação de contratação. Assim, os hospitais pagam para competir por enfermeiros, que se inscrevem gratuitamente na plataforma. Em agosto, a empresa levantou uma rodada de financiamento Série B de US$ 80 milhões (R$ 410 milhões), tornando Abuzeid uma das poucas fundadoras negras que administram empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões). Em seguida, ela quer expandir para a contratação de outros profissionais na área da saúde.

Andrew Barnes & Charlotte Lockhart
4 Day Week Global • Cofundadores


Enquanto o esgotamento dos funcionários e um mercado de trabalho apertado levaram muitas empresas a testar semanas de trabalho mais curtas, a 4 Day Week Global ajudou a dar peso global ao conceito. A comunidade sem fins lucrativos começou como um experimento na empresa de planejamento imobiliário de Barnes, a Perpetual Guardian, em 2018. Lockhart, sua esposa e cofundadora, desempenha o papel de visionária, conversando com empresas e governos para levá-los a bordo com testes que incluem um piloto de seis meses no Reino Unido com mais de 70 empresas. Em março, ela passou as funções de CEO para Joe O’Connor, que está coordenando pilotos nos EUA, Irlanda e Canadá.

Nicholas Bloom
Universidade de Stanford • Professor de economia


Bloom, um economista que estuda práticas de gestão e políticas de home office há anos, de repente viu sua pesquisa ter alta demanda durante a pandemia. Juntamente com acadêmicos do ITAM no México e da Universidade de Chicago, ele agora publica uma atualização mensal sobre as práticas de trabalho em casa e as atitudes dos trabalhadores em relação ao trabalho remoto. Além de gerar alguns dos dados mais citados e respeitados sobre o assunto, Bloom estima que aconselhou ou fez apresentações em 500 organizações desde o início da pandemia. “Esta é a maior mudança individual a atingir os mercados trabalhista e imobiliário em 50 anos e a compreensão é fundamental para ajudar empresas, organizações e políticas.”

Stewart Butterfield
Slack • Cofundador e CEO


O cofundador da popular ferramenta de mensagens Slack se mudou de São Francisco para Aspen durante a pandemia, e esquiou 76 dias em uma temporada, uma mudança que deixou claro que o trabalho híbrido veio para ficar. Desde que a empresa foi adquirida pela Salesforce no ano passado, Butterfield se esforçou para oferecer às equipes novas maneiras de se comunicar – expandindo para áudio e vídeo e uma nova ferramenta de “superfície” colaborativa, o Canvas. O consórcio de pesquisa que o Slack fundou, o Future Forum, tornou-se uma fonte influente de informações sobre hábitos e sentimentos no trabalho remoto. 

Brian Chesky
Airbnb • Cofundador e CEO


Muitas empresas anunciaram políticas de anywhere office, ou “trabalho de qualquer lugar”, mas poucas chamaram a atenção que a Chesky’s fez quando foi anunciada em abril. A empresa permite que os funcionários passem até 90 dias por ano em mais de 170 países e se mudem para qualquer lugar em seu país de origem sem remuneração reduzida. O Airbnb também chamou a atenção por sua abordagem transparente em relação às demissões no início da pandemia, quando os negócios caíram 80% em semanas. A empresa de Chesky agora está em parceria com governos locais para criar centros de informações digitais sobre questões como requisitos de visto para nômades digitais no já presente futuro do trabalho.

Jane Fraser
Citigroup • CEO


A primeira mulher a comandar um importante banco de Wall Street, Jane Fraser colaborou para que o Citigroup fosse uma das primeiras empresas a adotar o regime híbrido para grande parte de seus funcionários – em um momento no qual as empresas já requisitavam o retorno totalmente presencial. Nesse mesmo anúncio, Fraser lançou as “sextas-feiras sem Zoom” e enfatizou a necessidade de impor limites saudáveis ao trabalho em um ramo que pouco conhece isso. Ela também lidera uma das primeiras companhias de grande porte que divulgaram que vão cobrir os custos para suas funcionárias saírem de seus estados para fazerem abortos, enfrentando críticas de congressistas do Texas. Finalmente, em parceria com a diretora do RH do Citigroup, Sara Wechter, ela expandiu as metas de representatividade de grupos sociais diversos e se comprometeu a expor as faixas salariais em todos os anúncios de vagas da empresa nos EUA.

Beth Galetti
Amazon • Diretora de Recursos Humanos


Como diretora de recursos humanos da Amazon – que contava com mais de 1,6 milhões de trabalhadores no final de 2021 e que quase tirou a posição do Walmart de empresa com maior número de funcionários nos EUA – Beth Galetti tem supervisionado a massiva expansão dos funcionários da multinacional e participado dos esforços para inserir a tecnologia no processo de contratações e recursos humanos, o que permitiu a contratação de tanta gente. Relatos da mídia têm criticado duramente as maneiras como os sistemas de RH se transformaram com o crescimento e a companhia enfrenta tentativas de sindicalização de seus funcionários – os quais reivindicam melhores salários e segurança. Mesmo assim, as decisões feitas por Galetti, que disse que a empresa iria aumentar seus investimentos em capacitação dos seus empregados, têm um gigante efeito por conta da enorme quantidade de trabalhadores da Amazon.

Katy George
McKinsey & Co • Diretora de Recursos Humanos


Katy George, uma antiga sócia das operações da McKinsey que trabalhava em questões de logística e performance de produção, agora está tentando otimizar as próprias operações com pessoas na sua companhia. Em um momento no qual a importante firma de consultoria tem enfrentado críticas por elevar a competição entre jovens talentos, George, em parceria com o sócio-gestor global Bob Sternfels, está provocando importantes mudanças e transformando o modelo de entrevista de contratação para muitos candidatos. Também está dobrando o número de fontes das quais a empresa recruta talentos – de 700 em 2020 para 1400 – e buscando apoiar estagiários e aprendizes com capacitações em uma companhia muito conhecida pelos seus títulos Ivy League, das melhores universidades dos EUA.

Lisa Gevelber
Google • Diretora de marketing nas Américas e fundadora da Grow with Google


Em 2017, Gevelber fundou a Grow with Google, a unidade da empresa que supervisiona seu programa de Certificados de Carreira, para ajudar pessoas sem diploma universitário a desenvolver habilidades tecnológicas. Os cursos, em assuntos como análise de dados ou suporte de TI, custam US$ 39 (R$ 200) por mês. Em 2021, o Google tornou os certificados gratuitos para todas as faculdades públicas adicionarem sem nenhum custo e, em maio, disse que cobriria os custos de até 500 funcionários em qualquer empresa dos EUA. Mais recentemente, a empresa adicionou cursos de “especialização industrial” em universidades como a de Columbia e Michigan. “O que estamos tentando fazer é tornar grandes empregos acessíveis a mais pessoas”, disse Gevelber à Forbes.

Adam Grant
The Wharton School, Universidade da Pensilvânia • Professor de Administração e Psicologia e autor de best-sellers


Em cada geração, há um acadêmico que capta o zeitgeist de uma forma que ressoa em um público amplo e impulsiona a mudança. Grant é uma figura assim, um autor best-seller e psicólogo organizacional que estudou a ciência por trás da generosidade, motivação, propósito e luto. Talvez impulsionado por sua pesquisa sobre se doar, Grant pode parecer onipresente – aconselhando a mais recente startup relacionada ao trabalho, fazendo parceria com a ex-COO do Facebook Sheryl Sandberg ou escrevendo artigos sobre assuntos como a finitude. Precisamos que Grant nos diga que as pessoas trabalham mais quando se sentem valorizadas? Não. Mas ao fazer isso com dados, ele reforça o poder que temos ao nos conectarmos como seres humanos.

Kathleen Hogan
Microsoft • Diretora de Recursos Humanos


Como parceira do CEO da Microsoft na reformulação da cultura da empresa, Hogan lidera os recursos humanos da gigante de tecnologia e ajudou a transformá-la em um guia de talentos. Em junho, por exemplo, a Microsoft foi vista na vanguarda quando prometeu colocar faixas salariais em todas as vagas de emprego, mesmo em lugares onde isso ainda não é obrigatório por lei. A empresa também disse que estava removendo cláusulas de não concorrência dos acordos de funcionários dos EUA. Ex-desenvolvedora de software e consultora da McKinsey, Hogan seguiu um caminho pouco tradicional para a função de RH. Ela também tem promovido seus colegas, iniciando o CHRO Summit da Microsoft em 2019.

Drew Houston
Dropbox • Cofundador e CEO


Houston e sua equipe foram os primeiros a adotar uma abordagem “Virtual First”, ou virtual em primeiro lugar, o que deixou claro que os funcionários deveriam trabalhar praticamente a maior parte do tempo remotamente e se reunir apenas em momentos específicos, para socializar em um happy hour ou trabalhar juntos em um brainstorming. Para enfatizar esse ponto, o Dropbox redesenhou e renomeou seus escritórios como “estúdios” para incentivar reuniões presenciais que tenham um propósito. Reuniões virtuais devem acontecer durante as “horas principais de colaboração”, entre as 9h e 13h, liberando tempo para cada um trabalhar nos seus assuntos e realizar suas necessidades pessoais. Isso dá aos funcionários mais poder sobre quando eles trabalham, não apenas onde. A bolsa anual de US$ 7 mil (R$ 35 mil) para trabalhar de casa pode ser gasta em coisas como creche ou cadeiras ergonômicas.

Nickle LaMoreaux
IBM • Diretora de Recursos Humanos


Descrita por um especialista do futuro do trabalho como o “padrão ouro” para qualificação e requalificação de funcionários, a IBM continua seus esforços em aprendizado, treinamento e remoção de requisitos de graduação sob a liderança de LaMoreaux. Atualmente, cerca de 50% dos empregos da IBM nos EUA não exigem um diploma de quatro anos, e LaMoreaux está trabalhando para aumentar o número de empregos globalmente que não exigem diplomas. Para evitar vieses em relação à formação, os gerentes não podem realizar entrevistas ou publicar vagas de emprego, a menos que sejam certificados em treinamento da IBM que reforce as habilidades.

Morag Lynagh
Unilever • Diretora Global de Futuro do Trabalho


Lynagh liderou o programa U-Work da Unilever desde que foi testado no Reino Unido em 2019, dando aos funcionários a flexibilidade de cargos temporários, mas com benefícios semelhantes aos de empregos permanentes. Com um adiantamento mensal e benefícios modificados, como assistência médica e aposentadoria, os funcionários se candidatam para trabalhar em projetos. Embora a ideia original tenha vindo de pensar em como apoiar os funcionários mais velhos, Lynagh diz que a Unilever rapidamente reconheceu seu apelo para todas as idades. “Isso lhes dá uma alternativa para se arriscar na gig economy”, diz a diretora de futuro do trabalho, além de ajudar a Unilever. 

Donna Morris
Walmart • Diretora de Pessoas


Morris, que ingressou no Walmart no início de 2020 após uma longa carreira na Adobe, agora lidera os recursos humanos da maior empresa privada dos EUA, tomando decisões que impactam mais de dois milhões de funcionários em todo o mundo. Mesmo que tenha que ir mais longe, o Walmart viu as críticas às suas práticas trabalhistas desaparecerem à medida que o varejista aumentava os salários e expandia o treinamento, e Morris acelerou esses esforços. Sob sua supervisão, a varejista lançou uma academia global de qualificação e acrescentou benefícios de fertilidade para os trabalhadores, ao mesmo tempo em que expandiu os reembolsos de educação, evoluindo para habilidades mais orientadas à tecnologia e trazendo mais universidades historicamente negras para seu pipeline de talentos.

O best-seller e psicólogo organizacional Adam Grant, uma das figuras que estão pensando o futuro do trabalho


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Do que estamos realmente falando quando falamos sobre o “futuro do trabalho”?


Quase três anos desde o início da pandemia, esse questionamento permanece. O termo “futuro do trabalho” se tornou, sim, um sinônimo preguiçoso de trabalho híbrido, um substituto abrangente para tecnologias como automação e inteligência artificial e um cartão de visita para consultores de trabalho que tentam lucrar com um momento disruptivo. 

Mas também é uma abreviação para as conversas cruciais que devem ser mantidas sobre como criar oportunidades para aqueles que não as têm, resolver a escassez persistente de habilidades, equilibrar flexibilidade com colaboração e lidar com as crises de esgotamento e saúde mental que os últimos anos causaram.

A lista inaugural Future of Work 50 da Forbes destaca os executivos, empresas, pensadores e inovadores que estão ajudando a moldar essas conversas – ou cujo alcance os coloca em posição de impactar milhões de profissionais. 

Alguns são CEOs de alto nível que lideram empresas de bilhões de dólares cujas tecnologias, empreendimentos filantrópicos ou práticas de trabalho os tornaram referência. 

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Outros são líderes de startups relativamente desconhecidos inventando novas ferramentas, ativistas conduzindo novas políticas ou movimentos, pesquisadores trabalhando para entender as mudanças que estão ocorrendo ou pessoas criando novos modelos de trabalho. Em meio ao debate em andamento sobre o propósito do escritório, muitos deles estão projetando espaços de trabalho que trazem elementos lúdicos ou eco-friendly, na esperança de que o escritório possa realmente voltar a ser um destino.


Para criar essa lista, consultamos mais de duas dúzias de consultores, acadêmicos, analistas e executivos – além de explorar as mentes de repórteres e editores da Forbes – perguntando quem eles acham que teve influência no mundo do trabalho em evolução, especialmente nesses últimos dois anos. Quem está criando ferramentas inovadoras ou úteis? Quais líderes têm o privilégio de serem influentes e causar impacto? Quem eles estão lendo ou seguindo – e cujas ideias moldam a forma como vemos o trabalho agora? Depois de receber quase 200 indicações, reduzimos a lista para 50, pesando impacto, alcance e criatividade.

Uma lista como essa nunca vai ser completa – e também não é uma classificação; os nomes são listados apenas em ordem alfabética. Ainda assim, os 50 nomes oferecem um retrato dos executivos poderosos, pensadores criativos e vozes amplamente seguidas que estão colocando sua marca no mundo do trabalho atualmente.

Veja alguns deles.

Iman Abuzeid
Incredible Health • Cofundadora e CEO


Em 2017, a médica Abuzeid fundou a Incredible Health com o diretor de tecnologia Rome Portlock, criando o que tem sido chamado de “Linked-up turbinado para enfermeiros” em meio a uma escassez crítica de prestadores de serviços de saúde. A empresa usa learning machine e um algoritmo para ajudar os hospitais a combinar enfermeiros com as melhores vagas, invertendo a equação de contratação. Assim, os hospitais pagam para competir por enfermeiros, que se inscrevem gratuitamente na plataforma. Em agosto, a empresa levantou uma rodada de financiamento Série B de US$ 80 milhões (R$ 410 milhões), tornando Abuzeid uma das poucas fundadoras negras que administram empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões). Em seguida, ela quer expandir para a contratação de outros profissionais na área da saúde.


Andrew Barnes & Charlotte Lockhart
4 Day Week Global • Cofundadores


Enquanto o esgotamento dos funcionários e um mercado de trabalho apertado levaram muitas empresas a testar semanas de trabalho mais curtas, a 4 Day Week Global ajudou a dar peso global ao conceito. A comunidade sem fins lucrativos começou como um experimento na empresa de planejamento imobiliário de Barnes, a Perpetual Guardian, em 2018. Lockhart, sua esposa e cofundadora, desempenha o papel de visionária, conversando com empresas e governos para levá-los a bordo com testes que incluem um piloto de seis meses no Reino Unido com mais de 70 empresas. Em março, ela passou as funções de CEO para Joe O’Connor, que está coordenando pilotos nos EUA, Irlanda e Canadá.


Nicholas Bloom
Universidade de Stanford • Professor de economia


Bloom, um economista que estuda práticas de gestão e políticas de home office há anos, de repente viu sua pesquisa ter alta demanda durante a pandemia. Juntamente com acadêmicos do ITAM no México e da Universidade de Chicago, ele agora publica uma atualização mensal sobre as práticas de trabalho em casa e as atitudes dos trabalhadores em relação ao trabalho remoto. Além de gerar alguns dos dados mais citados e respeitados sobre o assunto, Bloom estima que aconselhou ou fez apresentações em 500 organizações desde o início da pandemia. “Esta é a maior mudança individual a atingir os mercados trabalhista e imobiliário em 50 anos e a compreensão é fundamental para ajudar empresas, organizações e políticas.”


Stewart Butterfield
Slack • Cofundador e CEO


O cofundador da popular ferramenta de mensagens Slack se mudou de São Francisco para Aspen durante a pandemia, e esquiou 76 dias em uma temporada, uma mudança que deixou claro que o trabalho híbrido veio para ficar. Desde que a empresa foi adquirida pela Salesforce no ano passado, Butterfield se esforçou para oferecer às equipes novas maneiras de se comunicar – expandindo para áudio e vídeo e uma nova ferramenta de “superfície” colaborativa, o Canvas. O consórcio de pesquisa que o Slack fundou, o Future Forum, tornou-se uma fonte influente de informações sobre hábitos e sentimentos no trabalho remoto. 


Brian Chesky
Airbnb • Cofundador e CEO


Muitas empresas anunciaram políticas de anywhere office, ou “trabalho de qualquer lugar”, mas poucas chamaram a atenção que a Chesky’s fez quando foi anunciada em abril. A empresa permite que os funcionários passem até 90 dias por ano em mais de 170 países e se mudem para qualquer lugar em seu país de origem sem remuneração reduzida. O Airbnb também chamou a atenção por sua abordagem transparente em relação às demissões no início da pandemia, quando os negócios caíram 80% em semanas. A empresa de Chesky agora está em parceria com governos locais para criar centros de informações digitais sobre questões como requisitos de visto para nômades digitais no já presente futuro do trabalho.


Jane Fraser
Citigroup • CEO


A primeira mulher a comandar um importante banco de Wall Street, Jane Fraser colaborou para que o Citigroup fosse uma das primeiras empresas a adotar o regime híbrido para grande parte de seus funcionários – em um momento no qual as empresas já requisitavam o retorno totalmente presencial. Nesse mesmo anúncio, Fraser lançou as “sextas-feiras sem Zoom” e enfatizou a necessidade de impor limites saudáveis ao trabalho em um ramo que pouco conhece isso. Ela também lidera uma das primeiras companhias de grande porte que divulgaram que vão cobrir os custos para suas funcionárias saírem de seus estados para fazerem abortos, enfrentando críticas de congressistas do Texas. Finalmente, em parceria com a diretora do RH do Citigroup, Sara Wechter, ela expandiu as metas de representatividade de grupos sociais diversos e se comprometeu a expor as faixas salariais em todos os anúncios de vagas da empresa nos EUA.


Beth Galetti
Amazon • Diretora de Recursos Humanos


Como diretora de recursos humanos da Amazon – que contava com mais de 1,6 milhões de trabalhadores no final de 2021 e que quase tirou a posição do Walmart de empresa com maior número de funcionários nos EUA – Beth Galetti tem supervisionado a massiva expansão dos funcionários da multinacional e participado dos esforços para inserir a tecnologia no processo de contratações e recursos humanos, o que permitiu a contratação de tanta gente. Relatos da mídia têm criticado duramente as maneiras como os sistemas de RH se transformaram com o crescimento e a companhia enfrenta tentativas de sindicalização de seus funcionários – os quais reivindicam melhores salários e segurança. Mesmo assim, as decisões feitas por Galetti, que disse que a empresa iria aumentar seus investimentos em capacitação dos seus empregados, têm um gigante efeito por conta da enorme quantidade de trabalhadores da Amazon.


Katy George
McKinsey & Co • Diretora de Recursos Humanos


Katy George, uma antiga sócia das operações da McKinsey que trabalhava em questões de logística e performance de produção, agora está tentando otimizar as próprias operações com pessoas na sua companhia. Em um momento no qual a importante firma de consultoria tem enfrentado críticas por elevar a competição entre jovens talentos, George, em parceria com o sócio-gestor global Bob Sternfels, está provocando importantes mudanças e transformando o modelo de entrevista de contratação para muitos candidatos. Também está dobrando o número de fontes das quais a empresa recruta talentos – de 700 em 2020 para 1400 – e buscando apoiar estagiários e aprendizes com capacitações em uma companhia muito conhecida pelos seus títulos Ivy League, das melhores universidades dos EUA.


Lisa Gevelber
Google • Diretora de marketing nas Américas e fundadora da Grow with Google


Em 2017, Gevelber fundou a Grow with Google, a unidade da empresa que supervisiona seu programa de Certificados de Carreira, para ajudar pessoas sem diploma universitário a desenvolver habilidades tecnológicas. Os cursos, em assuntos como análise de dados ou suporte de TI, custam US$ 39 (R$ 200) por mês. Em 2021, o Google tornou os certificados gratuitos para todas as faculdades públicas adicionarem sem nenhum custo e, em maio, disse que cobriria os custos de até 500 funcionários em qualquer empresa dos EUA. Mais recentemente, a empresa adicionou cursos de “especialização industrial” em universidades como a de Columbia e Michigan. “O que estamos tentando fazer é tornar grandes empregos acessíveis a mais pessoas”, disse Gevelber à Forbes.


Adam Grant
The Wharton School, Universidade da Pensilvânia • Professor de Administração e Psicologia e autor de best-sellers


Em cada geração, há um acadêmico que capta o zeitgeist de uma forma que ressoa em um público amplo e impulsiona a mudança. Grant é uma figura assim, um autor best-seller e psicólogo organizacional que estudou a ciência por trás da generosidade, motivação, propósito e luto. Talvez impulsionado por sua pesquisa sobre se doar, Grant pode parecer onipresente – aconselhando a mais recente startup relacionada ao trabalho, fazendo parceria com a ex-COO do Facebook Sheryl Sandberg ou escrevendo artigos sobre assuntos como a finitude. Precisamos que Grant nos diga que as pessoas trabalham mais quando se sentem valorizadas? Não. Mas ao fazer isso com dados, ele reforça o poder que temos ao nos conectarmos como seres humanos.


Kathleen Hogan
Microsoft • Diretora de Recursos Humanos


Como parceira do CEO da Microsoft na reformulação da cultura da empresa, Hogan lidera os recursos humanos da gigante de tecnologia e ajudou a transformá-la em um guia de talentos. Em junho, por exemplo, a Microsoft foi vista na vanguarda quando prometeu colocar faixas salariais em todas as vagas de emprego, mesmo em lugares onde isso ainda não é obrigatório por lei. A empresa também disse que estava removendo cláusulas de não concorrência dos acordos de funcionários dos EUA. Ex-desenvolvedora de software e consultora da McKinsey, Hogan seguiu um caminho pouco tradicional para a função de RH. Ela também tem promovido seus colegas, iniciando o CHRO Summit da Microsoft em 2019.


Drew Houston
Dropbox • Cofundador e CEO


Houston e sua equipe foram os primeiros a adotar uma abordagem “Virtual First”, ou virtual em primeiro lugar, o que deixou claro que os funcionários deveriam trabalhar praticamente a maior parte do tempo remotamente e se reunir apenas em momentos específicos, para socializar em um happy hour ou trabalhar juntos em um brainstorming. Para enfatizar esse ponto, o Dropbox redesenhou e renomeou seus escritórios como “estúdios” para incentivar reuniões presenciais que tenham um propósito. Reuniões virtuais devem acontecer durante as “horas principais de colaboração”, entre as 9h e 13h, liberando tempo para cada um trabalhar nos seus assuntos e realizar suas necessidades pessoais. Isso dá aos funcionários mais poder sobre quando eles trabalham, não apenas onde. A bolsa anual de US$ 7 mil (R$ 35 mil) para trabalhar de casa pode ser gasta em coisas como creche ou cadeiras ergonômicas.


Nickle LaMoreaux
IBM • Diretora de Recursos Humanos


Descrita por um especialista do futuro do trabalho como o “padrão ouro” para qualificação e requalificação de funcionários, a IBM continua seus esforços em aprendizado, treinamento e remoção de requisitos de graduação sob a liderança de LaMoreaux. Atualmente, cerca de 50% dos empregos da IBM nos EUA não exigem um diploma de quatro anos, e LaMoreaux está trabalhando para aumentar o número de empregos globalmente que não exigem diplomas. Para evitar vieses em relação à formação, os gerentes não podem realizar entrevistas ou publicar vagas de emprego, a menos que sejam certificados em treinamento da IBM que reforce as habilidades.


Morag Lynagh
Unilever • Diretora Global de Futuro do Trabalho


Lynagh liderou o programa U-Work da Unilever desde que foi testado no Reino Unido em 2019, dando aos funcionários a flexibilidade de cargos temporários, mas com benefícios semelhantes aos de empregos permanentes. Com um adiantamento mensal e benefícios modificados, como assistência médica e aposentadoria, os funcionários se candidatam para trabalhar em projetos. Embora a ideia original tenha vindo de pensar em como apoiar os funcionários mais velhos, Lynagh diz que a Unilever rapidamente reconheceu seu apelo para todas as idades. “Isso lhes dá uma alternativa para se arriscar na gig economy”, diz a diretora de futuro do trabalho, além de ajudar a Unilever. 


Donna Morris
Walmart • Diretora de Pessoas


Morris, que ingressou no Walmart no início de 2020 após uma longa carreira na Adobe, agora lidera os recursos humanos da maior empresa privada dos EUA, tomando decisões que impactam mais de dois milhões de funcionários em todo o mundo. Mesmo que tenha que ir mais longe, o Walmart viu as críticas às suas práticas trabalhistas desaparecerem à medida que o varejista aumentava os salários e expandia o treinamento, e Morris acelerou esses esforços. Sob sua supervisão, a varejista lançou uma academia global de qualificação e acrescentou benefícios de fertilidade para os trabalhadores, ao mesmo tempo em que expandiu os reembolsos de educação, evoluindo para habilidades mais orientadas à tecnologia e trazendo mais universidades historicamente negras para seu pipeline de talentos.


Satya Nadella
Microsoft • CEO e presidente


Desde que se tornou CEO, em 2014, Nadella liderou as transformações bem-sucedidas da Microsoft por meio de computação em nuvem, dispositivos móveis e IA – ao mesmo tempo em que promove uma cultura na qual os funcionários deixam de ser “sabe-tudo” para “aprendizes”. Seja comprando líderes de mercado, como LinkedIn, ou lançando ferramentas como Teams ou Places, Nadella posicionou a Microsoft para um mundo onde o trabalho híbrido veio para ficar. As pesquisas da empresa agora passam a oferecer alguns dos principais  insights sobre futuro do trabalho,  como as desvantagens da “paranoia de produtividade” dos gerentes até o que significa o “triple peak day” do trabalho em casa, que incluiu um pico extra de produtividade na jornada diária. Nadella também escreveu seu próprio livro sobre sua busca para redescobrir a alma da Microsoft.

Tsedal Neeley
Harvard Business School • Professora de Administração de Empresas


Neeley, nomeada como uma das principais pensadoras de gestão do ranking Thinkers50 em 2021,  trabalhou com cerca de 200 empresas desde o início da pandemia. A professora da Harvard Business School, que atuou anteriormente na Lucent Technologies, há anos aconselha líderes sobre o futuro do trabalho. Autora de livros sobre trabalho remoto e mentalidade digital, ela disse à Forbes: “Os dias de mudança linear que se baseiam no tempo, nas atividades e nos esforços de mudança – esses se foram. Estamos na era exponencial”.

Julie Sweet
Accenture • CEO e Presidente


Com mais de 720 mil funcionários, Sweet lidera o que provavelmente é o maior empregador privado de profissionais do conhecimento nos EUA, de acordo com o Burning Glass Institute. Cerca de um quinto das contratações de nível básico nos EUA vem por meio de seus programas de aprendizagem remunerados, destinados a dar acesso a pessoas carentes a empregos na economia digital. Sweet também tem sido líder em iniciativas para envolver CEOs na ajuda a refugiados – e a Accenture é pioneira do metaverso, com 150 mil trabalhadores que passaram por orientação em seu “Nº Andar” virtual, seu empreendimento nesse ambiente.

Eric Yuan
Zoom • Fundador e CEO


A empresa que ele fundou em 2011 tornou-se sinônimo de videoconferência durante a pandemia, tornando Yuan um bilionário e embaixador da marca para o trabalho remoto. Embora a concorrência de players como Microsoft, Google e Slack tenha diminuído o entusiasmo por suas ações, também está estimulando a inovação que pode expandir o alcance do Zoom na empresa. Ser a referência para reuniões on-line continua sendo uma vantagem poderosa em um mundo que agora está ligado ao trabalho híbrido.

 

 

Fonte: Forbes


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