Publicado por Redação em Notícias Gerais - 29/11/2013 às 09:57:12

Alta na gasolina deve ser definida nesta sexta-feira

O Conselho de Administração da Petrobras reúne-se nesta sexta-feira, 29, para enfrentar o descolamento entre os preços cobrados pela estatal dos motoristas brasileiros e o quanto paga para importar o combustível. Mantido inalterado desde o início do governo Dilma, o preço da gasolina sofreu elevação neste ano com impacto direto no consumidor e novo reajuste deve ser decidido na reunião de hoje.

O tema divide a equipe econômica e a direção da Petrobras, por isso será arbitrado pela presidente Dilma Rousseff, que dirigia o conselho da estatal no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Até o início da noite de qunta-feira, 28, no entanto, não havia indicação de que Dilma apoiaria o pedido da estatal por um novo mecanismo automático de aumento dos combustíveis.

Causou irritação no Palácio do Planalto e no Ministério da Fazenda a opção da presidente da Petrobras, Graças Foster, de informar a investidores, que a estatal vinha brigando por uma fórmula que assegurasse reajustes periódicos. O mercado vem punindo a estatal pela falta de clareza na política de preços e as ações da estatal chegaram a cair mais de 6% esta semana. Quando anunciou que estudava um novo mecanismo, as ações subiram 9,83%.

Ao arbitrar a questão, Dilma terá do outro lado da balança a visão do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que teme o impacto de reajustes nos índices de inflação. O chefe da equipe econômica de Dilma aposta no controle estatal de preços como estratégia aliada a aumentos de juros pelo Banco Central. E a inflação promete continuar em patamar elevado no ano que vem, como aposta a ampla maioria do mercado consultado semanalmente pelo BC.


Encontro

Nos últimos dias, o governo evita o tema publicamente. Não quer que divergências internas contaminem o noticiário e o humor dos investidores. Esse cenário, porém, já vem contaminado. A pressão do câmbio sobre seu endividamento e importação de combustíveis, a necessidade de manter seu plano de investimentos de US$ 236 bilhões até 2017 e iniciar a operação do campo de Libra no pré-sal representam fatores de forte pressão no caixa da estatal. Diante da incerteza sobre o reajuste dos combustíveis, investidores preferem vender ações da companhia a aguardar o desfecho da questão.

Em janeiro, o governo autorizou um aumento de 6,6% no preço da gasolina e em 5,4% no diesel. Em março, o diesel foi elevado em 5%.

Fontes no governo indicam que há chance de um novo aumento na casa de 5% para a gasolina e de 10% para o diesel. Da mesma forma, fontes do Palácio do Planalto indicam que Dilma queria um caminho intermediário entre Mantega e o pleito da Petrobrás, porque concorda com a necessidade de dar maior previsibilidade a investidores.

Um mecanismo de reajuste automático, no entanto, é visto como "indexação" pela presidente e está praticamente descartado.

Economistas argumentam que o represamento de preços pode prejudicar a inflação no futuro, porque não haveria espaço financeiro para a Petrobras arcar indefinidamente com gasolina e diesel comprados em dólar e vendidos em reais a preços muito discrepantes.

Fonte:  O Estado de S. Paulo.


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Pedidos de falência crescem 15,5% em setembro, aponta Serasa Experian

O número de pedidos de falência aumentou 15,5% no país em setembro.

Notícias Gerais, por Redação

Prazo para sacar abono salarial de R$ 678 acaba em junho

O Ministério do Trabalho e Emprego (TEM) divulgou que cerca de 1 milhão de brasileiros ainda não foram sacar o benefício do Abono Salarial referente ao ano de 2012.

Notícias Gerais, por Redação

Juros futuros fecham em alta, com sinalização do fim de cortes na Selic

Com a indicação, pela ata do Copom (Comitê de Política Monetária), de que o ciclo de cortes da taxa Selic está perto do fim, os principais contratos de juros futuros fecharam esta quinta-feira (6) em alta no mercado futuro da BM&F.

Notícias Gerais, por Redação

Valorização do dólar deve ter fôlego curto, dizem analistas

O ciclo de alta do dólar, que encerrou a segunda semana de maio com valorização de 1,56%, valendo R$1,954 para a compra e R$ 1,956 para a venda, não deve perdurar por muito tempo, afirmaram especialistas ouvidos pela BBC.

Notícias Gerais, por Redação

IBGE: 25% da riqueza do País está concentrada em cinco cidades

Brasília (4,1%), Curitiba (1,4%) e Belo Horizonte (1,4%), segundo estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios publicadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

Deixe seu Comentário:

=