Publicado por Redação em Notícias Gerais - 14/10/2014 às 12:18:28
Sob pressão por mudança, Previdência Social tem rombo superior a R$ 50 bi
O governo federal gasta próximo de 1% do PIB para cobrir um rombo anual que supera os R$ 50 bilhões nas contas da Previdência. A projeção é que, mantidas as regras, essa relação ainda será quase cinco vezes pior até 2050.
Mas a pressão para fechar as contas é vencida nas discussões eleitorais por outra –a de centrais sindicais, pelo fim do fator previdenciário, criado há 15 anos para atenuar o saldo deficitário do INSS.
Os presidenciáveis relutam em defender seu fim porque sabem que haveria aumento do deficit. Mas também relutam em se opor à pressão sindical em plena campanha.
O fator prevê um desconto no valor de quem se aposenta por tempo de contribuição, e não por idade. Ele visava reduzir os gastos e estimular o adiamento da aposentadoria.
O efeito, porém, foi apenas a redução no valor do benefício, já que a população continuou a se aposentar cedo.
Como esse benefício não exige idade mínima (o que não ocorre em países desenvolvidos), ele é concedido ao se cumprir os 30 anos de pagamento ao INSS, no caso da mulher, e 35, no do homem.
Em média, homens se aposentam aos 55 anos, e mulheres, aos 52 anos. O efeito disso é um desconto de 30% a 35% no valor dos pagamentos, provocado pelo fator.
A aposentadoria por tempo de contribuição já consome hoje 28% dos gastos. Com a extinção do fator, esse impacto seria ainda maior.
Em setembro, após encontro de Aécio Neves (PSDB) com sindicalistas, a campanha tucana disse que ele apoiava o fim do fator. Depois, afirmou que a divulgação foi um erro e que ele se comprometia só a discutir alternativas.
O governo Dilma Rousseff (PT), por sua vez, sempre evitou que o tema fosse discutido no Congresso.
A valorização do salário mínimo –defendida por todos os candidatos– também afeta as contas. Considerando os segurados que receberam esse piso em agosto, cada R$ 1 a mais elevaria as despesas em R$ 276 milhões.
E ainda há o custo das desonerações feitas para ajudar a indústria, que "tiraram" da Previdência o dinheiro que entrou com a formalização do trabalho nos últimos anos.
ENVELHECIMENTO
Especialistas defendem elevar a idade de concessão da aposentadoria. Isso é corroborado por projeções de envelhecimento da população.
Estudo da Previdência aponta que, hoje, há entre seis e sete pessoas em idade ativa (dos 16 aos 59 anos) para cada pessoa com mais de 60 anos. Em 2050, espera-se menos de 2 para cada idoso. Como no Brasil os trabalhadores da ativa sustentam os gastos com aposentados, isso deve ser considerado. Mas a idade mínima enfrenta a oposição das centrais.
Outros benefícios também pressionam o INSS, como a pensão por morte. O benefício é vitalício para o(a) viúvo(a) –outra regra que não se repete em outros países.
Fonte: www1.folha.uol.com.br/
Posts relacionados
Inflação pelo IGP-10 desacelera para 0,42% em janeiro
O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) registrou elevação de 0,42% em janeiro, após alta de 0,63% em dezembro, influenciado principalmente pela desaceleração dos preços no atacado, informou nesta quinta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Brasil registra em julho 78,8 milhões de acessos em banda larga
O número de acessos em banda larga no Brasil atingiu 78,8 milhões em julho, um crescimento de 67% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil).
Com rumores de captação em iene, Banco do Brasil lidera altas do Ibovespa
As ações do Banco do Brasil (BBAS3) são destaque de alta no pregão dessa quarta-feira (18). Às 16h24 (Horário de Brasília), os papéis subiam 6,43%, aos R$ 19,37 - liderando a ponta compradora dentre os ativos que compõem o Ibovespa.
Inflação dos idosos acelera e encerra segundo trimestre em 1,39%
De acordo com o IPC-3i (Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade), divulgado nesta quarta-feira (11) pela FGV (Fundação Getulio Vargas), a inflação para a população com idade acima de 60 anos encerrou o segundo trimestre do ano em 1,39%, acima da média nacional de 1,15%, para o mesmo período.
Atividade econômica despenca e fecha 2011 com avanço de 2,6%
atividade econômica brasileira encerrou 2011 com crescimento de 2,6%, uma redução de 4,9 pontos percentuais frente ao registrado no fechamento de 2010.


